terça-feira, 31 de julho de 2012

Jogo #127 Grêmio recorre às faltas para tentar parar o Coritiba e acaba oferecendo a Ayrton o que lhe faltava: oportunidades

Se tivessem feito uma pesquisa à saída do Estádio Couto Pereira, provavelmente a maioria da torcida do Coritiba afirmaria que "sim, aceitaria pagar um segundo ingresso pelo jogo que tinha acabado de ver". Não seria por menos. O time se empenhou desde o início em buscar a vitória, ditou o ritmo do jogo, fez marcação cerrada em Elano e Zé Roberto praticamente anulando as estrelas novas gremistas, e se manteve no ataque o tempo todo.

O Grêmio finalizou a 1 minuto de jogo e novamente aos 18. A primeira para fora, e a segunda bloqueada pela defesa. No resto do primeiro tempo, só deu Coritiba, responsável por todas as ações ofensivas menos as duas finalizações citadas, um cruzamento de Léo Gago (aos 24 minutos), uma falta levantada por Elano (28) e 3 escanteios (aos 40, 42 e 43).

Ok, é verdade que o placar marcava 0 a 0 ao final da primeira etapa, mas o Coritiba tinha conseguido 7 finalizações, sendo 4 certas, embora importante, mesmo, só 1: aos 21 minutos, Everton Costa se livrou da marcação de Edilson tabelando com Robinho, mas chutou em cima do goleiro Marcelo Grohe, assim como aconteceu nas outras 3 finalizações certas.

Com 2 rodadas por semana, as vitórias conquistadas a duras penas cobram seu preço. Para o Grêmio, foi importantíssimo derrotar o Fluminense no sábado, em casa, principalmente por ser um adversário direto na luta pelo título. Além de conquistar 3 pontos, o Grêmio tirou 3 do Fluminense. Em um jogo tão intenso como aquele, o desgaste é inevitável e explicaria o fato de o técnico Vanderlei Luxemburgo ter tirado Elano e Zé Roberto no intervalo da partida contra o Coritiba.

O Grêmio ficou enfraquecido, um time mais previsível. E aí, no segundo tempo, brilhou o Coritiba, com 2 belos gols.

O lateral direito Ayrton começou sua quinta partida como titular (além de ter entrado no segundo tempo de outros 2 jogos).

Nas 6 partidas anteriores, Ayrton vinha atuando mais como garçom, responsável principalmente por uma média de 6 jogadas aéreas por partida (34 no total: foram 12 cruzamentos e 12 faltas levantadas, 8 bolas levantadas frontalmente e 2 escanteios).

Nesses 6 jogos também finalizou 11 vezes, 1 gol em Coritiba 2x0 Portuguesa quando o jogo estava 0 a 0.

Mas contra o Grêmio, Ayrton subiu menos ao ataque, reforçando a marcação e só foi responsável por 2 jogadas aéreas (Lincoln ficou encarregado disso).

Com a pressão ofensiva do Coritiba, o Grêmio fez 6 faltas que foram cobradas diretamente no gol por Ayrton. Aos 15 minutos do segundo tempo, da esquerda da meia-lua, ele mandou no ângulo direito, sem chance para Marcelo Grohe.

O golaço despertou o Grêmio, que empatou 2 minutos depois. Edilson levantou na área uma cobrança de falta, e André Lima cabeceou livre no gol. Foi a única finalização certa do Grêmio no segundo tempo. E além dessa, só conseguiu mais 1.

Com o placar empatado novamente, o Coritiba conseguiu mais 6 finalizações. Na quinta, Roberto passou para Leonardo lhe devolver na frente, mas o atacante puxou a direita da meia-lua e acertou um chutaço no canto oposto. O goleiro Marcelo Grohe, que estava no meio da pequena área, saltou só para constar.

Jogo #126 Em jogo amarrado, Corinthians goleia Bahia em número de impedimentos e só; 0 a 0 foi até muito para eles

Lá na Boa Terra dizem que macumba ganha jogo, não. Que se ganhasse, o Campeonato Baiano acabava empatado todo ano, tão grande o número de trabalhos pelas esquinas e cruzamentos. Mas será que um trabalho bem feito pode pelo menos empatar um jogo?

Este estava amarrado.

Só no primeiro tempo, foram 5 paralisações, que consumiram 4 minutos e 19 segundos de uma partida tão morna, que ainda assim o juiz só acrescentou 1 minuto ao tempo regulamentar. Tudo era motivo para pedir atendimento. Tava amarrado, vici?

Tanto que o Bahia conseguiu 1 única finalização na primeira metade de jogo. E foi bloqueada. O Corinthians conseguiu 9. Foram 4 certas, 3 fraquinhas em cima do goleiro e 1 outra após ótima troca de passes entre Jorge Henrique, Romarinho, Douglas e Danilo, que completou da direita da pequena área, mas o goleiro conseguiu segurar a bola e evitar o gol.

O Corinthians anulou a defesa do Bahia em grande parte do tempo sem precisar nem dar combate ao adversário. A organização da defesa do Timão e a total falta de atenção do ataque do Bahêa resultaram em 7 impedimentos, 1 mal marcado mas que Ávine finalizou longe, como na maioria das vezes aconteceu nesse jogo.

Os ogans devem ter batido seus tambores pelo empate, buscando um transe para desorientar os atletas. Acho que só isso para explicar por que aos 18 minutos do primeiro tempo Ávine saiu correndo, não viu seu companheiro de time Hélder à sua frente e trombou feio, enfiando o rosto no meio do peito dele. Seriam esses ogans torcedores do Vitória?

Explicaria também a saída errada do goleiro Marcelo Lomba aos 19 minutos do segundo tempo. Douglas levantou a bola, o goleiro deixou a pequena área, deu um soquinho errado e a bola foi parar no pé de Alessandro, que a chutou para o alto apesar de o gol estar aberto. Amarrado!

No segundo tempo, cada time concluiu 5 vezes a gol e só conseguiram 1 finalização certa cada, em cima do goleiro. O 0 a 0 foi até muito para eles.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Jogo #125 Borges, Fabrício Neves Correa e José Eduardo Calza dão vitória ao Cruzeiro frente ao Palmeiras. Arbitro já errou assim antes

A esta altura do campeonato, você já deve saber que o árbitro Fabrício Neves Correa marcou um pênalti a favor do Cruzeiro em uma falta (fora da área) de João Vítor em Montillo quando a partida estava 0 a 0. Borges cobrou e fez o gol. Mas sabia que não é o primeiro jogo deste Brasileirão em que esse mesmo árbitro decide o vencedor com uma marcação incorreta de pênalti?

Ele tinha apitado 4 jogos antes de Cruzeiro 2x1 Palmeiras: Corinthians 0x1 Fluminense, Botafogo 2x3 Cruzeiro, Vasco 3x2 Ponte Preta e Fluminense 4x0 Bahia.

Em Vasco 3x2 Ponte Preta, aos 29 minutos do segundo tempo, com o jogo empatado em 2 a 2, William Matheus (Vasco) passou à frente de Lucas (Ponte Preta) e desabou teatralmente, e o juiz deu pênalti. Nesse mesmo jogo, ele não marcou um pênalti de Juninho Pernambucano em André Luís (Ponte Preta) em uma decisão bem polêmica, aos 3 minutos do segundo tempo, quando o jogo já estava 2 a 2. Ou seja, foi bem mal na 7a rodada.


Na 1a rodada, também houve problemas. Em Corinthians 0x1 Fluminense, não marcou pênalti quando Thiago Carleto (Fluminense) pisou no pé de Willian (Corinthias), aos 19 minutos do primeiro tempo. O jogo estava 0 a 0.


Na 3a rodada ele foi bem, em Botafogo 2x3 Cruzeiro: não marcou 2 pênaltis contra o Botafogo e acertou em ambos. Depois, aos 32 minutos do segundo tempo, acertou ao marcar pênalti de Milton Rafael (Botafogo) em Montillo quando o jogo estava 2 a 2. Acertou em tudo, mas só voltou a trabalhar como árbitro na 7a rodada.


Em Fluminense 4x0 Bahia, Fabrício Neves Correa marcou 2 pênaltis contra o Bahia, de Marcelo Lomba em Wellington Nem e de Danny Morais em Fred. Acertou em ambos.

Para azar do jogo, e principalmente do Palmeiras, o segundo gol do Cruzeiro, também de Borges, aos 10 minutos do segundo tempo, também foi irregular.

Tinga finalizaou, foi bloqueado e a bola sobrou para Wallyson, que estava impedido. O auxiliar-bandeirinha José Eduardo Calza não levantou a bandeira, e Wallyson passou para Borges marcar.

José Eduardo Calza já tinha trabalhado em 4 jogos (Botafogo 2x3 Cruzeiro, Bahia 1x2 Vasco, Vasco 1x0 Atlético-GO e Fluminense 4x0 Bahia) e marcado 11 impedimentos: 4 certos, 1 errado e 6 duvidosos.

O erro, em um lance difícil, prejudicou o Bahia, quando o Vasco vencia por 1 a 0.

Dos 6 lances duvidosos, em 4 não houve replay com câmera lateral e são considerados duvidosos por isso. Nos outros 2, em 1 parece ter acerto, mas não há certeza. Foi um lance difícil, que envolveu Montillo quando o Botafogo vencia por 1 a 0.

No outro, parece ter errado ao anular gol de Carlos Alberto quando o Vasco vencia o Bahia por 2 a 0.

O erro contra o Palmeiras foi o mais grave de todos.

Para deixar os palmeirenses mais irritados ainda, o outro auxiliar foi acertar exatamente ao anular o gol de empate do Palmeiras, aos 47 minutos do segundo tempo, o que desencadeou campanhas nas redes sociais. Arthur estava impedido ao receber a bola e mandá-la para o gol.

Com tantas polêmicos o jogo em si acabou ficando de lado. O Cruzeiro buscou o ataque desde o início, pressionou o desfalcado Palmeiras e conseguiu 16 finalizações, 5 certas. Além dessas 2 finalizações certas que originaram gols irregulares, o goleiro Bruno fez 3 ótimas defesas em conclusões de Montillo, Wallyson e Tinga. No chute de Wallyson, deu um tapa com a mão esquerda em uma defesa de puro reflexo. Jogou muito.

