domingo, 30 de setembro de 2012

Jogo #263 Santos acerta o travessão no último segundo de jogo, mas Grêmio expõe imaturidade de Neymar e problemas da era pós-Ganso

Antes de tudo: que jogaço no Olímpico.

O Grêmio estava em casa, com o estádio lotado, tinha de vencer para impedir que o Fluminense abrisse uma vantagem maior na liderança do Brasileirão (foi para 9 pontos), abriu 1 a 0 no primeiro tempo, Neymar foi expulso aos 7 minutos do segundo, mas o Santos se sensibilizou com uma "injustiça" contra ele, se desdobrou em campo, conseguiu o empate em 1 a 1, o Grêmio foi para cima, pressionou, teve gol anulado por 1 toque de mão de André Lima, mas por 2 vezes quase levou o gol da virada nos últimos segundos de jogo. Isso tudo com as 2 equipes buscando o gol sem uma escalada de violência e com "apenas" 40 faltas no jogo (22 do Grêmio e 18 do Santos). O normal é haver mais de 50 faltas no Brasileirão, o que poderia subir muito além disso com a intensidade que se viu em campo.

Um jogaço!

Do lado do Grêmio, fica cada vez mais evidente a diferença que Zé Roberto e Elano fazem quando estão em campo. Os 2 participaram de 25 jogadas que mantiveram o Santos sob pressão, contando aí assistências (1), bolas levantadas para o ataque (4), cruzamentos (5), escanteios (8) e faltas levantadas (6). Além de 1 finalização de Elano.

Não foi por acaso que saiu do pé esquerdo de Zé Roberto a cobrança de falta levantada que resultou no gol de cabeça de Werley, que desviou a bola e matou o goleiro do Santos aos 33 minutos do primeiro tempo.

A experiência dos 2 não ajuda o Grêmio apenas tecnicamente, eles ajudam a formar uma equipe que joga duro, que testa os nervos do adversário sem ser desleal. É uma equipe madura, que joga como se espera de um time gaúcho. Vai no limite do tolerável sem deixar o adversário respirar.

Mas aos 5 minutos do segundo tempo, Neymar disparou com a bola e levou um pontapé de Elano, que não recebeu o amarelo. Por mais errado que estivesse o árbitro, o jogo em si é próprio exemplo de que os vencedores sabem, também, apanhar com resignação. É duro, é difícil, pode ser considerado sobre-humano, mas os grandes devem estar preparados para tudo e para um pouco mais.

E Neymar é grande desde pequeno.

Neymar reclamou acintosamente e acabou recebendo o cartão amarelo. Ironizou a decisão (correta) do árbitro, que errou ao não dar amarelo para Elano, mas acertou ao punir o destempero de Neymar.

Aos 7 minutos, Neymar disputou com Pará uma jogada e acabou pisando o adversário que estava caído. Sobrou braço, trombada, chute, mas Neymar não podia pisar o adversário caído. O lance revelou a imaturidade de sua idade. Gente muito mais velha e experiente cometeria o mesmo erro, mas no nível de um Neymar, isso não pode acontecer. É o ônus de ser Neymar.

Por mais que o árbitro Nielson Nogueira Dias tenha errado ao não mostrar amarelo para Elano, não se deve passar a mão na cabeça de Neymar nem vê-lo como vítima. Ele cometeu 2 erros primários e isso deve ser conversado com ele, que provavelmente sabe a besteira que fez, pois é inteligente.

Só que a expulsão de Neymar se tornou um evento maior do que o jogo em si. E realmente mudou a partida, só que, aparentemente, contra o Grêmio. No primeiro tempo, o Grêmio conseguiu 6 finalizações, fez 1 gol, acertou o travessão e o goleiro Rafael fez 2 defesas. Após a expulsão de Neymar, o Grêmio finalizou apenas 4 vezes em 40 minutos com 1 jogador a mais (sem contar o gol anulado por 1 toque de mão).

O amarelo e o vermelho direto para Neymar mexeram com os brios do Santos, que vibrou na frequência da cólera que sentem os injustiçados ao perceberem que Neymar apanhou e foi punido por cobrar o árbitro e então se descontrolou.


O técnico Vanderlei Luxemburgo mexeu na equipe, o Grêmio não desistiu do ataque em momento algum, o Santos suportou a pressão e quase saiu premiado com a vitória.

Aos 47 minutos, Elano cobrou falta levantada da intermediária, a defesa cortou, Léo Gago levantou a bola para a área, o goleiro Rafael a socou, e a equipe do Santos mostrou como está preparada para enfrentar esses momentos de tensão extrema. 

