domingo, 27 de maio de 2012

Jogo #2 Nem Patrik conseguiu dar vitória ao Palmeiras sobre a Portuguesa

Em uma noite em que Barcos pouco fez no ataque palmeirense, que parece estar guardando suas forças para a Copa do Brasil, Luan fez o único gol de sua equipe, mas foi praticamente só isso que fez.

Chamou mais a atenção as chegadas de Patrik, sempre pelo lado direito do ataque. Aos 7 minutos de jogo, tabelou com Barcos e da grande área chutou fraco, em cima do goleiro Wéverton.

Já no segundo tempo, e com o Palmeiras vencendo por 1 a 0, aos 28 minutos recebeu assistência de Mazinho e da grande área mandou uma pancada em cima do goleiro, que rebateu. Aos 38, a jogada mais elaborada e deixou claro que tudo havia sido muito bem ensaiado: Mazinho recebeu na intermediária central, Maikon Leite se deslocou para o meio da grande área e levou junto toda a marcação. Patrik ficou livre para da grande área acertar um chutaço, mas o goleiro Wéverton conseguiu evitar o gol.

Depois que o Palmeiras sofreu o gol de empate, aos 41 minutos do segundo tempo, recaiu sobre Patrik a responsabilidade de conseguir o gol da vitória. A equipe insistiu pelo seu lado, com Maikon Leite cruzando 2 bolas e cobrando 1 escanteio por ali.

Aos 46 minutos, Maikon Leite cruzou da ponta direita para o lado esquerdo, onde Juninho desviou de cabeça para a direita da grande área, Cicinho fez a assistência para Patrik finalizar prensado. A bola sobrou para Maikon Leite, que da direita da grande área acertou a trave.

A Portuguesa teve o mérito de lutar até o fim, mas o que chamou a atenção foi ter finalizado 19 vezes em gol, mas em apenas 3 realmente ameaçou o gol de Bruno, que evitou um gol de Luís Ricardo aos 18 minutos do primeiro tempo dando um tapa na bola, e outro aos 31 minutos, após finalização de Raí. Só não conseguiu defender a cabeçada de Rodriguinho, que completou da direita da grande área um cruzamento preciso de Léo Silva, da ponta direita. A bola quicou, matou o goleiro e entrou no canto esquerdo. A equipe teve outras duas chances, também de cabeça, mas as finalizações foram fracas e em cima do goleiro Bruno.

Jogo #1 Cotovelada de Vágner Love marcou empate entre Sport e Flamengo

O Flamengo pode não ter começado bem o Brasileirão ao estrear apenas com um empate contra o Sport, apesar de jogar fora de casa. Mas Vágner Love mostrou logo na primeira rodada que não está para brincadeiras.

Em 3 finalizações, 1 foi para o espaço, de fora da área pelo lado direito, aos 25 minutos do primeiro tempo; perdeu 1 gol feito, aos 19 minutos do segundo tempo, após receber passe de peito de Deivid e completamente livre na esquerda da grande área chutar por cima quando o Flamengo já perdia por 0 a 1; e fez o gol de empate, com muita tranquilidade, após assistência precisa de Kléberson.

Ainda assim, para quem não é flamenguista, o que chamou atenção mesmo foi a cotovelada que deu e abriu o supercílio de Tobi, aos 19 minutos do primeiro, no meio-campo. Como Love ficou deitado no chão reclamando ter sido chutado por trás pelo adverário, nem cartão amarelo recebeu. Mas em um jogo fraco, foi o destaque. Negativo.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Mogi Mirim brilhou sem precisar levantar demais a bola

Quando comecei este blog, sugeri o Troféu Barcelona de Toque de Bola para o clube que menos recorresse às jogadas aéreas pelo simples fato de que menos de 2% dessas centenas e centenas de jogadas resultam em gol. Ou seja, levantar a bola pode ser uma estratégia, mas normalmente é sinal de desespero.

Para tratar a questão tenho de confessar um certo fracasso. Não consegui assistir a TODOS os jogos do Campeonato Paulista, por uma série de fatores "extra campo". Por isso, ao invés de poder dizer "o Mogi Mirim recorreu menos ao jogo aéreo", tenho de dizer "dos 8 classificados para a fase final, o Mogi Mirim foi o que menos recorreu ao jogo aéreo".

Para reduzir ao mínimo possível os desvios, recorri à manjada média de ações por jogo.