Mas o Palmeiras finalizou só 6 vezes em toda a partida e conseguiu apenas 1 finalização certa. Que resultou em gol. O Cruzeiro foi beneficiado. O Palmeiras foi punido por sua inoperância.

Jogo #124 Ponte Preta é melhor no segundo tempo, mas faz gol cedo demais e só consegue segurar a pressão do Santos por 3 minutos

Tem hora certa para fazer um gol? A questão surge vez por outra nas transmissões. É mais comum quando uma equipe consegue marcar ao estar perdendo por 2 gols de diferença e diminui a desvantagem pouco depois de ter sofrido o segundo gol.

No caso da Ponte Preta, pode-se dizer que tinha, sim, hora certa para fazer um gol. E tinha de ser um pouco mais tarde do que a equipe conseguiu.

Vencendo por 1 a 0 graças a um belo gol aos 36 minutos, quando Victor Andrade, de 16 anos, fez um passe de letra para Bruno Peres marcar da direita da grande área, o Santos voltou adormecido do intervalo.

A Ponte Preta estava melhor no segundo tempo, já tinha conseguido 3 finalizações, 2 certas, sendo 1 delas uma excelente cobrança de falta de Marcinho, da direita, que encobriu a barreira e foi no canto, mas Aranha foi buscar. O Santos só tinha finalizado 2 vezes, sendo 1 certa, de Victor Andrade, fraquinha, em cima do goleiro.

Não era um domínio, mas para passar a ser, aos 27 minutos, o técnico Gilson Kleina tirou o volante Renê Júnior e colocou o meia Caio. Arriscou, a pressão da Ponte Preta cresceu, Tiago Alves acertou o travessão e Roger, uma pancada de frente da meia-lua em cima do goleiro.

O Santos respondeu com Felipe Andrade, que da esquerda da grande área, mandou para o espaço.

E aí, a Ponte Preta conseguiu o empate. Aos 37 minutos, Rildo recebeu e da intermediária deixou Roger na cara do gol. Dessa vez não foi marcado impedimento, com em outras 4 vezes (1 errada) e da direita da grande área, ele bateu rasteiro, sem chance para o goleiro.

Cedo demais...

O gol despertou o time do Santos. Em 3 minutos,  Léo, Felipe Anderson e Durval levantaram 5 bolas sobre a área da Ponte Preta. Na sexta tentativa, Henrique fez um toque rápido, de primeira, da frente da meia-lua para Miralles, que chegava de trás. O goleiro Roberto chegou primeiro na bola, não decidiu, provavelmente por medo de fazer um pênalti, a ficou com Miralles, que passou pelo goleiro e tocou para o gol vazio.

Falando assim, até parece fácil. Não foi difícil, não.

domingo, 29 de julho de 2012

Jogo #123 São Paulo atua com 12 jogadores em campo e goleia o Flamengo por 4 a 1 apesar de ótimas defesas do goleiro Paulo Victor

Sim, o São Paulo chegou a ter 12 jogadores em campo para enfrentar o Flamengo. Foi aos 30 minutos do segundo. Bottinelli caiu sobre as pernas de Rodrigo Caio, que pediu atendimento médico. O técnico Ney Franco tinha determinado a saída de Maicon para a entrada de João Schmidt, mas como Rodrigo Caio havia saído na maca, mudou a substituição e manteve Maicon em campo.

Sendo atendido, Rodrigo Caio não percebeu sua substituição, saiu do carrinho maca e voltou ao gramado batendo o lateral. O quarto árbitro que percebeu a lambança. Rodrigo Caio levou o amarelo e deixou o campo.

Foram 26 segundos, mas o São Paulo enfrentou o Flamengo com 12 jogadores.

Dá até para os mais inconformados falarem que no resto do jogo a arbitragem é que foi o 12o jogador tricolor. Será um grande exagero, mas no início do segundo tempo, com o São Paulo vencendo por 2 a 0, o juiz Jailson Macedo Freitas não deu um pênalti para o Flamengo.

Seria um exagero porque o estreante bandeira Adailton José de Jesus Silva marcou 2 impedimentos. Errou logo no primeiro que marcou, prejudicando o São Paulo quando Jadson disparava sozinho pela esquerda da grande área. O outro acertou, contra o Flamengo. Foram marcados 5 impedimentos contra o ataque rubro-negro, 4 certos e 1 duvidoso.

Foi um jogo absolutamente técnico. E na técnica, prevaleceu a equipe que tem a defesa mais bem montada e um ataque que se movimenta muito.

Por saber que no retorno de Rogério Ceni ao time o São Paulo buscaria a vitória de todas as formas para honrar seu eterno capitão, o Flamengo ficou fechado no primeiro tempo. O rubro-negro não finalizou vez alguma no primeiro tempo. Zero, também porque a defesa do São Paulo anulou todas as tentativas, mas principalmente porque o Flamengo ficou fechado.

Por sua vez, o São Paulo conseguiu 7 finalizações no primeiro tempo, 5 certas. E apesar de ter sofrido 2 gols, o goleiro Paulo Victor se destacou. Dos 15 minutos aos 25 minutos, o goleiro flamenguista conseguiu evitar 3 gols certos: tirou com a perna direita uma finalização de cabeça de Luís Fabiano, deu um tapa na bola em finalização de puxada de Luís Fabiano em uma bola que estava muito à frente para o atacante chutar mais ainda assim acertou o cantinho direito do gol e, na cobrança desse escanteio, saiu nos pés de Rodrigo Caio para evitar o gol após desvio de cabeça de Luís Fabiano.

Até os 40 minutos, o plano do Flamengo dava certo: fechado na defesa, levava o empate para o vestiário. Não deu. Aos 41 minutos, Rodrigo Caio recebeu na direita da intermediária, Ademilson se deslocou para a direita, mas Rodrigo fez a assistência para o meio. González demorou para dar o bote, e Maicon chutou colocado, tirando do goleiro. A bola entrou passando perto do pé da trave direita, sem chance para o goleiro. Milagre é mais caro.

Pelo bombardeio do primeiro tempo, o 0 a 1 ainda estaria de bom tamanho para o Flamengo, só que aos 46 minutos, Jadson bateu escanteio da esquerda com muita curva no segundo pau, Paulo Victor saiu mal do gol e Luís Fabiano cabeceou livre da pequena área: 2 a 0.

Com a desvantagem, o Flamengo voltou mais solto para o segundo tempo, conseguiu sua primeira finalização no jogo logo aos 4 minutos, em uma cobrança de falta de Bottinelli na barreira.

Aos 9, o lance polêmico: Ibson tocou para Bottinelli, Cortez chegou atrasado e pisou no pé do adversário que finalizava em gol. Errou o árbitro.

Apenas 5 minutos depois, o São Paulo fez 3 a 0: González saiu da área para dar combate e fez falta em Ademilson, mas o juiz deu a vantagem. Cortez ficou livre às suas costas, recebeu, teve tempo para olhar e cruzar da esquerda da grande área na cabeça de Luís Fabiano, que não teve dificuldade para cabecear às costas de Welinton.

A defesa do Flamengo não dava mais conta da constante mobilidade do ataque tricolor.

Aos 21, Léo Moura cruzou da direita para Ramon dominar e bater forte no canto: 3 a 1.

O goleiro Paulo Victor ainda evitou mais 1 gol, aos 45 minutos, salvando com a mão esquerda, no reflexo, chutaço de Jadson. Mas não teve a mesma sorte aos 47 minutos. Luís Fabiano levantou bola da intermediária central para a direita da grande área e no que Paulo Victor foi sair para fechar o ângulo, Jadson chutou no contrapé do goleiro, de trivela.

Apesar do 4 a 1 no placar, foram mostrados apenas 2 cartões amarelos, 1 para cada equipe, no segundo tempo. Na técnica deu São Paulo.

Jogo #122 Braghetto erra ao não marcar pênalti para o Atlético-MG, Vicente Romano anula gol legítimo do Flu e Victor garante empate

Cada vez mais vamos ter de nos acostumar a marcações bem feitas, como a do empate em 0 a 0 entre Fluminense e Atlético-MG no Engenhão. Não houve espaço para criação de jogadas, com Ronaldinho Gaúcho sendo seguido de perto o tempo todo e o Atlético-MG fechando muito bem a frente de sua área.

Cada equipe finalizou 12 vezes em gol, mas o Fluminense só conseguiu 3 certas, e o Atlético-MG, 2. Muito pouco, sem dúvidas, mas por absoluto mérito das defesas e demérito da arbitragem.

Aos 24 minutos, Júnior César cruzou da ponta esquerda, Digão tentou cortar com a coxa, mas acabou cortando mesmo com o braço esquerdo, que estava aberto dentro da grande área. Pode ser discutível, mas foi pênalti, pois o braço estava aberto e ele o manteve na direção da bola. Não adiantou a reclamação.

Rodrigo Braghetto já tinha deixado de marcar 2 pênaltis para o Coritiba na derrota por 3 a 1 para o Flamengo, na 4a rodada, e só voltou a apitar na Série A agora, na 13a. Falhou novamente. Não é novidade.

Depois disso, o Fluminense teve 3 grandes oportunidades para marcar, mesmo sem conseguir ditar o ritmo do jogo. Nas 2 primeiras, brilhou o goleiro Victor, que salvou o Galo da derrota.

Aos 44 minutos do primeiro tempo, Fred cruzou da ponta esquerda, e Wellington Nem cabeceou da esquerda da grande área. No reflexo, o goleiro atleticano cortou a tragetória da bola com o braço esquerdo. Fantástico.

Aos 12 minutos do segundo tempo, inverteram. Wellington Nem fez assistência para Fred chutar da meia-lua, mas Victor, adiantado na linha da pequena área, consegue defender. Alguns atleticanos têm certeza de que viram o goleiro levantar voo nesse momento, mas isso não aconteceu. Acredite: ele não sabe voar. É técnica, mesmo.