Assim como aconteceu em lances anteriores no mesmo jogo, ao invés de dar um bicão para qualquer lado, a defesa trocou passes, e Arouca fez um lançamento espetacular para Felipe Anderson disparar do campo de defesa até a meia-lua adversária, tendo apenas o goleiro Marcelo Grohe à sua frente, quando foi derrubado por trás por Léo Gago, que foi expulso. Na cobrança da falta, Bernardo acertou o travessão.

Se a bola tivesse entrado, teria sido histórico para os santistas. Mesmo sem a bola entrar, foi um jogaço.

Ps.: Os 2 cartões dados a Neymar ainda trazem outra questão: sem Ganso na equipe, falta alguém diferenciado para dividir a atenção dos adversários e como Neymar tem a responsabilidade de resolver nesse Santos, ele está passando a armar jogadas para o ataque sem um parceiro para "dialogar". 

Evidentemente, ele está sobrecarregado. Internamente, isso pode estar pesando sobre o seu emocional, ainda mais contra um time do calibre do Grêmio e em Porto Alegre. Em consequência, a tendência é seu futebol brilhar menos. 

Ele vai amadurecer mais rapidamente sem Ganso a seu lado, e o ex-companheiro também, mas ao menos até o Santos reforçar sua equipe, Neymar vai perder um tanto do brilho que conquistou. E isso precisa ser conversado com ele, também, para que ele não "estoure".

Jogo #262 Fred é cirúrgico com 1 gol em 2 finalizações e Flamengo mata sua torcida do coração ao perder pênalti aos 41 do 2º tempo

O primeiro Fla-Flu do segundo centenário foi acima de tudo 1 jogo técnico. E na técnica, atualmente, o Fluminense é superior. Muito superior. E não apenas em relação ao Flamengo.

Desde o início, as 2 equipes pareciam ter feito 1 pacto pelo bom futebol. A bola foi rolando de pé em pé na maior parte do tempo, mas pelas ironias características dos 100 anos do Fla-Flu, o gol saiu em 1 cruzamento de Deco, de primeira, de esquerda, para 1 golaço do cirurgião-artilheiro Fred, de voleio.

Fred abriu vantagem na artilharia do Brasileirão com 13 gols. Se na média do campeonato ele faz 1 gol a cada 3 finalizações, foi ainda melhor no Fla-Flu: fez apenas 2 finalizações, 1 para fora outra para o gol. Uma fase espetacular do melhor artilheiro do Brasil.

Então, o jogo mudou, a bola começou a subir mais, e o que se viu daí para a frente é preciso ser compreendido dentro do histórico da competição e para isso servem as estatísticas.

Melhor ataque e melhor defesa da competição, o elenco do Fluminense é absurdamente seguro para se defender. Deixa o adversário ter a posse de bola e fazer o que quiser com ela e se posiciona de forma a anular lance a lance. E com a fase de Fred, é seguro também no ataque, tem consciência de sua capacidade de furar as defesas adversárias. Faz 1 gol e poupa energia. Uma equipe sustentável. E insuportável para quem não é tricolor.

Vale lembrar: melhor ataque da competição, o Fluminense é um dos clubes que menos vezes chuta a gol. É uma equipe cirúrgica.

E foi o que se viu: deu espaço para o Flamengo.

Foram 11 finalizações do rubro-negro, 4 certas, contra 9 do Fluminense, 4 certas.

Foram 15 cruzamentos do Flamengo contra 5 do Fluminense (2 finalizações de cada, mas 1 gol do Fluminense, 1 golaço).

Foram 13 escanteios para o Flamengo contra 2 para o Fluminense.

Do que se esperava do jogo, Fred correspondeu. Vágner Love, não. O flamenguista fez apenas 1 finalização, após assistência de Wellington Silva, e a defesa cortou. Isso, aos 49 minutos do segundo tempo. Verdade que teve 1 gol anulado aos 42 minutos do segundo tempo, mas ele estava realmente impedido.

Sua primeira finalização poderia ter sido aos 41 minutos da etapa final, quando Bottinelli cobrou e perdeu pênalti cometido por Diguinho em Wellington Silva. Love já tinha perdido 1 pênalti, e Bottinelli pediu para bater. Bateu. Mal.

Como a equipe cirúrgica é a do Fluminense, o Flamengo matou sua torcida do coração. De frustração e tristeza.