Separei bolas levantadas frontalmente, cruzamentos, escanteios e faltas levantadas sobre a área adversária, depois somei tudo para termos uma ideia aproximada de em que condições cada equipe levanta a bola.

Espero ser mais preciso no Campeonato Brasileiro. Abraço.



sábado, 12 de maio de 2012

Índice Bandeira Branca: quem é quem na marcação de impedimentos no Paulistão

Um dos momentos mais polêmicos do futebol, a marcação correta de impedimentos preserva a paz entre as torcidas ao final dos jogos.

Vem daí o nome de "Índice Bandeira Branca" (da paz nos estádios) para medir a eficiência dos "bandeirinhas" na marcação de impedimentos.

Só são considerados acertos ou erros o lances em que se tem certeza. Se a TV não repete o lance com imagem de uma câmera que tire a dúvida sobre a marcação, lance é considerado "duvidoso" e não faz parte da medição da eficácia, do percentual de acerto.

Os lances duvidosos são usados como critério de desempate, já que quanto menos lances duvidosos, menor a chance de ter cometido erros.

Foram analisados 155 jogos dos 200 jogos realizados no Paulistão-2012 para elaborar esta lista.

Só fazem parte dela os auxiliares que marcaram pelo menos 10 impedimentos. No total, 60 auxiliares tiveram o trabalho avaliado.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Conheça os piores na arte de marcar impedimentos no Paulistão


Marcar impedimentos é uma arte difícil de ser dominada. Que o digam Patrícia Carla de Oliveira e Leandro Almeida dos Santos, os auxiliares de pior desempenho entre os que marcaram pelo menos 10 impedimentos segundo o levantamento do Futebol sem Chute.

Patrícia Carla de Oliveira marcou 11 impedimentos, sendo 2 certos, 3 errados e 6 duvidosos, e teve o pior desempenho entre os auxiliares que marcaram pelo menos 10 impedimentos. O trabalho dela foi analisado nos jogos Catanduvense 1x1 Ponte Preta (6a), Guarani 2x0 Mirassol (14a), Linense 0x2 Mogi Mirim (15a), Mogi Mirim 3x1 Paulista (17a).

Nessa triste lista está acompanhada de Leandro Almeida dos Santos, que dos 14 impedimentos que marcou, foram 4 certos, 6 errados e 4 duvidosos nos jogos São Caetano 1x0 Ponte Preta (1a rodada), São Paulo 1x1 Guarani, São Paulo 2x0 Catanduvense (16a) e São Caetano 2x1 Santos (18a).

O número de impedimentos duvidosos é usado como critério de desempate, mas a dúvida é favorável

Considerando todos os analisados, independentemente do número de impedimentos marcados, o pior foi Rodrigo Soares Aragão, com aproveitamento de 20%. Marcou 6 impedimentos, 1 certo, 4 errados e 1 duvidoso.

É necessário criar um número mínimo de impedimentos para a formulação do ranking para minimizar a possibilidade distorção em relação a quem são os melhores ou piores, já que quem marcou menos impedimentos ficou mais sujeito a ter um 100% positivo ou negativo.

Dos 60 auxiliares analisados, 22 não erraram nenhum dos 166 impedimentos que marcaram no total. Foram 125 certos (75,3%) e 41 duvidosos (24,7%).

Entre os demais, 37 falharam em algum momento. Ele marcaram 446 impedimentos, 260 certos (58,3%), 77 errados (17,3%) e 109 duvidosos (24,4%).

Auxiliares mais precisos ficam fora da reta final do Paulistão


Levantamento exclusivo do Futebol sem Chute aponta os auxiliares Fábio Luiz Freire e Bruno Salgado Rizo como os mais precisos do Paulistão após análise de 155 dos 198 jogos da Série A-1, sem contar o Torneio do Interior.

Para fazer parte do levantamento, o auxiliar precisa ter marcado pelo menos 10 impedimentos. Dos 60 "bandeirinhas" que tiveram o trabalho avaliado, 29 marcaram menos de 10 impedimentos.

Entre eles está Marcelo Carvalho Van Gasse, que será o auxiliar 1 da finalíssima Santos x Guarani, no próximo domingo. Van Gasse acertou todos os 9 impedimentos que marcou nos 6 jogos acompanhados (Oeste 2x3 São Paulo, Corinthians 1x0 Linense, Santos 6x1 Ponte Preta, Corinthians 2x1 Palmeiras, Corinthians 2x3 Ponte Preta, Guarani 3x1 Ponte Preta).