As equipes seguiram anulando uma à outra até que aos 42 minutos ocorreu o lance que vai dar muito o que falar: Fred recebeu passe longo, ganhou na velocidade, driblou Victor (se ele soubesse voar, teria o feito neste momento...) e tocou para o gol vazio. Mas o auxiliar-bandeirinha Vicente Romano Neto anulou o lance legítimo. A perna de um defensor dava condição de jogo a Fred.

Antes desta partida, Vicente Romano Neto havia marcado 7 impedimentos, todos certos. Até esse lance, tinha marcado mais 2 do Fluminense, ambos corretamente. Mas no lance de Fred ele errou. Pior para o Fluminense. Sorte do líder Atlético-MG.




sábado, 28 de julho de 2012

Jogo #121 Vasco se dedica à defesa, leva 1 ponto e tira 2 do Internacional no Beira-Rio na estreia de Forlán

Foi um grande jogo? Na medida em que o Corinthians é campeão da Libertadores e o Chelsea, da Europa apostando fortemente na defesa, sim, foi um bom jogo. Se você não viu ao vivo, fica mais difícil de sentir isso. Podia acontecer qualquer coisa a qualquer momento, mas não aconteceu nada.

Um exemplo disso é que aos 38 minutos do segundo tempo, o Vasco tinha só 5 finalizações. Só 2 certas. O jogo ficou truncado o tempo todo, ninguém tinha espaço para criar e as duas defesas jogavam de forma bem vigorosa em um jogo limpo.

Então, Felipe entrou trocando passes pelo meio e fez a assistência para Carlos Alberto, livre. Depois que você sabe que o jogo acabou 0 a 0, esse lance não tem a menor importância, mas até Carlos Alberto chutar muito embaixo da bola e ela passar sobre o travessão, cruzada, naquele momento o Vasco poderia estar conquistando uma vitória que só fazia por merecer porque não permitia ao Internacional se impor em sua própria casa.

Não aconteceu nada porque o Internacional não se empenhou o suficiente para buscar a vitória, e o Vasco se empenhou muito mais do que o suficiente para conquistar 1 ponto e, talvez o mais importante, tirar 2 pontos do Inter na cada dele. Grande negócio.

Forlán se movimentou bastante no ataque, fez 4 finalizações, mas não acertou o gol nenhuma vez. Aliás, quase ninguém acertou o gol. O Internacional finalizou 14 vezes, 2 certas. Aos 10 minutos, Fred bateu cruzado de fora da área, mas não conseguiu tirar o suficiente do goleiro Fernando Prass, que se esticou e rebateu para o lado. E aos 25, D´Alessandro bateu uma falta da direita, colocada, em cima do goleiro.

Ao fazer essa cobrança, D´Alessandro sentiu uma lesão na coxa esquerda e foi substituído, ainda no primeiro tempo.

O Vasco finalizou 6 vezes, sendo 2 certas. Ambas no segundo tempo. Felipe tentou encobrir o goleiro em uma cobrança de falta, mas Muriel deu um tapa para escanteio, aos 14 minutos; e William Barbio chutou em cima do goleiro aos 31 minutos.

Às vezes, é uma pena um jogo com times como esses valer pontos para um campeonato.


Santos, Corinthians, Sport e Vasco têm as defesas que mais vezes deixam adversários em posição de impedimento

Santos, Corinthians e Sport se destacam como as equipes que mais deixaram seus adversários em impedimento nas 12 primeiras rodadas deste Brasileirão.

As barras azuis mostram quantas vezes ataques adversários foram parados por marcação de impedimentos, e as laranjas, quantas vezes o ataque de cada um desses times foi anulado.

Dos 51 impedimentos marcados a favor do Santos, 32 foram certos, 9 errados e 10 duvidosos.

Dos 50 impedimentos marcados a favor do Corinthians, 34 foram bem marcados, em 6 os bandeiras erraram e em 10 o lance era duvidoso.

Dos 46 impedimentos marcados a favor do Sport, foram 24 certos, 8 errados e 14 duvidosos.

E dos 42 marcados a favor do Vasco, 22 foram certos, 6 errados e 14 duvidosos.

Veja a comparação entre as equipes. Use o mouse. Coloque a seta sobre as barras e saibas quantos impedimentos foram marcados. Abaixo, o desempenho dos ataques e das defesas. Será que tem relação entre número de impedimentos e de finalizações e gols?




Não há critério no uso dos cartões nem mesmo no caso de cotoveladas que resultam em sangramentos

Outro dia, conversando com o Belo, surgiu o assunto: os árbitros deixam para mostrar os cartões amarelos no segundo tempo para não ter de sair expulsando no segundo tempo ou há mais cartões na segunda metade do jogo devido ao acúmulo de faltas?

Foram registrados 197 cartões amarelos (36%) no primeiro tempo e 356 no segundo tempo (64%). Com o volume de jogos sendo realizados, 20 por semana, é possível que tenha escapado algum. Espero que não. Enfim.

Passados 120 jogos, dá para dizer que há sem dúvida a questão da "primariedade". Faltas duras no início do jogo  não são punidas por alguns árbitros até mesmo porque é seu papel "arbitrar" a disputa e fazer com que o jogo seja disputado até o fim do tempo regulamentar.

Mas o acúmulo de faltas ao longo da partida é o grande causador. Chega um momento do jogo em que uma falta "normal" é punida, aparentemente, para manter o equilíbrio do jogo e fazer diminuir a pressão de um ou outro jogador (ou treinador) que esteja mais exaltado.

Foram mostrados 4 cartões vermelhos no primeiro tempo, todos após os 35 minutos de jogo e todos em consequência do "segundo amarelo", que não são computados aqui nesta estatística. Segundo amarelo é vermelho.

No segundo tempo houve 23 vermelhos.

Na partida Portuguesa 0x0 Santos, pela 7a rodada, ficou claro o que pode acontecer quando o árbitro começa a mostrar os cartões muito cedo. Logo aos 6 minutos de jogo, o zagueiro Rogério, da Lusa, deu um carrinho em Neymar sem ir na bola. Amarelo. Aos 8, Adriano deixou a perna quando Moisés passava e também foi punido.

Para manter o critério, o árbitro mostrou 7 cartões amarelos no primeiro tempo. Só que mudou completamente no segundo tempo e mostrou apenas 1 cartão, aos 44 minutos. Não faltou motivo para mais: Moisés, da Portuguesa, deu uma cotovelada em Juan, aos 13; Boquita pisou em Neymar, aos 43, a falta foi marcada, mas Boquita não recebeu o amarelo. 3 minutos depois, voltou a fazer uma falta e aí sim foi punido com o único cartão da segunda etapa.

As cotoveladas mostram bem como, no fundo, não há um padrão para punição e isso é ainda mais claro no primeiro tempo.

Willian (Corinthians, 5 minutos), João Paulo Silva (Ponte Preta, 43 minutos), Rafael Marques (Atlético-MG, 32 minutos) e Kleber (Grêmio, 15 minutos) já levaram cartão amarelo no primeiro tempo por darem uma cotovelada. A ordem está pelo número da rodada em que aconteceu.

Mas Vágner Love (Flamengo, 19 minutos), Tobi (Sport, 44 minutos), Martinez (Náutico, 11 minutos), Pablo (Figueirense, 20 minutos), Deco (Fluminense, 39 minutos), Paulinho (Corinthians, 40 minutos) e Denilson (São Paulo, 43 minutos) já deram cotoveladas no primeiro tempo de jogos e não levaram amarelo, mesmo quando houve corte e sangramento. Tem árbitro que parece acreditar que cotovelada é do jogo... Deve ser porque eles não levam.

Veja abaixo em que setores do campo ocorrem mais cartões amarelos. Use o mouse para saber quando ocorreram em cada setor. Basta colocar a setinha sobre as cores.




Rodada para embolar a disputa pela liderança do Brasileirão está nas mãos de árbitros bem diferentes e ótimos auxiliares-bandeirinhas

Uma rodada com forte potencial para embolar a disputa pelas primeiras colocações do Brasileirão.

O Vasco mostra hoje estar preparado para as dificuldades que surgirão ao longo das 38 rodadas. Juninho Pernambucano está suspenso, mas deve ser substituído por Felipe. Perde a genialidade de Juninho, mas continua tendo um armador experiente. Nilton também está suspenso, e Fellipe Bastos deve jogar.

O Internacional estreia Diego Forlán. Se já vem mostrando seu poder, hoje vai ter um motivo extra para buscar a vitória. Deve ser um dos melhores jogos de todo o Brasileirão, mas o Internacional é favorito. Se vencer, o Colorado chega a 25 pontos, a 4 do Vasco.

Vai apitar o jogaço Wilson Luiz Seneme, que em 7 jogos mostrou 12 cartões amarelos para mandantes e 19 para visitantes, com um média de 4 por jogo. Um ótimo árbitro para uma ótima partida. Mostra poucos cartões porque está sempre próximo das jogadas e dá pouco espaço para os jogadores tumultuarem. Marcou 3 pênaltis até aqui, todos em uma mesma partida e com correção. Foi em Atlético-GO 3x2 Figueirense, quando marcou 1 pênalti para o time da casa e 2 para os visitantes.

À direita do vídeo estará o auxiliar Emerson Augusto de Carvalho, que já apontou 20 impedimentos certos, 4 errados e 2 duvidosos. À esquerda, Marcelo Carvalho Van Gasse, um dos melhores do ano e que ainda não errou neste Brasileirão: foram 17 impedimentos certos e 2 duvidosos. Tudo favorece para ser um grande jogo.

No domingo, se o cirúrgico Fluminense derrotar o Atlético-MG, ficará a apenas 3 pontos do adversário na classificação. Mesmo tendo perdido para o Grêmio no meio de semana (fora de casa), são grandes as chances de isso acontecer.

A arbitragem dessa partida será de Rodrigo Braghetto, que só apitou uma vez nesta Série A. No último Campeonato Paulista, Braghetto tomou decisões relativamente polêmicas em alguns jogos importantes, como Guarani x Ponte Preta. No Brasileirão, estreou na 4a rodada, não marcou dois pênaltis contra o Flamengo na vitória por 3 a 1 sobre o Coritiba e só está voltando a apitar agora, na 13a rodada.