Fred consegue 1 gol a cada 3 finalizações, e Vágner Love 1 gol a cada 6 tentativas, mas 1 fez 3 gols de pênati, e o outro perdeu

Fred carrega as esperanças dos tricolores, Vágner Love a de todos os que ainda sonham com o título.

Flamengo e Fluminense se enfrentam hoje, às 16h, no Engenhão, e as atenções estarão sobre os goleadores, que disputam a artilharia do Brasileirão.

Cirurgião-artilheiro das Laranjeiras

Fred disputou 17 partidas pelo Fluminense, foi substituído em 4, mas isso no início da competição. Fez 39 finalizações, sendo 23 certas para conseguir 12 gols e se tornar o artilheiro isolado da competição, pelo menos até o Fla-Flu começar. De cada 3 finalizações que consegue, 2 são certas e 1 vira gol. Fez 3 gols de pênalti (2 nos 4 a 0 sobre o Bahia e 1 na vitória por 2 a 1 sobre a Ponte Preta, aos 44 minutos do segundo tempo). Não perdeu nenhum.

Fred fez 3 gols de cabeça, 7 com o pé direito (3 de pênalti) e 2 com a perna esquerda.

11 companheiros lhe mandaram a bola para ele tentar o gol, mas seu fiel escudero é Thiago Neves. Dos 12 gols de Fred, 4 foram marcados após assistência, bola levantada, cruzamento e escanteio de Thiago Neves, que participou de 8 das 39 finalizações de Fred. Jean é outro bom companheiro: participou de 7 finalizações do goleador, mas apenas 1 virou gol, após cruzamento da direita.

Flamenguista esbanja saúde

Vágner Love fez 25 partidas pelo Flamengo (só ficou de fora da 9ª rodada, contra o Bahia, em Salvador após levar o terceiro cartão amarelo, por reclamação, exatamente contra o Fluminense, no primeiro turno). Não foi substituído em nenhum jogo. Isso é o que se pode chamar de vigor físico.  Acertou traves 4 vezes (Fred nenhuma). Conseguiu 64 finalizações, 30 certas e 11 gols. É bem menos eficaz que Fred. Em média, faz 1 gol a cada 6 finalizações (Fred, 1 gol a cada 3). Bateu 1 pênalti e perdeu, na vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-GO.

Se é menos técnico, Vágner Love compensa com uma disposição incrível. No jogo passado, fez gol de puxada no Atlético-MG. Tem ainda 2 gols de cabeça, 6 com o pé direito e 2 com o esquerdo.

Nada menos que 18 companheiros já colocaram bolas para Love fazer suas finalizações e gols. Até mesmo o goleiro Felipe já mandou bola para ele chutar para o gol (contra o Santos). Quem mais colaborou foi Ibson, 8 vezes, mas nenhuma delas entrou no gol. Adryan mandou 5 para ele finalizar e 1 virou gol. Vágner Love é o centro de todas as atenções, fora e dentro de campo.

Abaixo você visualiza de onde saíram as finalizações de cada 1 deles. Os 2 costumam finalizar mais da esquerda da grande área e por isso mesmo é curioso constatar que Vágner Love é muito, mas muito, mais eficaz quando conclui do lado direito da área. Também tenta mais chutes frontais, de fora da grande área.

O círculo azul reúne finalizações e cobranças de pênalti (já que eles não cobraram nenhuma falta direta). Esses fundamentos estão separados nos círculos acima deles. Observe as legendas para ver as cores correspondentes a gols, conclusões defendidas e para fora ou na trave de cada setor do campo.


Jogo #261 Victor falha no gol, mas garante o empate do Atlético-MG contra a Portuguesa conquistado por Bernard com chutaço no ângulo

Músculos x nervos. Quanto mais o Atlético-MG se poupar fisicamente, mais sua torcida vai sofrer. Contra a Portuguesa, o Galo acreditou estar com o jogo sob controle, foi lento, apostou no 0 a 0 achando que o empate fora de casa estaria ótimo neste momento do campeonato.

Mas a realidade é implacável. Aos 5 minutos do segundo tempo, com 51 minutos de jogo, o Atlético-MG tinha feito 3 finalizações, todas erradas. Não tinha acertado o gol nenhuma vez. E então, a casa caiu.