O auxiliar 2 da finalíssima será Vicente Romano Neto, que em 9 jogos analisados marcou 7 impedimentos certos, 2 errados e 4 duvidosos, com aproveitamento de 78% e a 25a colocação no ranking.

O árbitro da decisão será Paulo César de Oliveira, que apitou São Paulo 1x3 Santos nas semifinais, um jogo muito difícil para a arbitragem e no qual se saiu bem.

Líderes do ranking de auxiliares, Fábio Luiz Freire e Bruno Salgado Rizo não erraram nenhum impedimento entre os que marcaram, mas nenhum deles trabalhou das quartas de final em diante da Série A-1.

Fábio Luiz Freire marcou 11 impedimentos certos e 2 duvidosos em 4 jogos, Palmeiras 1x1 Portuguesa (2a rodada), Corinthians 1x1 Bragantino (5a), Portuguesa 0x2 Corinthians (9a) e Guarani 2x1 Linense (16a). Ele foi auxiliar 1 em todos esses jogos, .

Os lances duvidosos são considerados como critério de desempate. Quanto menos lances duvidosos, menor a chance de ter cometido erro, mas o auxiliar tem o benefício da dúvida.

Bruno Salgado Rizo marcou 11 impedimentos certos e 6 duvidosos em em Portuguesa 2x1 Guaratinguetá (3a rodada), Mirassol 1x2 Paulista (4a), Ponte Preta 1x3 São Paulo (5a), Comercial 0x2 Guarani (8a), Palmeiras 1x1 Oeste (9a) e São Paulo 2x0 Mogi Mirim (18a). Ele foi auxiliar 2 em todos esses jogos.

Entre os auxiliares com 100% de precisão, foram os que marcaram mais impedimentos e, portanto, estavam mais expostos a erro.

Outro auxiliar que não errou nos jogos analisados foi Osny Antônio Silveira, que marcou 10 impedimentos certos e 4 duvidosos. Trabalhou em Botafogo 2x1 XV de Piracicaba (2a rodada), São Caetano 0x1 Guarani (5a), Paulista 0x1 Botafogo (9a), Corinthians 1x0 XV de Piracicaba (16a).
Ele foi auxiliar 1 nessas partidas.

Danilo Ricardo Simon Manis marcou 10 impedimentos certos e 5 duvidosos em XV de Piracicaba 1x1 Santos (1a rodada), XV de Piracicaba 2x1 Oeste (5a), Linense 2x1 Bragantino (8a), Palmeiras 3x3 São Paulo (10a), Santos 1x0 Corinthians (12a), São Paulo 4x1 Bragantino (quartas de final).

Dos 60 auxiliares analisados, 22 não erraram nenhum dos 166 impedimentos que marcaram no total. Foram 125 certos (75,3%) e 41 duvidosos (24,7%).

Entre os demais, 37 falharam em algum momento. Ele marcaram 446 impedimentos, 260 certos (58,3%), 77 errados (17,3%) e 109 duvidosos (24,4%).

domingo, 6 de maio de 2012

Ganso só supera Danilo Sacramento nas finalizações

Canhoto, Danilo Sacramento fica bem com a camisa 10 do Guarani, que já usou 1 vez neste Paulistão, na vitória por 2 a 1 sobre o Catanduvense no campo do adversário.

Disputou 19 jogos, com 11 vitórias, 3 empates e 5 derrotas, aproveitamento de 63,2%.

Mais uma vez, a onda é que com tantos talentos, o Santos já é o campeão paulista. Para Danilo Sacramento isso é ótimo. Ainda que pareça difícil, não é impossível o Guarani surpreender. E sem Fumagalli, Danilo Sacramento é a pessoa certa para buscar essa superação. Ele já está acostumado a seguir tentando.

Nenhuma finalização aconteceu em 12 faltas que ele levantou em áreas adversárias e em 9 bolas que levantou frontalmente. Mas ele não se abateu em nenhum momento.

De seus escanteios e cruzamentos saíram 3 gols e mais 1 foi marcado após uma assistência dele. Mas ele mesmo não conseguiu fazer gol algum.

Já Ganso fez gols, 3 para ser mais específico. E neste Paulistão, apesar de já ter demonstrado um grande potencial, pouco mais fez. Um sinal também de que o Santos não tem dependido dele.

Mas se hoje precisar, ele irá corresponder?

Confira a comparação entre esses meias:
Em azul no que um foi mais eficiente e em vermelho aquilo em que foi superado.