À direita do vídeo estará o auxiliar-bandeirinha Carlos Berkenbrock, que marcou 6 impedimentos certos, 1 errado e  duvidosos. À esquerda, Vicente Romano Neto, que ainda não errou nenhum: marcou 7 impedimentos certos.

Nos gráficos você vê como está se comportando árbitros e auxiliares. Use o mouse. Coloque a setinha sobre as barras para ter mais informações e clique nas barras laterais de rolagem ver outros nomes.

O São Paulo também está em busca de se aproximar dos líderes, mas recebe o Flamengo. Dois clubes que estão renovando seus elencos. Pode não ser um jogo que vai alterar as primeiras colocações na tabela, mas vai indicar quem está trabalhando melhor os seus jovens talentos. Não deve faltar velocidade. E aí, uma preocupação: Adailton José de Jesus Silva será o auxiliar 2, à esquerda do vídeo. É seu primeiro jogo nesta Série A. O outro lado, o extraordinário Alessandro Álvaro Rocha de Matos, que ainda não errou nesta temporada. Marcou 10 impedimentos certos e 2 duvidosos.

O árbitro será Jaílson Macedo Freitas. Ele cometeu 2 erros que se compensaram no jogo Santos 1x1 Fluminense: não marcou pênalti de Henrique, do Santos, que colocou a mão na bola aos 3 minutos de jogo quando estava 0 a 0 e marcou pênalti em uma falta fora da área, de Adriano em Edinho, do Fluminense, quando o jogo estava 1 a 0 para o Santos.

Isso foi na 3a rodada. Só voltou a apitar na 10a, em Grêmio 3x1 Sport, quando foi bem. Nesse 2 jogos mostrou 4 amarelos para mandantes e 3 para visitantes.


Sábado
18h30
Coritiba x Grêmio
Árbitro: André Luiz de Freitas Castro
Auxiliar 1: Fabrício Vilarinho da Silva
Auxiliar 2: Cristhian Passos Sorence
Internacional x Vasco
Árbitro: Wilson Luiz Seneme
Auxiliar 1: Emerson Augusto de Carvalho
Auxiliar 2: Marcelo Carvalho Van Gasse
21h
Botafogo x Figueirense
Árbitro: Márcio Chagas da Silva
Auxiliar 1: Altemir Hausmann
Auxiliar 2: Marcelo Bertanha Barison
Domingo
16h
Sport x Atlético-GO
Árbitro: Wagner Reway
Auxiliar 1: Carolina Romanholi Melo
Auxiliar 2: Gean Carlos Menezes de Oliveira
São Paulo x Flamengo
Árbitro: Jailson Macedo Freitas
Auxiliar 1: Alessandro A. Rocha de Matos
Auxiliar 2: Adailton José de Jesus Silva
Fluminense x Atlético-MG
Árbitro: Rodrigo Braghetto
Auxiliar 1: Carlos Berkenbrock
Auxiliar 2: Vicente Romano Neto
Bahia x Corinthians
Árbitro: Pablo dos Santos Alves
Auxiliar 1: Márcio Eustáquio S. Santiago
Auxiliar 2: Fabiano da Silva Ramires
18h30
Cruzeiro x Palmeiras
Árbitro: Fabrício Neves Correa
Auxiliar 1: Roberto Braatz
Auxiliar 2: José Eduardo Calza
Portuguesa x Náutico
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique
Auxiliar 1: Dibert Pedrosa Moisés
Auxiliar 2: Rodrigo Pereira Joia
Santos x Ponte Preta
Árbitro: Paulo César Oliveira
Auxiliar 1: Márcio Luiz Augusto
Auxiliar 2: Celso Barbosa de Oliveira

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Jogo #116 Empate com a Portuguesa levanta questão sobre se torcida do Flamengo vai ter paciência durante renovação da equipe

Zico estreou no Flamengo em 1971. Quem tinha 10 anos na época e já sabia o que era futebol, agora está com 51. Não é a faixa média do torcedor de estádio. Zico só foi se firmar em 1974. Como o time já era ajustado, foi campeão estadual em 1972 e 1974 e só em 1978, 79 e "1979 especial" é que começou a se impor, com um tricampeonato estadual. Só foi conquistar seu primeiro Brasileiro em 1980. Isso com Zico e todo aquele time.

Agora, aconteceu o que o flamenguista queria: caiu Joel Santana. E o Flamengo contratou um ótimo treinador. Acima do empate por 0 a 0 com a Portuguesa em casa, a estreia do técnico Dorival Júnior no comando do rubro-negro carioca fica marcada pela estreia de Mattheus, "O Filho de Bebeto", como titular neste Brasileirão.

Não só isso: foi o primeiro jogo em que Adryan e Mattheus começaram juntos como titulares. Isso é um forte indicativo do que deve ser o trabalho de Dorival Júnior, que desde o ano passado estava no Internacional, um dos clubes que mais bem vêm fazendo o trabalho de revelação e lançamento de novos atletas.

Dorival Júnior teve acesso aos bastidores desse trabalho vitorioso do Inter, que nos últimos 11 anos conquistou 8 campeonatos estaduais, 2 Libertadores e 1 Mundial com trabalho árduo, uma estrutura defensiva consistente e atacantes inteligentes e velozes. Mas, principalmente, trabalho árduo, com treinos específicos e conscientização das exigências atuais do futebol.

Mesmo com os rubro-negros torcendo um pouco o nariz, na defesa jogou Welinton, de 23 anos. Ele não começava como titular desde a 4a rodada. Estamos na 12a. Entre os titulares estavam Ramon, de 24 anos, Luiz Antônio, 21, Mattheus, 18 e Adryan, 17.

No banco de reservas estavam Marcelo Carné, 22 anos, Marllon, 20, Amaral, 24 e Thomás, 19. E Dorival Júnior e seus assistentes.

A equipe foi vaiada e chamada de "sem-vergonha". Claro, a voz da arquibancada é parte do jogo e do desenvolvimento dos atletas. O torcedor flamenguista vai aceitar que existe um preço a ser pago pela reformulação de elencos ou vai queimar uma geração de jogadores talentosos?

O Flamengo fez 16 finalizações, 4 certas. O time foi lento, mas Adryan e Mattheus assumiram o papel de armar as jogadas de ataque. Uma responsabilidade e tanto no Flamengo, agora nos pés deles.

Quanto à Portuguesa, não há muito o que dizer. Fica parecendo que nem mesmo novenas em todas as igrejas de Nossa Senhora de Fátima e de Nossa Senhora Aparecida aliadas ao sacrifício de bichos ao som dos tambores faria com que os jogadores transformassem as jogadas de ataque em gols.

Jogou bem, fez 15 finalizações e as 4 certas foram em cima do goleiro. Ainda acertou o travessão. Aos 42 minutos do segundo tempo, Diego Viana subiu sozinho e cabeceou por cima um cruzamento perfeito.

Mas um mérito é inegável. É uma das equipes que mais finaliza, a equipe com menos gols marcados (7, ao lado do Santos) e está na zona de rebaixamento (com 10 pontos, ao lado de Palmeiras e Santos), mas  está assimilando isso muito bem. Joga o jogo, não se abala e demonstra a maturidade de quem sabe que isso faz parte. Se vai conseguir reverter é outra história. Aparentemente, sobrenatural.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Jogo #111 Rolo Compressor fica só em primeira marcha, mas é mais que o suficiente para Internacional vencer o Figueirense


Ainda que além dos adversários o Figueirense enfrente suas próprias limitações neste Brasileiro, vem enfrentando em casa equipes muito fortes. Já passaram pelo Orlando Scarpeli nesta temporada Ponte Preta, São Paulo, Vasco e Atlético-MG, além de Náutico e Bahia, que ainda não conseguiram engrenar.

Nessas partidas, em casa, o Figueirense vinha conseguindo manter uma média de 5 assistências por jogo. Contra o Internacional, acuado, conseguiu fazer apenas 3 em toda a partida. Frente a um adversário muito organizado, recorreu às jogadas aéreas para tentar supreender a defesa do Internacional. Foram 35 contra apenas 11 do Inter, que conseguiu 7 assistências.

A 2 minutos de jogo, o Figueirense desperdiçou a melhor oportunidade que teve em toda a partida: Guilherme Santos cruzou da ponta esquerda, e Loco Abreu cabeceou a bola no alto do travessão. Foi o mais perto que o Figueirense, mesmo jogando em casa, conseguiu chegar do gol. Para ser bem camarada com o Figueirense, dá para dizer que teve uma segunda chance aos 13 minutos, quando Júlio César cobrou falta direta da intermediária e o goleiro espalmou para escanteio. Mas o chute foi de longe e em cima do goleiro. De qualquer modo, foi isso que o Figueirense conseguiu em 11 finalizações.

O Internacional que impôs com sobras, muitas sobras. Conseguiu 13 finalizações, sendo que 7 foram no gol e ainda acertou 2 no travessão. Na verdade, foram 3, mas o bandeira inventou um impedimento para livrar a cara de Dagoberto. Aos 43 minutos do primeiro tempo, Jajá finalizou da intermediária direita com uma pancada violentíssima, o goleiro voou, mas não alcançou  a bola, que bateu no travessão. Voltou para o campo, talvez com tanta força, que Dagoberto cabeceou de peixinho, com o gol completamente aberto, sem goleiro, e a bola foi novamente no travessão, mas o lance foi anulado por um impedimento mal marcado. E só marcado depois de Dagoberto ter perdido o gol.

Já estava 1 a 0 para o Colorado. O gol da vitória saiu aos 24 minutos: Fabrício cruzou da ponta esquerda na medida para Dagoberto chegar pelas costas do zagueiro e cabecear no chão para o gol.

O goleiro Ricardo ainda fez duas ótimas defesas, em uma pancada de Fred da meia-lua, aos 6 minutos do segundo tempo, e outra de Jajá, aos 31. Ele recebeu livre à frente de Ricardo, que conseguiu evitar o gol com a perna direita. Nem no Olímpico teria sido tão fácil.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Auxiliar volta de afastamento em Corinthians x Cruzeiro; Grêmio x Flu e Vasco x Botafogo têm árbitros que mostram muitos cartões


Em sua lenta busca pelo pelotão da frente, o Internacional coloca seu Rolo Compressor em campo hoje em Florianópolis, contra o Figueirense, que luta para deixar a zona de rebaixamento. Se não fosse futebol, seria um jogo fácil. A arbitragem será de Elmo Alves Resende Cunha, que em 3 jogos expulsou 3 jogadores, mas não é dos que mais mostram cartões amarelos (média de 4,5 por jogo). Os auxiliares-bandeirinhas dessa partida têm um bom retrospecto, mas já erraram mais de um impedimento cada um.