Em jogada confusa, Moisés bateu falta levantada da direita, a bola foi desviada da esquerda da grande área, goleiro Victor se atrapalhou com a presença de Bruno Mineiro à sua frente, errou o soco na bola, a sobra ficou para Léo Silva, que chutou mal, para fora, mas bola bateu em Bruno Mineiro e voltou na perna esquerda de Léo Silva. Com o gol aberto, não dava para errar. Nem Vágner Love perderia um gol daqueles.

A Portuguesa estava melhor em campo, e já tinha obrigado o goleiro Victor a fazer 1 defesa extraordinária defendendo chutaço de Boquita depois de ele tomar a bola no meio-campo e disparar entre a marcação e mandar no ângulo direito, aos 37 minutos do primeiro tempo.

Além disso, aos 43, teve 1 gol anulado, o lance mais polêmico da partida: Ananias cruzou da ponta esquerda, Bruno Mineiro errou o domínio na pequena área, a bola subiu e bateu em seu braço e, ao invés de fugir de seu controle como aconteceria se não estivesse com os braços abertos, ficou na medida para ele chutar com a perna esquerda entre Victor e a trave esquerda. Levando em conta que tirou vantagem do toque no braço aberto, faz sentido a decisão do árbitro. Ele está certo ao anular, por mais dolorido que seja para o torcedor.

Na volta do vestiário, a Lusa conseguiu finalizar já aos 3 minutos, com Ananias completando da esquerda da meia-lua passe de Boquita. Pancada em cima do goleiro. E aos 5 minutos do segundo tempo, vencia por 1 a 0.

E então, com a desvantagem no placar, o Atlético-MG mudou a chavinha, esqueceu-se de que era visitante, de que no dia seguinte haveria Fla-Flu, que o Grêmio enfrentaria o Santos, que não é campeão brasileiro desde 1971, que haveria mais 11 rodadas pela frente, e tocou o terror para cima da Portuguesa.

Se em 51 minutos tinha feito 3 finalizações e todas erradas, colocou pressão, e em 15 minutos fez 3 finalizações certas e 1 gol. Primeiro, Leonardo Silva e Fillipe Soutto chutaram e o goleiro Dida defendeu, mas aos 20 minutos, Ronaldinho Gaúcho tentou enganar a barreira e bateu falta rasteira, a bola desviou na barreira, em Lima, e sobrou para Bernard chutar com a esquerda no ângulo. Dida até tocou na bola, mas o chute foi muito forte.

Ainda na adrenalina da desvantagem, o Atlético seguiu no ataque até os 30 minutos, Ronaldinho Gaúcho acertou a trave direita em uma bela cobrança de falta da esquerda, mas a Portuguesa resistiu bem à pressão. E a partir daí, dominou completamente a partida.

Se a Portuguesa conseguiu 1 única finalização entre o seu gol aos 5 minutos do segundo tempo e os 30 minutos, a partir daí fez 8 finalizações até os 47 minutos. O Galo se fechou e deu muita sorte. É verdade que os chutes, por mais fortes que tenham sido, foram em cima do goleiro, mas ter Victor em campo é diferencial inquestionável. Não é à toa que está de volta à seleção brasileira. De lá não deve mais sair antes do final da Copa de 2014.

Aos 37 minutos, evitou gol de Moisés, que acertou 1 pancada da esquerda da grande área, e aos 47 minutos novamente impediu a comemoração do adversário, dando 1 tapa com a mão esquerda após um chute violento de Moisés.

O Galo é muito mais time quando vai alucinado para cima dos adversários, não lhes dando tempo para pensar, mas como seu elenco é muito limitado, os músculos não aguentariam esse ritmo até o fim do Brasileirão. Então, atleticano, prepare os nervos. Vem muita emoção por aí.

sábado, 29 de setembro de 2012

Bandeira de Corinthians x Sport errou 4 dos 8 impedimentos que já marcou; o de Portuguesa x Atlético-MG é estreante no Brasileirão

Com 4 pontos de desvantagem e na luta para retomar a liderança, o Atlético-MG enfrenta a Portuguesa em São Paulo. Apesar da importância da partida, 1 dos auxiliares estará fazendo sua estreia no Brasileirão-2012, João Patrício de Araújo, do lado esquerdo do vídeo. Do lado direito estará o auxiliar 1,  Evandro Gomes Ferreira, que trabalhou em apenas 2 jogos neste campeonato, não trabalha na Série A desde a 14ª rodada, marcou apenas 4 impedimentos, acertou 2 e errou 2. Tensão total no Canindé para o jogo do vice-líder, que vem de derrota para o Flamengo.