Danilo Sacramento
19 jogos, com 11 vitórias, 3 empates, 5 derrotas - Aproveitamento de 63,2%
7 amarelos
7 assistências para finalizações, resultaram em 1 gol
9 bolas levantadas, 0 finalização, 6 a defesa adversária cortou
46 cruzamentos, com 7 finalizações que resultaram em 2 gols
47 escanteios, com 8 finalizações que resultaram em 1 gol
12 faltas levantadas e nenhuma finalização, 8 a defesa adversária cortou
3 faltas diretas, 1 certa
36 finalizações, 11 certas e nenhum gol
8 impedimentos, 1 mal marcado


Ganso
14 jogos, com 10 vitórias, 1 empate, 3 derrotas - Aproveitamento de 73,8%
zero amarelo
5 assistências para finalizações não resultaram em gol
2 bolas levantadas, nenhuma finalização
2 cruzamentos, nenhuma finalização
3 escanteios, com 1 finalização e nenhum gol
2 faltas levantadas, 1 finalização e 1 gol
2 faltas diretas, nenhuma certa
18 finalizações, 3 gols
2 impedimentos

sábado, 5 de maio de 2012

Com Juan, Santos ganhou 90% dos pontos; Bruno Recife conseguiu 65%

Os únicos problemas do Guarani na lateral esquerda são que Bruno Recife está pendurado com 2 cartões amarelos e pode ficar fora da grande decisão e que ele é pouco eficaz.

Mas é o dono absoluto da camisa 6 da equipe. Dos 21 jogos, Bruno Recife disputou 20, com 12 vitórias, 3 empates e 5 derrotas e aproveitamento de 65% dos pontos disputados.

Nossa "Tela de Cristal" nos leva a crer que o lateral-esquerdo sente muita falta do atacante Ronaldo na equipe. Suas assistências, bolas levantadas frontalmente, cruzamentos e escanteios resultaram em 12 finalizações, sendo que 5 delas foram de Ronaldo. Ou seja, quase a metade das finalizações de jogadas de Bruno Recife acontecem com Ronaldo, que tem ficado na reserva, mas pode aparecer como surpresa nas finais.

Pelo Santos, Juan jogou 10 vezes, e o aproveitamento da equipe com ele é impressionante. Foram 9 vitórias e 1 derrota (1 a 2 contra o São Caetano), ou seja, 90% dos pontos disputados.

E Bruno Recife ainda leva outras desvantagens em relação a Juan. Por exemplo, fez 12 finalizações e nenhuma delas foi no gol, enquanto o santista tentou 14 vezes, fez 2 gols e exigiu 3 defesas. Jogando a metade dos jogos.

Em uma de suas melhores atuações pela equipe, na goleada por 6 a 1 sobre a Ponte Preta, Juan teve também seu pior momento. Deu um carrinho com a sola sobre a bola em Cicinho, que caiu sobre a cabeça do santista. Juan saiu de campo com o nariz sangrando.

Veja a comparação dos números dos dois laterais esquerdos:
(em azul o que cada um supera o adversário e em vermelho no que é superado)

Bruno Recife
20 jogos, 12 vitórias, 3 empates e 5 derrotas: aproveitamento de 65% dos pontos disputados
12 finalizações, nenhuma no gol
5 amarelos (1 a cada 4 jogos -- está pendurado)
6 assistências para finalizações, que resultaram em 1 gol
4 bolas levantadas frontalmente, que resultaram em 1 finalização
40 cruzamentos (2 por jogo), que resultaram em 3 finalizações (aproveitamento de 7,5%)
2 escanteios, que resultara em 1 finalização
1 tabela finalizada por Danilo Sacramento
1 chapéu contra o Guaratinguetá, não identificado
1 drible da vaca contra o Paulista, em Samuel Xavier
7 impedimentos (2 a cada 6 jogos)

Juan
10 jogos, 9 vitórias, 1 derrota: aproveitamento de 90% dos pontos disputados
14 finalizações, 2 gols, 3 defendidas
3 amarelos (1 a cada 3 jogos)
7 assistências para finalizações, que resultaram em 1 gol, 1 bola na trave e 1 defesa difícil
4 bolas levantadas, que resultaram em 2 finalizações e 1 gol
17 cruzamentos (1,7 por jogo), que resultaram em 5 finalizações (aproveitamento de 29,4%), 1 gol e 1 bola no travessão
1 chapéu contra a Ponte Preta, não identificado
1 drible desconcertante que deixou adversário sentado contra a Ponte Preta
1 cama de gato contra o Catanduvense, em Du
4 impedimentos (2 a cada 5 jogos)

Enquanto Domingos tratora no Guarani, Edu Dracena não levou cartão no Paulista

Domingos é o trator do Guarani, que perdeu 3 e venceu 3 em 6 jogos sem ele em campo e teve 50,0% de aproveitamento nos pontos disputados. Com ele, em 15 partidas foram 10 vitórias, 3 empates e 2 derrotas, aproveitamento de 73,3% dos pontos.