Às 20h30, Vasco x Botafogo será uma prova e tanto para 2 dos melhores ataques do Brasileirão, com menos gols marcados apenas do que Atlético-MG e Fluminense. Em 2 jogos que trabalhou, Wagner do Nascimento Magalhães mostrou 15 cartões amarelos e 1 vermelho. Ao menos teoricamente isso favorece os atacantes. Ele trabalhou no FlaxFlu do centenário (0 a 1) e em Internacional 0 x 0 Santos. Foi bem equilibrado nas advertências a mandantes e visitantes.


Às 21h50, dois jogos com potencial de espetáculo:
Corinthians x Cruzeiro será apitado por Leandro Pedro Vuaden, que sabe bem controlar um jogo sem precisar abusar dos cartões (trabalhou em 3 partidas e tem média de 3 amarelos por jogo, apenas). Os auxiliares-bandeirinhas serão Nadine Schram Câmara Bastos e Kleber Lúcio Gil. Destaque para Nadine, que só trabalhou na primeira rodada, foi reprovada em teste físico e afastada e retornar agora, na 12a rodada. Como vai ser o desempenho dela? Kleber marcou 5 impedimentos e não errou nenhum.

E Grêmio x Fluminense é "o jogo" da noite. Grêmio em ótima fase, vindo de 3 vitória consecutivas sobre Cruzeiro e Botafogo como visitante e sobre o Sport como mandante. Olhando para trás, a invencibilidade dos cariocas nunca esteve tão ameaçada. Está por 1 fio de esperança.

Veja abaixo quem vai apitar e como vêm se comportando árbitros e auxiliares no Brasileirão.


12a rodada

Quarta-feira


19h30


Figueirense x Internacional
Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha
Auxiliar 1: Emerson Augusto de Carvalho
Auxiliar 2: Cristhian Passos Sorence


Ponte Preta x Sport
Árbitro: Heber Roberto Lopes
Auxiliar 1: Tatiana Jacques de Freitas
Auxiliar 2: Guilherme Dias Camilo


20h30

Vasco x Botafogo
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães
Auxiliar 1: Rodrigo Pereira Jóia
Auxiliar 2: Marco A. Santos Pessanha


Náutico x Coritiba
Árbitro: Cláudio Francisco Lima e Silva
Auxiliar 1: Alessandro A. Rocha de Matos
Auxiliar 2: Clériston Clay Barreto Rios



21h50


Corinthians x Cruzeiro
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden
Auxiliar 1: Nadine Schram Câmara Bastos
Auxiliar 2: Kleber Lúcio Gil


Grêmio x Fluminense
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio
Auxiliar 1: Marcelo Carvalho Van Gasse
Auxiliar 2: Thiago Gomes Brígido


Atlético-GO x São Paulo
Árbitro: Emerson de Almeida Ferreira
Auxiliar 1: Márcio Eustáquio S. Santiago
Auxiliar 2: Marrubson Melo Freitas



Quinta-feira


21h


Palmeiras x Bahia
Árbitro: Antônio Frederico de Carvalho Schneider
Auxiliar 1: Janette Mara Arcanjo
Auxiliar 2: Luiz Antônio Muniz de Oliveira


Flamengo x Portuguesa
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro
Auxiliar 1: Carlos Berkenbrock
Auxiliar 2: Marcus Vinícius Gomes


Atlético-MG x Santos
Árbitro: Antônio Denival de Morais
Auxiliar 1: Roberto Braatz
Auxiliar 2: José Carlos Dias Passos






12a rodada Quarta-feira 19h30 Figueirense x Internacional Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha Auxiliar 1: Emerson Augusto de Carvalho Auxiliar 2: Cristhian Passos Sorence Ponte Preta x Sport Árbitro: Heber Roberto Lopes Auxiliar 1: Tatiana Jacques de Freitas Auxiliar 2: Guilherme Dias Camilo 20h30 Vasco x Botafogo Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães Auxiliar 1: Rodrigo Pereira Jóia Auxiliar 2: Marco A. Santos Pessanha Náutico x Coritiba Árbitro: Cláudio Francisco Lima e Silva Auxiliar 1: Alessandro A. Rocha de Matos Auxiliar 2: Clériston Clay Barreto Rios 21h50 Corinthians x Cruzeiro Árbitro: Leandro Pedro Vuaden Auxiliar 1: Nadine Schram Câmara Bastos Auxiliar 2: Kleber Lúcio Gil Grêmio x Fluminense Árbitro: Wilton Pereira Sampaio Auxiliar 1: Marcelo Carvalho Van Gasse Auxiliar 2: Thiago Gomes Brígido Atlético-GO x São Paulo Árbitro: Emerson de Almeida Ferreira Auxiliar 1: Márcio Eustáquio S. Santiago Auxiliar 2: Marrubson Melo Freitas Quinta-feira 21h Palmeiras x Bahia Árbitro: Antônio Frederico de Carvalho Schneider Auxiliar 1: Janette Mara Arcanjo Auxiliar 2: Luiz Antônio Muniz de Oliveira Flamengo x Portuguesa Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro Auxiliar 1: Carlos Berkenbrock Auxiliar 2: Marcus Vinícius Gomes Atlético-MG x Santos Árbitro: Antônio Denival de Morais Auxiliar 1: Roberto Braatz Auxiliar 2: José Carlos Dias Passos

Equipes que menos finalizam, Fluminense tem segundo melhor ataque e Santos, o segundo pior

O Santos fez 107 conclusões nas primeiras 11 rodadas do Brasileirão. O Fluminense, 111. São os 2 clubes que menos vezes tentaram ao menos acertar o gol. A diferença é que o Santos fez 7 gols nessas conclusões. O Fluminense, 22. Ou seja, o triplo. Um dos motivos de o Santos chegar à 12a rodada na 15a colocação, e o Fluminense, na 3a. O gráfico mostra como cada equipe cria suas finalizações. O tamanho da barra indica quantas vezes cada uma tentou o gol. Use o mouse. Clique no nome do clube e saiba quantas finalizações cada um fez.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Jogo #106 Internacional retoma Rolo Compressor na goleada por 4 a 1 sobre o Atlético-GO

O Beira-Rio está em obras. Só as arquibancadas superiores recebem torcedores. As inferiores foram demolidas. E os cerca de 10 mil torcedores que foram ao estádio assistir à estreia do ex-atacante Fernandão como técnico do Internacional viram tratores ao redor do gramado e o Rolo Compressor dentro de campo na goleada por 4 a 1 sobre o Atlético-GO.

Senhor da situação, o Internacional não deu espaço ao frágil adversário. Até conseguir seu primeiro gol, aos 19 minutos do primeiro tempo, o Colorado não permitiu ao Atlético-GO qualquer grande oportunidade de gol, com sua defesa muito bem postada e cortando todas as bolas que chegaram, menos 2: sentado, Ricardo Bueno tentou um gol improvável, mas foi bloqueado, e Joilson tentou da intermediária, fraco, em cima do goleiro.

Então, Dagoberto levantou a bola da intermediária esquerda, Elton matou no peito e bateu fácil no canto. Com a vantagem, o Internacional afrouxou a marcação, o Atlético-GO conseguiu 4 ataques seguidos e o empate: Bida bateu escanteio, Marino finalizou livre na pequena área, o goleiro Muriel saltou, rebateu, mas caído não conseguiu impedir o gol de Reniê, que pegou o rebote, aos 27 minutos.

De certa forma, o Internacional facilitava a vida da defesa adversária ao insistir em bolas erguidas sobre a área: foram 16 no primeiro tempo, 2 finalizadas, que originaram o primeiro gol.

Mas no segundo tempo isso mudou. Rolo Compressor que se preze tem de ficar no chão e foi assim que o Inter atropelou. Levantou a bola apenas 2 vezes na segunda etapa, fez 5 assistências e com elas conseguiu 2 gols. O outro surgiu em uma jogada individual.

Logo a 1 minuto, Jajá recebeu na esquerda da meia-lua, abriu para Fabrício na grande área para ele colocar no pé de Dagoberto, tirando do goleiro. Ficou fácil para o atacante concluir da pequena área para o gol.

Dagoberto poderia ter feito outro aos 10 minutos, mas Elton não retribuiu a bola recebida para o primeiro gol, finalizou ele mesmo da direita da grande área, e o goleiro Márcio salvou com o pé. Livre no meio da grande área, de frente para o gol vazio, Dagoberto ficou louco com o erro do companheiro.

Mas com esse time do Internacional, toda crise é passageira. Passaram-se 2 minutos e a equipe conseguiu um contra-ataque fulminante: Fred roubou a bola na intermediária defensiva e partiu em  velocidade impressionante com a bola absolutamente sob controle. Dagoberto abriu pela direita e Jajá chegou por trás abrindo pela esquerda, recebeu e tocou de primeira para o gol.

Simples assim.

Novamente o Inter deu espaços, e o Atlético-GO conseguiu boas jogadas de ataque. Aos 23, Joilson fez passe longo, Patrick tocou de calcanhar da esquerda da meia-lua e Danilo, que tinha acabado de entrar, pegou muito mal na bola, desperdiçando uma ótima oportunidade de gol. Apesar da situação vexatória, o Atlético-GO tem suas jogadas de ataques, mas é pouco eficiente nas conclusões. Finalizou 11 vezes, 6 certas e fez 1 gol. Falta talento, imperdoável para um clube que há 3 anos está na Série A. É o calvário de todo clube médio brasileiro, sem poder econômico para montar e manter uma estrutura.

No extremo oposto, o Internacional pode se dar ao luxo de escolher. E aos 30 minutos, Fred tabelou com Otávio, e da grande área marcou o quarto gol. Muriel garantiu o placar aos 40 minutos, após boa finalização de Patrick. O Rolo Compressor nem precisou forçar.