Em Vasco x Figueirense, Cleriston Clay Barretos Rios, que estará à direita do vídeo, também não atua desde a 14ª rodada. Trabalhou em apenas 3 jogos, marcou 8 impedimentos, 4 certos, 3 duvidosos e 1 errado.

Em Corinthians x Sport, Luiz H. Souza Santos Renesto marcou 8 impedimentos até aqui, errou 4, acertou 2 e apontou 2 duvidoso, desempenho de 33% de aproveitamento sem contar os duvidosos, bandeira vermelha no Índice Bandeira Branca.

Os ótimos auxiliares Fábio Pereira e Bruno Boschilia estarão em Bahia x Botafogo.


Veja abaixo o desempenho de cada auxiliar na marcação de impedimentos. Os que trabalham nesta rodada e já marcaram impedimentos estão em destaque. Use o mouse para levar a seta sobre as barras e ter informações completas sobre eles.

27ª rodada

Sábado

18h30
Cruzeiro x Internacional

Árbitro: Paulo César Oliveira
Auxiliar 1: Marcelo Carvalho van Gasse
Auxiliar 2: Rogério Pablos Zanardo

Portuguesa x Atlético-MG
Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha
Auxiliar 1: Evandro Gomes Ferreira
Auxiliar 2: João Patrício de Araújo

Vasco x Figueirense
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro
Auxiliar 1: Márcio Eustáquio S. Santiago
Auxiliar 2: Clériston Clay Barreto Rio

Náutico x Atlético-GO
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden
Auxiliar 1: Alessandro Álvaro Rocha de Matos
Auxiliar 2: Emerson Augusto de Carvalho


21h
Palmeiras x Ponte Preta
Árbitro: Guilherme Ceretta de Lima
Auxiliar 1: Anderson J. Moraes Coelho
Auxiliar 2: Bruno Salgado Rizo


Domingo

16h
Corinthians x Sport
Árbitro: Jean Pierre Gonçalves Lima
Auxiliar 1: Rafael da Silva Alves
Auxiliar 2: Luiz H. Souza Santos Renesto

Coritiba x São Paulo
Árbitro: Péricles Bassols Pegado Cortez
Auxiliar 1: Dibert Pedrosa Moisés
Auxiliar 2: Wagner de Almeida Santos

Flamengo x Fluminense
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique
Auxiliar 1: Rodrigo Pereira Jóia
Auxiliar 2: Ediney Guerreiro Mascarenhas

Bahia x Botafogo
Árbitro: Héber Roberto Lopes
Auxiliar 1: Fábio Pereira
Auxiliar 2: Bruno Boschilia

Grêmio x Santos
Árbitro: Nielson Nogueira Dias
Auxiliar 1: Roberto Braatz
Auxiliar 2: Clóvis Amaral da Silva
















quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Jogo #260 O talento da raça de Vágner Love faz a diferença para o Flamengo vencer o Atlético-MG e chegar ao top 10 do Brasileirão

O talento da raça fez a diferença. Mais Flamengo impossível.

Desta vez, nada se colocou entre Vágner Love e o gol.


Love não marcava desde a 21ª rodada, contra o Internacional. Mas desde o jogo contra o Vasco, na 18ª, que não marcava e saía de campo comemorando uma vitória. Foram 8 jogos nesse jejum, mortal para um goleador como Love.


A alegria estava em falta com o artilheiro, não o contrário. Ele já tinha feito 2 assistências para os 2 gols do Flamengo contra o Atlético-GO, mas faltava o inconfundível sorriso do goleador.

Contra o Atlético-MG, ele voltou. Aos 20 minutos do segundo tempo, Cléber Santana bateu escanteio, González finalizou, a defesa evitou o gol, Cáceres tocou de cabeça e Vágner Love, de puxada, mandou a bola no ângulo.

O Atlético-MG tentou estragar a festa de Love e do Flamengo. Entrou em campo tímido, lento, e assim foi durante todo o primeiro tempo. Fez 3 finalizações apenas, todas depois dos 40 minutos. Todas erradas.

Mas o Galo surpreendeu no início do segundo tempo, fazendo a pressão que não se viu antes. E chegou ao empate logo aos 4 minutos. Escudero cruzou da ponta esquerda, a defesa cortou, mas a bola sobrou para Jô bater de virada para o gol.

A entrega de Amaral e de cada flamenguista para anular Ronaldinho Gaúcho e cia. acabou fazendo a diferença. Além do gol, o Atlético só conseguiu mais 2 finalizações certas, mas sem levar muito perigo, em cima do goleiro Felipe.