Se durante todo o campeonato tivesse uma câmera sempre nele, talvez o filme que resultasse disso seria ainda mais interessante do que um que mostrasse apenas o entorno de Neymar.

Com sua altura e porte físico, deveria ser mais decisivo nas jogadas aéreas com bola parada. Fez apenas 5 finalizações em 15 jogos, mas conseguiu 2 gols, nas vitórias sobre Comercial e XV de Piracicaba, ambas por 2 a 0.

Seu negócio é defender. Aliás, com unhas e dentes. Domingos é uma figuraça, daquelas que dá o sangue durante a partida (ainda que críticos digam que o sangue que ele oferece é sempre o de um adversário).

Nem sempre é assim. Contra o Linense, ao tentar finalizar um escanteio da esquerda, acabou com um corte abaixo do olho direito. Olhaí, sangue de Domingos gotejando pelo gramado.

Na derrota por 0 a 1 para o Bragantino, o adversário aparentemente tentou se aproveitar do suposto "temperamento explosivo" do zagueiro. Com o gramado em Bragança Paulista completamente alagado, o Bragantino conseguiu seu gol logo aos 6 minutos. Aos 14, as poças já tinham desaparecido, mas continuava encharcado. Aí, entrou em ação o grandalhão atacante Giancarlo. Aos 22 minutos, deu um carrinho por trás no zagueiro Neto e acabou levando um empurrão daqueles de Domingos. Começava ali uma guerra de nervos que teve um final inusitado. Ao 25, marcado por Domingos, Giancarlo cai e fica ganhando tempo, com vantagem no placar.

A partir daí, começa a empurrar Domingos, trombar e a tentar desestabilizar o zagueirão. Aos 34, dá outra pegada. Domingos se levanta e vai falar com o árbitro adicional. Aos 40, empurra, faz falta e, com a bola parada, dá uma trombada em Domingos pelas costas. Na frente do juiz e já com amarelo, empurra o zagueiro-zagueiro.

Aos 43, dá uma braçada no rosto do bugrino, que chegava por trás para se antecipar e roubar a bola. Em seguida, fala algo ao pé do ouvido de Domingos, que começa a rir e a apontar para o banco de reservas. Aos 44, Giancarlo é substituído para não ser expulso.

Em seu lugar em Lincom, que passa a fazer a mesma coisa que Giancarlo. No início do segundo tempo, Domingos erra um lançamento, e Lincom ri dele e fala alguma coisa em seu ouvido.

Então, acontece a cena mais inusitada de todas, completamente atípica no futebol: Aos 17 minutos, com o jogo parado, Domingos vai até o técnico adversário, cumprimenta, abraça Marcelo Veiga e então lhe fala alguma coisa, provavelmente imaginando que a "perseguição" fora ordem dele.

Acaba levando um amarelo em outro lance curioso: Fumagalli bate uma falta e Domingos é literalmente agarrado dentro da grande área por Luciano Castán. O árbitro Paulo César de Oliveira não marca pênalti e mostra o cartão para Domingos, que, agarrado, deixa o cotovelo no rosto do goleiro adversário.

Se não é fácil ser marcado por Domingos, também não é fácil ser Domingos.

No total, levou 8 cartões amarelos. Além desse aí, também por dar carrinho por trás em Lucas, do São Paulo, que era para vermelho direto; por fazer falta por trás em Rychely, do Paulista; por chamar o goleiro para cobrar falta quase no meio-campo aos 47 minutos do segundo tempo quando o Guarani vencia o XV de Piracicaba por 2 a 0 (ficando fora da derrota por 1 a 2 para o Guaratinguetá); por trombar com Willian, do Corinthians, sem ir na bola; por ser chutado por trás por Enrico, da Ponte Preta, e ainda ter marcado contra si um pênalti inexistente; por demorar para bater tiro de meta contra o Palmeiras e zerar seus amarelos para as quartas de final; e por dar um pontapé com muito gosto em Roger, da Ponte Preta, no meio-campo nas semifinais. A pouca sutileza dos tempos em que jogava no Santos, onde jogou desde as categorias de base não mudou muito.