Jogo #105 Cruzeiro erra todas as finalizações no segundo tempo, mas Fábio garante vitória sobre o Flamengo

Nem se quisessem derrubar o técnico Joel Santana, Vágner Love e Hernani conseguiram fazer o que se passou na pequena área do Cruzeiro aos 33 minutos do segundo tempo, em Belo Horizonte.

Léo Moura recebeu na direita da grande área, tocou para Vágner Love na pequena, ele chutou, o goleiro Fábio abafou, bola sobrou no braço de Hernani, foi travessão, voltou para Love, que chutou e o goleiro abafou novamente, e no rebote, Hernani completou para o gol, mas o lateral Marcelo Oliveira salvou em cima da linha. Inacreditável.

Quase tão inacreditável quanto saber que o Flamengo finalizou 22 vezes, apenas 5 certas, não conseguiu marcar e perdeu por 1 a 0 para o Cruzeiro, que mesmo jogando em casa finalizou 13, apenas 4 certas, mas conseguiu fazer 1 gol.

Foram 12 assistências do Flamengo, um claro exemplo de seu jogo de equipe. Começou melhor a partida, espremendo o Cruzeiro na defesa, fez 5 finalizações nos primeiros 15 minutos de jogo, mas não acertou o gol em qualquer 1 delas. E aí o Cruzeiro é que passou a atacar e só ele atacou até os 30 minutos. Parecia até ensaiado. Foram 4 finalizações, 2 no gol, mas em cima do goleiro, e 2 para fora. Então o Flamengo retomou os ataques, fazendo 6 finalizações entre 35 minutos e 41 minutos, com assistências de Luiz Antônio, Renato Abreu e Adryan. Nada dava certo.

Aos 44 minutos do primeiro tempo, Ceará foi ao ataque e da ponta direita fez um cruzamento para Borges completar de cabeça para o gol.

O segundo tempo seguida da mesma forma, sem uma equipe se impondo e com elas se alternando em ondas de ataque: 2 finalizações do Cruzeiro, 4 do Flamengo, 3 do Cruzeiro, 5 do Flamengo, 1 do Cruzeiro, 2 do Flamengo. E acabou. O Cruzeiro não fez 1 finalização certa que fosse no segundo tempo, o que parece ser a tendência desta rodada, mas se defendeu muito bem com a vantagem no placar, mérito de todos, mas com as duas defesas que fez nas finalizações de Vágner Love, ambas na pequena área, com 3 segundos entre elas, Fábio brilhou. E muito.

Jogo #104 Seedorf se adapta ao jogo aéreo brasileiro que o Grêmio pouco usa para vencer mais 1 fora de casa

Aparentemente, Seedorf não terá problema para se adaptar ao futebol brasileiro. Começou a partida pedindo para os companheiros manterem a bola no chão, trocarem passes para chegar à área do Grêmio, como fazem as grande equipes. Percebeu que não ia adiantar nada e se adaptou.

O Botafogo terminou o primeiro tempo com 10 jogadas aéreas em direção à área: 1 bola levantada, 4 cruzamentos, 3 escanteios e 2 faltas levantadas. O holandês levantou uma bola frontal e fez 1 cruzamento, finalizado por Elkeson de cabeça, todo desequilibrado e para fora. E fez 1 assistência, para Vítor Júnior finalizar de frente da meia-lua, também para fora. No total, o Botafogo conseguiu 6 finalizações no primeiro tempo, só 1 certa. De quem? Do próprio Seedorf, logo aos 12 minutos. Lucas Zen fez um passe de peito e Seedorf bateu cruzado, em cima do goleiro.

O grande erro do Botafogo foi ter colocado o holandês para estrear contra o Grêmio. Um risco calculado, já que os gaúchos tinham vencido como visitante o Cruzeiro e o Atlético-GO e perdido para Santos, Náutico e Vasco. Ainda assim, um risco desnecessário. No próximo sábado, o Botafogo enfrentará o Figueirense e, claro, teoricamente, suas chances de vitória são maiores.

No primeiro tempo, o Grêmio conseguiu 5 assistências (contra 3 do Botafogo), usou apenas 3 jogadas aéreas e conseguiu 7 finalizações. No segundo tempo, a diferença foi maior.

O Grêmio conseguiu o gol da vitória por 1 a 0 logo aos 3 minutos. Elano recebeu na direita, levantou para Zé Roberto, que da esquerda da grande área, tocou de primeira na pequena área, para a chegada de trás de Marcelo Moreno. A defesa do Botafogo só assistiu.

Pressionado pelo placar, o Botafogo foi ao ataque, mas o Grêmio está muito bem armado, e isso não é um problema. Suportou bem o volume do jogo adversário.

Aos 11 minutos, Seedorf deixou claro que aprende rápido. Recebeu a bola na intermediária direita e levantou a bola longa para a entrada de Elkeson pela esquerda da grande área. Com o endosso do holandês, o Botafogo recorreu o tempo todo às jogadas altas para tentar furar uma das defesas mais bem acertadas do Brasileirão, a quarta menos vazada, com 10 gols sofridos em 11 jogos.

O Botafogo ergueu 27 vezes a bola sobre a área do Grêmio, que recorreu ao mesmo tipo de jogada apenas 5 vezes no segundo tempo (placar total de jogadas aéreas 37 a 8, com Seedorf sendo responsável por 4 delas).

O holandês deixou o campo aos 24 minutos, substituído por Rafael Marques, afinal, se era para levantar bola, precisaria de mais gente dentro da área. Quase deu certo: Aos 27 minutos, Andrezinho bateu uma falta levantada da esquerda, Rafael Marques desviou de cabeça da pequena área, mas Léo Gago, que tinha acabado de entrar, evitou o gol praticamente em cima da linha.

Aos 29 minutos, o zagueiro Gilberto Silva até tentou ajudar o Botafogo: deu uma gravata em Elkeson na grande área, mas o juiz aparentemente não viu, pois não marcou o pênalti. Daí para frente o Botafogo partiu para o desespero, levantou 13 vezes a bola sobre a área do Grêmio. E tempo acabou. O Botafogo fez 19 finalizações em toda a partida, 5 certas. O Grêmio finalizou 8, sendo 3 certas e 1 gol. Não precisou fazer mais do que isso.

domingo, 22 de julho de 2012

Jogo #103 Fluminense faz 2 finalizações certas contra a Ponte Preta e vence por 2 a 1 em Campinas

O cúmulo da eficiência: 1 falta levantada por Thiago Neves na ponta direita que foi direta para o gol aos 44 minutos do primeiro tempo e um pênalti cobrado por Fred aos 44 minutos do segundo tempo. Foram as 2 únicas finalizações certas do Fluminense, em Campinas, e o tricolor venceu a Ponte Preta por 2 a 1.

Esperava muito mais desse jogo, principalmente porque a Ponte Preta já demonstrou imensa capacidade ofensiva neste campeonato, com um time bastante veloz. Mas contra o Fluminense, é difícil jogar. A equipe carioca se fecha muito bem na defesa e tem muita experiência para deixar o adversário trocar passes e esperar as oportunidades que acaba criando.

A Ponte Preta chegou a empatar, aos 37 minutos. João Paulo bateu uma falta levantada, Ferron desviou de cabeça e comemorou. O Fluminense ainda não tinha finalizado uma única vez no segundo tempo. Só foi finalizar a primeira aos 42 minutos, quando Fred levantou para Rafael Sóbis, que tinha acabado de entrar, bater mal, cruzado.

Apenas 30 segundos depois, Gustavo deu um carrinho em Wellington Nem e fez um pênalti, que deu a vitória para o Fluminense. Esperava mais.

sábado, 21 de julho de 2012

Jogo #101 Vasco joga só no primeiro tempo e se impõe com autoridade sobre o embrionário Santos

O Vasco se impôs sobre o Santos com muita autoridade em São Januário, venceu por 2 a 0 e ficou uma sensação de que poderia ter conseguido ainda mais, tamanha superioridade sobre a embrionária equipe santista.

O primeiro e o segundo tempos começaram de formas bem parecidas: o Vasco com uma imensa fome de gol, e o Santos fazendo o possível. Junto a fome de bola com a vontade de levar gol.

Aos 5 minutos, o vascaíno Auremir avançou pela direita e colocou bola rasteira na área, Henrique chutou para trás e acertou Bruno Peres, mas a bola foi para o ataque. Acontece.

Aos 11, Bruno Rodrigo tentou driblar Éder Luís próximo à área, perdeu a bola, o vascaíno avançou pela direita, colocou outra bola rasteira na área, Durval furou, mas quando Alecsandro ia finalizar para o gol da pequena área, Bruno Rodrigo chutou a bola para escanteio.

Na cobrança do escanteio, Juninho Pernambucano jogo na marca do pênalti, Bruno Rodrigo se assustou com a bola, que bateu na sua perna de apoio e sobrou limpa para Douglas completar da entrada da pequena área para o gol. Contra esse time do Vasco não se pode errar tanto. E o Santos errou muito mais.

O Vasco dominou completamente o primeiro tempo. A pressão foi tamanha que aos 13 minutos, Éder Luís partiu em velocidade pela direita, tocou a bola para a direita e correu para a esquerda, no meio de Durval, que acabou levando cartão por não ter tirado o corpo para o adversário passar.

Aos 14, Juninho Pernambucano bateu uma falta da intermediária, a bola quicou e quase enganou o goleiro Aranha, que tirou meio que de manchete para escanteio. Daí por diante a pressão diminuiu, mas foi o suficiente para o Vasco conseguir 5 finalizações no primeiro tempo, 3 certas e 1 gol. O Santos finalizou 5 vezes, 1 certa. E só.

Se os santistas esperavam alguma reação no segundo tempo, caíram na real logo aos 2 minutos: Juninho Pernambucano bateu escanteio no primeiro pau, Alecsandro se antecipou na pequena área e cabeceou no  ângulo. Foi a única finalização do Vasco no segundo tempo, aos 2 minutos. A partir daí, com o placar garantido e o Santos jogando nada, trocou passes e deixou o tempo passar. Foi mais que suficiente.

Por liderança, Vasco terá árbitro equilibrado contra o Santos; juiz de Sport x Atlético-MG puniu mais mandantes

O mato-grossense Wagner Reway apita Vasco x Santos. Ele já trabalhou em 3 partidas neste Brasileirão (São Paulo 1x0 Bahia, Ponte Preta 2x2 Flamengo e Corinthians 2x1 Náutico) de forma bem discreta. Nessas 3 partidas, mostrou 7 cartões amarelos para mandantes e 7 para visitantes e 1 vermelho para Roger, da Ponte Preta, em Campinas, aos 48 minutos do segundo tempo, por reclamação após gol de empate do Flamengo no final. Com a sempre dura missão de vencer o Sport no Recife, o Atlético-MG teoricamente não tem com que se preocupar em relação à arbitragem, a cargo de Paulo César Oliveira. Em 5 jogos, o paulista mostrou 11 amarelos para mandantes e 10 para visitantes e 2 vermelhos para mandantes: para Marino, do Atlético-GO na derrota por 4 a 1 para o Fluminense (o jogo estava 3 a 1 e Marino foi no meio de Marcos Júnior), e para Anderson Pico, do Grêmio, na derrota por 1 a 0, em casa para o próprio Atlético-MG, que já vencia quando o gremista deixou a mão no rosto de Pierre após 1 dividida.  11a rodada  Sábado  18h30  Sport x Atlético-MG  Árbitro: Paulo César Oliveira  Auxiliar 1: Roberto Braatz  Auxiliar 2: João B. Nobre Chaves  Vasco x Santos Árbitro: Wagner Reway  Auxiliar 1: Carlos Berkenbrock  Auxiliar 2: Rosinei Hoffmann Scherer  Corinthians x Portuguesa  Árbitro: Leandro Bizzio Marinho  Auxiliar 1: Márcio Luiz Augusto  Auxiliar 2: Bruno Salgado Rizo  Domingo 16h Internacional x Atlético-GO Árbitro: Paulo H. Godoy Bezerra Auxiliar 1: Dibert Pedrosa Moisés  Auxiliar 2: Helton Nunes  Cruzeiro x Flamengo Árbitro: Heber Roberto Lopes Auxiliar 1: Altemir Hausmann Auxiliar 2: Bruno Boschilia Figueirense x São Paulo Árbitro: Anderson Daronco Auxiliar 1: Márcio Eustáquio S. Santiago Auxiliar 2: José A. Chaves Franco Filho Palmeiras x Náutico Árbitro: Edivaldo Elias da Silva Auxiliar 1: José Carlos Dias Passos Auxiliar 2: Ivan Carlos Bohn 18h30 Botafogo x Grêmio Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira Auxiliar 1: Vicente Romano Neto Auxiliar 2: Danilo Ricardo Simon Manis Ponte Preta x Fluminense Árbitro: Manoel Nunes Lopo Garrido Auxiliar 1: Alessandro A. Rocha de Matos Auxiliar 2: Luiz Carlos Silva Teixeira Bahia x Coritiba Árbitro: Marcelo de Lima Henrique Auxiliar 1: Lilian da Silva Fernandes Bruno Auxiliar 2: Eduardo de Souza Couto

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Jogo #94 Vasco joga no Morumbi como se estivesse em São Januário e derrota o São Paulo com certa facilidade

Não foi um grande jogo, mas o Vasco estava em busca de 3 pontos, não de espetáculo. Conseguiu sua terceira vitória como visitante insistindo em jogadas aéras que mantiveram a bola sempre rondando a defesa do São Paulo.

Foram 32 jogadas aéreas. Apenas 7 assistências, mas de 1 delas é que saiu o gol. Aos 3 minutos do segundo tempo, Willian Barbio avançou pela ponta direita e tocou para Fágner chutar da grande área, em cima do goleiro Denis, que espalmou a bola para dentro.

Falhou feio, assim como, em diversos momentos, todos os seus companheiros, que não tiveram forças para se impor frente ao vice-líder do Brasileirão.

Jogador mais decisivo do São Paulo, Jadson está se tornando um termômetro da equipe. Se seu futebol desaparece durante a partida, o São Paulo sofre, como ocorreu contra o Palmeiras. Diferentemente do clássico, o jogo coletivo do tricolor até apareceu foram 7 finalizações em assistências (das 11 que o São Paulo conseguiu), mas só 2 lancea foram realmente perigoso: aos 9 minutos do primeiro tempo, Rhodolfo tocou para Cícero chutar, Fágner fez um leve desvio, e a bola foi na trave. Aos 45 minutos do segundo tempo, Luís Fabiano bateu uma falta da intermediária, e o goleiro colocou para escanteio.

Foi só isso. Outras 8 conclusões ou foram para fora ou bloqueadas pelos adversários. Teve 1 chute de Luís Fabiano, logo no início, que foi em cima do goleiro. Fraco.

Isso explica por que os são-paulinos vaiaram a equipe, xingaram o presidente e chamaram o time de "sem vergonha".

O Vasco não quis nem saber. Com troca de passes e suas 32 jogadas aéreas, conseguiu 19 finalizações, 1 gol, uma bola no travessão e deu muito trabalho ao goleiro Denis, que fez 4 defesas difíceis, 1 nem tanto e acabou falhando quando Fágner chutou em cima dele.

O mérito é todo do Vasco, que soube anular a criação do adversário e pressionou como se estivesse jogando em São Januário.

Jogo #93 Atlético-MG conquista uma vitória inquestionável, apesar de o árbitro inquestionavelmente prejudicar o Inter

Para vencer o Internacional atualmente é preciso muita dedicação, uma equipe muito consistente e uma estratégia vencedora. O Atlético-MG teve isso tudo e venceu por 3 a 1, em casa, com méritos inquestionáveis.

A expulsão de D´Alessandro, aos 37 minutos do primeiro tempo, não estragou o jogo, mas prejudicou o Internacional. (Detalho no final do texto para não incomodar quem não quer saber do árbitro.)

Isso não tira nada do mérito do Atlético-MG. Nas 9 rodadas anteriores, o Internacional marcou 12 gols. Foram 9 no primeiro tempo e apenas 3 no segundo tempo. Apesar de haver muita gente que diga que "matemática não serve para o futebol", é para isso que as estatísticas servem. O técnico Cuca determinou uma blitz no primeiro tempo. Os atacantes do Atlético-MG marcaram com vigor e velocidade a saída de bola do meio-campo para a frente e a defesa esteve posicionada sempre com um jogador na origem da jogada e outro na sobra. Foi perfeito. No primeiro tempo, por postura sua, o Internacional não fez qualquer finalização em gol. Ficou acuado e não teve espaço para trocar passes.

Ponto para o Galo.

Outra estratégia foi usar bolas levantadas para impedir que o Internacional roubasse a bola na troca de passes e saíssem em contra-ataque. Foram 11 bolas levantadas, 4 da defesa e 2 do meio-campo. Internacional corria atrás dos jogadores do Atlético-MG e não conseguia fazer o seu jogo, tendo de sempre partir com a bola da defesa. O Atlético-MG fez só 3 cruzamentos porque também não chegava com a bola dominada. A bola ia para o ataque e voltava, mas era o Galo quem ditava o ritmo do jogo.

Outro ponto para o Galo.

Aos 45 minutos, Ronaldinho Gaúcho recebeu da frente da meia-lua, percebeu Guilherme desmarcado na direita da grande área e passou para ele. Guilherme acertou um chutaço de curva, tirando do goleiro, a bola bateu na canela da trave, nas costas de Muriel e entrou no canto.

Gol para o Galo.


O Atlético-MG voltou para o segundo tempo com a mesma determinação. O Internacional só fez 3 finalizações no segundo tempo, 1 certa e 1 gol.

Até o Atlético-MG fazer o seu segundo gol, aos 14 minutos, o Internacional não fez qualquer jogada de ataque. Logo aos 3 segundos, Ronaldinho Gaúcho levantou a bola para o ataque. E foi seguindo assim, foram 9 bolas levantadas e cruzamentos até que Danilinho percebeu Leonardo Silva com espaço na direita da grande área e levantou a bola para ele. O zagueiro dominou com a esquerda e com a direita fez um golaço, no ângulo, sem qualquer chance para o goleiro.

Com a vantagem de 2 gols, o Galo claramente relaxou e quis poupar energia. Foi seu maior erro e a maior prova de que contra o Internacional isso não é permitido. Tem de ser concentração total até o chuveiro, depois do jogo. Exatamente em 4 minutos do cronômetro, Fabrício avançou pela esquerda e colocou na cabeça de Fred, que mandou no gol. Victor só olhou para a defesa. Vindo do Grêmio há pouco, ele sabe exatamente o que é o Colorado.

Cuca também sabe e para o último quarto de jogo tirou o franzino Danilinho e colocou Escudero, que também veio do Grêmio.

O Atlético-MG continuou levantando bolas, já que como dizem os mais velhos, "enquanto ela está no alto, nosso time não está correndo riscos". Foram 12 bolas erguidas frontalmente no segundo tempo (5 da defesa, 2 do meio-campo). Ronaldinho Gaúcho usou sua experiência para segurar a bola, deixar o tempo passar, mesmo que fosse necessário chutá-la para fora sem qualquer chance de gol. Não era o importante naquele momento. Importante era não deixar o Internacional com a bola nos pés.

Deu muito certo. A partir dos 40 minutos, o Internacional usou sua força para pressionar. Mesmo jogo de bola levantada. Foram 6 em 7 minutos (e 6 jogadas de ataque nos 40 minutos anteriores do segundo tempo).

Aos 46 minutos, falta na intermediária, a bola é levantada para a área, o zagueiro Leonardo Silva, do Atlético-MG, corta dominando. Nascia um contra-ataque fulminante. Leonardo Silva cortou a falta, dominou, de próximo da área mandou para Bernard no meio-campo. O pequenino conduziu da direita até a frente da meia-lua, em velocidade, pedalando, e colocou na esquerda onde chegavam Ronadinho Gaúcho e Escudero. Ronaldinho Gaúcho percebeu que Escudero estava em uma melhor posição, reduziu a corrida e deixou para ele. Escudero dominou e mandou uma pancada rasteira antes da chegada de Guiñazu de carrinho.