Na fase de classificação já tinha dado uma cotovelada em Roger, da Ponte, às costas do juiz. Contra o Corinthians, logo aos 3 minutos deu uma vigorosa solada no joelho e Elton. Levou 1 cartão vermelho, aos 20 minutos do segundo tempo devido a uma sequência de trombada, puxão e tapa por trás no mesmo Elton, que abriu os braços para trás quando Domingos chegava.

Vai ser interessante a disputa com Neymar, de quem diz ser amigo e a quem afirmou, via Globo Esporte,   "que vai tentar marcá-lo".

Contra o Ituano, Otacílio Neto tentou dar um chapéu em Domingos, que esperou a chegada do adversário e jogou o ombro para ele trombar. Otacílio Neto caiu com a mão na garganta e foi retirado de campo tossindo e sentindo falta de ar.

Vai que é sua, Neymar...

Do lado do Santos, o xerife é Edu Dracena. Se tem a clara vantagem de estar em um time muito mais técnico, ele contribui muito para que seja assim.

Disputou 11 jogos e simplesmente não recebeu nenhum cartão amarelo ou vermelho. Seu lance mais ríspido foi uma solada em Fabinho, exatamente contra o Guarani, em Campinas, quando o Santos já vencia por 1 a 0 (acabou 2 a 0).

Com ele em campo, em 11 jogos o Santos venceu 9 e perdeu 2. Sem ele, em 10 jogos venceu 5, empatou 3 e perdeu 2. Com ele em campo, o aproveitamento foi de 81,8% dos pontos disputados. Sem ele, o aproveitamento foi de 60,0%.

É bem mais presente que Domingos no ataque. Finalizou 10 vezes e conseguiu 4 gols (3 de cabeça, 1 com a perna esquerda), 1 bola no travessão e 1 defesa salvadora do goleiro do Mogi Mirim, nas quartas de final, completando para o gol um arremesso lateral de Maranhão.

Foi à frente tantas vezes como elemento surpresa contra o Mogi Mirim que além dessa finalização, não conseguiu alcançar um cruzamento de Neymar para ele e ainda foi pego em 2 impedimentos (1 certo e 1 duvidoso).

Nessa posição, quem rouba a bola é o Santos.

Em azul o que cada um supera o rival e em vermelho o que é superado.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Dos titulares, goleiro Emerson foi mais exigido que Rafael e correspondeu


Os finalistas Guarani e Santos tiveram empatados a segunda melhor defesa da fase de classificação do Paulistão, com 18 gols sofridos em 19 jogos. Depois, o Guarani levou mais 3, e o Santos, 1, nas quartas e nas semifinais.

O goleiro Emerson jogou 19 partidas do Paulistão e só não participou da vitória em casa por 3 a 1 sobre o Palmeiras, na 18a rodada, e da derrota por 1 a 2 contra o Botafogo, fora, na 19a, com o Guarani já classificado, devido a uma lesão na coxa já cicatrizada.

Já Rafael disputou 13 jogos e está ameaçado de ficar fora da final devido a uma lesão no joelho direito que, curiosamente, apareceu nas duas vezes em que o Santos enfrentou o São Paulo no estadual.

Apesar da diferença no número de partidas disputadas, os números dos dois são muito parecidos, mas Emerson foi mais exigido e correspondeu melhor. As duas equipes estão muito bem servidas.

Em azul ítens em que cada um foi melhor e em vermelho no que foram superados.

Emerson
19 jogos (12 vitórias, 3 empates, 4 derrotas = 68,4% de aproveitamento)
257 finalizações e faltas diretas de adversários com ele no gol (13,5 por jogo)
4 nas traves
34,6% no gol (89 finalizações certas)
26,8% defendidas (69 defesas)
7,0% foram defesas difíceis (18 delas)
6,6% entraram no gol (17 gols - 4 finalizações da pequena área, 5 da direita da grande área, 7 da esquerda, 1 da meia-lua)
1,17% a defesa salvou (3 bolas passaram pelo goleiro e um companheiro evitou o gol)
Além desses, ainda sofreu 1 gol de pênalti
Contra a Ponte Preta, Guilherme chutou 1 pênalti na trave
Não sofreu nenhum gol de falta em 17 cobranças
4 vezes saiu mal do gol e em 1 levou gol, contra o Guaratinguetá. Foram 2 em cruzamentos, 1 falta levantada e 1 bola levantada.  
Recebeu 1 cartão amarelo, por demorar para bater tiro de meta quando o Guarani já vencia o Catanduvense por 2 a 1
Foi ao ataque aos 46 minutos do segundo tempo quando o Guarani perdia 

Rafael
13 jogos (9 vitórias, 1 empate, 3 derrotas = 71,8% de aproveitamento) e foi substituído contra o São Paulo, aos 10 minutos do segundo tempo
141 finalizações e faltas diretas de adversários com ele no gol (10,8 por jogo)
33,3% no gol (47 finalizações certas)
25,5% defendidas (36 defesas)
9,9% foram defesas difíceis (14 delas)
7,1% entraram no gol (10 gols - 2 finalizações da pequena área, 4 da direita da grande área, 3 da esquerda, 1 da intermediária central)
0,7% a defesa salvou (1 bola passou pelo goleiro e um companheiro evitou o gol)
Além desses, ainda sofreu 1 gol de pênalti

Cometeu um pênalti em Luís Fabiano na derrota para o São Paulo por 2 a 3 na fase de classificação
Recebeu 1 cartão amarelo, por esse pênalti cometido
Fez 1 assistência, em cobrança de tiro de meta que foi finalizado por Borges, mas a defesa bloqueou o chute na goleada sobre a Ponte Preta por 6 a 1
5 vezes saiu mal do gol, sendo 3 em escanteios, 1 falta levantada e 1 cruzamento
1 falha ao tentar encobrir Jorge Henrique, do Corinthians, e quase levar o gol, salvo pela defesa
5 atendimentos médicos, 1 na derrota por 2 a 3 para o São Paulo na fase de classificação, quando sentiu dores no joelho direito e esfriou o São Paulo, que vencia por 1 a 0; 1 na derrota por 1 a 2 para o São Caetano depois de sair mal do gol quando o jogo estava 0 a 0; 3 na vitória por 3 a 1 sobre o São Paulo nas semifinais no primeiro e no segundo tempo, quando acabou substituído por Aranha

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Quem é quem no sorteio do árbitro da primeira final

Estes 6 árbitros foram selecionados para o sorteio de hoje, às 15 horas, que vai definir quem apita o primeiro jogo das finais do Paulistão-2012. Veja as diferenças entre eles.


Guilherme Ceretta de Lima - Trabalhou em 16 das 21 rodadas: 
6 jogos como árbitro, 8 jogos como adicional, 2 jogos como quarto árbitro 
15 amarelos para mandantes (2,5 por jogo)
20 amarelos para visitantes (3,33)
2 vermelhos para mandantes (0,33)
zero vermelho para visitantes (zero)


Luiz Flávio de Oliveira - Trabalhou em 6 rodadas: 
4 como árbitro e 2 como adicional
13 amarelos para mandantes (3,25)
13 amarelos para visitantes (3,25)
2 vermelhos para mandantes (0,5)
zero vermelho para visitantes (zero)


Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza - Trabalhou em 15 rodadas: 
7 como árbitro e 8 como adicional
22 amarelos para mandantes (3,14)
30 amarelos para visitantes (4,28)
1 vermelho para mandantes (0,14)
2 vermelhos para visitantes (0,29)


Raphael Claus - Trabalhou em 13 rodadas: 
6 como árbitro, 5 como adicional e 2 como quarto árbitro
16 amarelos para mandantes  (2,67)
16 amarelos para visitantes (2,67)
zero vermelho para mandantes (zero)
1 vermelho para visitantes (0,17)


Rodrigo Braghetto - Trabalhou em 12 rodadas: 
11 como árbitro e 1 como adicional
20 amarelos para mandantes (1,82)
29 amarelos para visitantes (2,64)
2 vermelhos para mandantes (0,18)
3 vermelhos para visitantes (0,27)


Wilson Luiz Seneme - Trabalhou em 7 rodadas: 
7 como árbitro
12 amarelos para mandantes (1,71)
23 amarelos para visitantes (3,29)
1 vermelho para mandantes (0,14)
1 vermelho para visitantes (0,14)


Compare as médias de cartões por jogo
Árbitro   a-man  a-vis  v-man v-vis
Ceretta     2,50   3,33    0,33    zero 
Oliveira    3,25    3,25    0,5    zero 
Marcelo    3,14    4,28    0,14    0,29 
Claus        2,67    2,67    zero    0,17 
Braghetto 1,82    2,64    0,18    0,27 
Seneme    1,71    3,29    0,14    0,14  



Amarelos mandantes, amarelos visitantes, vermelhos mandantes, vermelhos visitantes


quarta-feira, 2 de maio de 2012

Ausência de Júlio César no Corinthians parece mais prevenção do que punição

Júlio César trabalhou mais do que goleiros dos outros grandes de São Paulo e apresentou resultados muito superiores.