Gol para o Atlético-MG. 

Um jogaço.

O árbitro

O Internacional foi prejudicado pela arbitragem do senhor Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza, o que é tão inquestionável quanto a grande vitória do Atlético-MG. 

Aos 37 minutos do primeiro tempo, Leandro Donizete soltou a bola e em seguida, D´Alessandro chegou e o derrubou tocando sua perna de apoio. Não precisava, mas não houve violência. O juiz parou o jogo e mostrou o amarelo. 

D´Alessandro, que já vinha reclamando, reagiu de forma exagerada, se aproximando demais do árbitro. Encostou nele. Mas o árbitro mostrou ser mais desequilibrado do que o argentino em um jogo desse porte. 

Mostrou o vermelho para D´Alessandro afirmando ter sido peitado. Evidentemente, criou-se um tumulto e o zagueiro Índio lhe deu uma peitada. Aí, sim. O árbitro olhou para ele com aquela cara de "quem você pensa que é", mas sabendo que não poderia expulsar 2 jogadores em seguida para não estragar o jogo, mudou imediatamente sua feição. Se acalmou. Caiu a ficha.

Como foi comentado aqui na rodada passada, o senhor Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza é dado a distribuir cartões aos borbotões (não quis perder a oportunidade de usar "borbotões"). Em 2 jogos que tinha apitado antes (Ponte Preta 1x0 Palmeiras e Cruzeiro 1x3 Grêmio), ele mostrou 15 cartões amarelos.

Somado ao que fez no caso de D´Alessandro, me parece claro que ele ainda não sabe "arbitrar", conduzir, um jogo. Em Cruzeiro 1x3 Grêmio ele expulsou Werley, do Grêmio, aos 42 minutos do primeiro tempo, em um lance em que Werley tocou a bola e, depois, o cruzeirense Montillo é que trombou com o zagueiro gremista expulso. 

É arbitrário.

Curiosamente, o mesmo árbitro expulsou os técnicos Luiz Felipe Scolari e Vanderlei Luxemburgo nos últimos minutos em 2 jogos diferentes. Ok, ambos os treinadores têm muitos desafetos e você pode pensar que se expulsou os 2, é porque ele é bom. Mas não é bem assim.

Parece muito mais que o senhor Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza é inseguro em relação ao que tem de fazer e usa os cartões como escudo contra a intimidação do brilho das estrelas. Para estar com os grandes é preciso ser grande. Ele não parece ser.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Jogo #92 Corinthians expõe fragilidades do Flamengo e Joel erra ao colocar Adryan quando já perdia por 2 a 0

A arbitragem prejudicou o Flamengo. O auxiliar Roberto Braatz, marcou 2 impedimentos errados no primeiro tempo. O primeiro deles quando a partida ainda estava empatada em 0 a 0 e Botinelli iria disparar com muita liberdade pela esquerda.

O segundo, quando o Corinthians já vencia por 2 a 0, e Hernane tinha condições quando a bola foi erguida para ele por Renato Abreu.

Só que as diferenças entre os dois times são tão grandes, que talvez mesmo esses lances não salvariam o Flamengo. Renato Abreu, que cortou errado uma jogada e deu a bola de presente para Douglas fazer seu segundo gol, disse que o Flamengo perdeu porque errou e não porque o Corinthians foi superior.

Mas o Flamengo errou porque o Corinthians está superior neste momento. O título da Libertadores foi consequência desse trabalho árduo, que tem como um de seus resultados essa linha de impedimento que errou 2 duas vezes, mas acertou em outros 3 lances.

A sincronicidade corintiana foi conquistada às custas de uma eliminação prematura na Libertadores do ano passado e da manutenção de um trabalho bem feito, que permitiu a Douglas roubar a bola de Bottinelli para fazer o primeiro gol e aproveitar o erro de Renato Abreu para fazer o segundo, e Danilo ficar completamente desmarcado para receber uma bola redonda de Romarinho para fazer um golaço.

O Corinthians sobra. Como o lutador Anderson Silva está em alta no país e é patrocinado pelo Corinthians, talvez faça sentido uma analogia para os torcedores entender o que acontece com a equipe. Depois de tanto treino, de tantos jogos com adversários sempre acreditando que era possível tirar aquele único gol de vantagem que garantiu a imensa maioria das vitórias magras do Corinthians nos últimos anos, tudo fica muito lento à frente dos corintianos. Contra adversários desestruturados, que não sabem marcar, não têm um padrão de jogo e não contam com jogadores foras-de-série, tudo fica muito previsível.

Só não foi pior porque Emerson perdeu um pênalti, muito mal cobrado e defendido pelo goleiro Paulo Victor quando já estava 3 a 0, e porque a bronca dos torcedores do Flamengo, que a certa altura deram as costas ao gramado do Engenhão em protesto, não foi suficiente para queimar Adryan e Mattheus, 2 garotos que foram jogados aos gaviões quando a equipe já perdia por 2 a 0.

Joel Santana errou ao colocar Adryan no intervalo. Disse que "ou empataria o jogo ou perderia de 4". Esteve por 1 pênalti de acertar, mas errou. De novo.

Jogo #91 Santos e Botafogo deviam ter decretado o empate antes de o jogo começar

Escolho um ato falho do ótimo narrador Odinei Ribeiro para resumir Santos 0x0 Botafogo: "Aí o Cláudio Francisco Lima e Silva apita o final deste primeiro tempo, o técnico Muricy Ramalho sai com cara de poucos amigos, o torcedor do Santos vaia a atuação do seu time (...)."

O juiz apitava na verdade o fim de jogo e não do primeiro tempo, mas como na verdade não teve jogo, o ato falho é absolutamente compreensível. O sentimento era se em algum momento iria haver algo de bom.

Em seu camarote na Vila Belmiro, Pelé deve ter passado o jogo todo se perguntando se quando enfrentava o grande Botafogo de Garrincha e companhia bela, eles fizeram algum jogo assim, tão sonolento.

Quando um jogo é muito estudado, costumá-se dizer que a partida é um jogo de xadrez. Hoje, os capitães deveriam ter feito como no xadrez: dado as mãos logo no início e decretado empate antes mesmo de a bola rolar. Teria sido melhor para todos.

São Paulo x Vasco tem bandeira estreante, Fla x Timão, pretigiados em má fase e Galo x Inter, os melhores desses


O Atético-MG terá um desafio e tanto para manter a liderança do campeonato, já que o Internacional é um dos mais fortes candidatos a conquistar o título deste ano. Ao menos pelo histórico dos auxiliares-bandeirinhas neste Brasileirão, a partida está bem servida.


Marcelo Carvalho Van Gasse, que vai estar à direita do vídeo, ainda não errou nenhum impedimento em 15 marcados (2 duvidosos). Já o auxiliar 2, João Batista Nobre Chaves, errou 1 em 9, numa desatenção em lance fácil de Willian José, do São Paulo, contra o Santos.


O mega-clássico Flamengo x Corinthians contará com os prestigiadíssimos Roberto Braatz, que vai ficar à direita do vídeo, e Altemir Hausmann. 

Ambos já erraram na competição, mas Hausmann vive um momento pior: em 16 impedimentos marcados, ele errou 3 (além de 2 duvidosos). Pior que isso, no jogo Sport 2x1 Palmeiras, anulou incorretamente 1 gol de Barcos e ainda errou ao marcar outro impedimento de Valdívia, na 3a rodada. Os corintianos devem achá-lo melhor por isso. Vamos ver o que acontece esta noite. Na 7a rodada, errou feio um impedimento de João Paulo, da Ponte Preta, quando estava 2 a 2 o jogo Vasco 3x2 Ponte Preta. É reconhecidamente um grande bandeira.

Braatz errou 1 em 10 que marcou, mas há 6 lances duvidosos entre eles, sendo 3 deles no jogo Vasco 4x2 Náutico, por falta de replay lateral).


Em São Paulo x Vasco, o jogaço com as 2 equipes mais bem colocadas na classificação, trabalham Kléber Lúcio Gil (à direita no vídeo) e Rafael da Silva Alves. O da direita do vídeo ainda não errou em 5 impedimentos que marcou, e o da esquerda, trabalha pela primeira vez em um jogo da Série A deste ano.


10a rodada

Quarta-feira

19h30

Santos x Botafogo

Árbitro: Cláudio Francisco Lima e Silva
Auxiliar 1: Márcio Eustáqui S. Santiago
Auxiliar 2: Cristhian Passos Sorence


Grêmio x Sport

Árbitro: Jailson Macedo Freitas
Auxiliar 1: Carlos Berkenbrock
Auxiliar 2: Marcos W. Rocha de Amorim


20h30

Portuguesa x Cruzeiro

Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha
Auxiliar 1: Alessandro A. Rocha de Matos
Auxiliar 2: Bruno Boschilia


Náutico x Ponte Preta

Árbitro: Marcelo de lima Henrique
Auxiliar 1: Rodrigo Pereira Jóia
Auxiliar 2: Carolina Romanholi Melo


21h50

Atlético-MG x Interancional

Árbitro: Marcelo Aparecido R. de Souza
Auxiliar 1: Marcelo Carvalho Van Gasse
Auxiliar 2: João B. Nobre Chaves


Flamengo x Corinthians

Árbitro: Sandro Meira Ricci
Auxiliar 1: Roberto Braatz
Auxiliar 2: Altemir Hausmann


São Paulo x Vasco

Árbitro: Leandro Pedro Vuaden
Auxiliar 1: Kléber Lúcio Gil
Auxiliar 2: Rafael da Silva Alves



Quinta-feira

21h

Atlético-GO x Figueirense

Árbitro: Wilson Luiz Seneme
Auxiliar 1: Janette Mara Arcanjo
Auxiliar 2: Lilian da Silva Fernandes Bruno


Fluminense x Bahia

Árbitro: Fabrício Neves Correa
Auxiliar 1: José Eduardo Calza
Auxiliar 2: Fábio Pereira


Coritiba x Palmeiras

Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro
Auxiliar 1: Thiago Gomes Brígido
Auxiliar 2: Celso Luiz da Silva