Se o Corinthians foi o time que menos levou gol no campeonato, deveu isso mais a seu goleiro do que a um sistema defensivo bem organizado e quase infalível.

Contra o gol defendido por Júlio César, apenas 13,8% das finalizações certas (no gol) viraram gol. Contra Deola, do Palmeiras, 23,8%. Contra Dênis, do São Paulo, 25,4%, e contra Rafael, do Santos, 25,0%.

E para valorizar ainda mais seu desempenho, entre os grandes, só o Palmeiras sofreu mais finalizações certas por jogo do que o Corinthians. Em média, o Palmeiras sofreu no Paulistão 4,4 finalizações certas por jogo, e o Corinthians, 3,9, enquanto o São Pauo sofreu 3,4 e o Santos, 3,3.

Mas enquanto Deola teve média de 1,1 gol sofrido por jogo, Júlio César sofreu 0,5. 

Dessa forma, sua saída do gol do Corinthians, hoje, na Libertadores, parece muito mais uma decisão para preservá-lo do que vem pela frente do que uma punição pelas falhas contra a Ponte Preta. 

O Corinthians é uma equipe e deve distribuir a pressão. Júlio César já ficou marcado e se a equipe tiver problemas na Libertadores, a pressão o acabaria tirando até do clube, como já ocorreu até mesmo com ídolos do Corinthians, apesar de sua eficiência ser alta. Muito alta.

Júlio César disputou 15 jogos dos 20 do Corinthians no Paulista. 

Nesses jogos, adversários fizeram 162 tentativas de chegar ao gol. Foram 58 finalizações certas, no gol defendido por Júlio César. Ele sofreu 8 gols e evitou 20 com defesas difíceis entre as 49 que realizou. Apenas 1 passou por ele e um defensor evitou o gol.

"Ah, mas falhou quando não podia", diz o mais fanático. Goleiro não pode falhar nunca, mas todos falhamos. Saber aceitar isso é uma das chaves para o sucesso.

A cultura predominante impõe destacarmos mais os defeitos do que as virtudes, assim, tudo fica mais barato. Cabe aos clubes, então, preservar seus "ativos", não permitir a desvalorização de seus atletas.

Como disse o técnico Tite, ele decide levando em conta o que é melhor para o Corinthians, e entre todas as opções, não queimar um grande atleta é uma delas. Ele sabe que Júlio César é um ótimo goleiro. Sabe também que terá grandes adversários pela frente e que o título neste ano está muito difícil para todos, porque as equipes estão equilibradas em um nível elevado para os padrões sul-americanos.

O treinador trabalha para fazer sua equipe se superar e o Corinthians já se superou diversas vezes na história, graças também à sua torcida, que incentiva como poucas (quando está tudo bem).

Para quem tiver paciência, este é um apanhado dos números dos titulares de Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos. Júlio César esteve entre os mais exigidos e foi o que melhor resultados apresentou. Sai do time porque sua torcida não sabe lidar com as derrotas. E não estando preparada para perder, poderá ter hoje uma defesa menos sólida do que a que tinha com Júlio César no time.

Jogos
Júlio César - 15
Deola ------- 18
Dênis ------- 20
Rafael ------ 12

Média de finalizações certas contra eles por jogo
Júlio César - 3,9
Deola ------- 4,4
Dênis ------- 3,4
Rafael -------- 3,3

Média de gols sofridos por jogo
Júlio César - 0,5
Deola ------- 1,1
Dênis ------- 0,9
Rafael ------ 0,8

Média de defesas difíceis por jogo
Júlio César - 1,3
Deola ------- 0,8
Dênis ------- 1,0
Rafael ------ zero

Média de defesas por jogo
Júlio César - 3,3
Deola ------- 3,3
Dênis ------- 2,5
Rafael ------ 2,4

Finalizações certas entre todas as tentativas contra seu gol
Júlio César - 35,8%
Deola ------- 33,3%
Dênis ------- 32,1%
Rafael ------ 36,0%

Gols sofridos entre todas as finalizações certas contra seu gol
Júlio César - 13,8%
Deola ------- 23,8%
Dênis ------- 25,4%
Rafael ------ 25,0%