Assim, a festa atleticana durou pouco. Na primeira finalização que conseguiu no segundo tempo, fez seu segundo gol. Aos 10 minutos, Wellington Silva fez ótima jogada pela direita e cruzou para Liédson marcar de voleio.

Com uma marcação muito bem feita, o Flamengo se impôs e quase conseguiu o terceiro gol aos 38 minutos do segundo tempo, quando Réver já tinha sido expulso por agredir González violentamente com o braço. Wellington Silva cruzou novamente da direita, a defesa cortou, a bola rebatida ficou para Cléber Santana, que chutou da intermediária, a bola desviou em Liédson, mas o goleiro Victor se esticou ao máximo e deu um leve toque na bola, que foi na trave.

Sem Bernard, o ataque do Atlético-MG ficou muito mais previsível e o Galo, agora, está a 4 pontos do líder Fluminense com o mesmo número de jogos, mas na próxima rodada tem Fla-Flu...

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Jogo #251 Por medo da derrota, Atlético-MG e Grêmio se arriscam pouco e empatam, e Fluminense fica com liderança de fato

A derrota em casa seria dura demais para o Atlético-MG, deixaria sua torcida abatida e essa força o Galo não poderia perder de forma alguma. Seria melhor perder 1 ponto. Como disse Pierre após a partida, "na pior das hipóterses, não poderia perder e deixar o adversário direto encostar mais".

Para o Grêmio, o empate fora de casa seria um resultado até que satisfatório, ainda mais se tratando de jogo contra o segundo colocado.

Deu no que deu. Empataram em 0 a 0, e o Fluminense, a partir desse resultado, pode se considerar líder de fato do Brasileirão, já que mesmo que o Atlético-MG vença o Flamengo na partida adiada da 14ª, não retomará mais a liderança, já que está 4 pontos atrás.

Dentro desse contexto, o Atlético-MG abusou das jogadas aéreas. Foram 53 contra 29 do Grêmio. Por 39 vezes, o Galo mandou a bola para o ataque levantando a bola para a frente, sem que nenhuma delas fosse finalizada. É o padrão da equipe, que assim evita perder a bola na transição e ser surpreendida.

Quando tentou sair jogando com a bola no chão, quase pôs tudo a perder. Aos 22 minutos do segundo tempo, Richarlyson recebeu de Victor e não deu um bico para a frente, como Réver fez no jogo todo. Pará roubou a bola quando Victor saía para receber de volta e tocou para Marcelo Moreno, que com a esquerda chutou da direita da grande área para fora com o gol completamente aberto.

Incrível o gol perdido.

Foram 10 finalizações do Atlético-MG, 5 certas, as melhores conseguidas por Leandro Donizete, aos 8 do primeiro tempo, que Marcelo Grohe conseguiu espalmar para escanteio, por Carlos César, que acertou o travessão aos 23 minutos de jogo, e por Bernard, que completou assistência de Leonardo, mas o goleiro defendeu com o peito quando saía da área a seus pés.

O Grêmio conseguiu 10 finalizações, mas só 1 certa, a primeira, aos 20 minutos, em cabeceio de Werley no ângulo direito após cobrança de falta levantada por Elano.

Foi pouco, ainda assim, emocionante do princípio ao fim, principalmente depois que o árbitro Heber Roberto Lopes não deu falta de Gilberto Silva em Neto Berola, aos 42 minutos do segundo tempo, à direita da meia-lua. Seria ótima chance para Ronaldinho Gaúcho, mas fica para outro dia.

sábado, 22 de setembro de 2012

Jogo #250 Fluminense se impõe, se acomoda no segundo tempo e vence sem que juiz marque pênalti evidente para o Náutico

Isso tem muito pouco a ver com o torcedor do Fluminense, que está soltando seus fogos pela vitória sobre o Náutico por 2 a 1, que lhe garantiu pelo menos até quarta-feira a liderança do Brasileirão.

Mas o Fluminense saiu de campo com os 3 pontos também porque o árbitro Pablo dos Santos Alves e o adicional 2 Leandro Bizio Marinho ignoraram pênalti evidente de Gum em Kim aos 42 minutos do segundo tempo.

Souza levantou a bola da esquerda da intermediária, Kim passou por trás da defesa, chegou sozinho na direita da grande área e cabeceou forte. O goleiro Diego Cavalieri fez excelente defesa. Do jeito possível, deu um tapa para o alto, Kim percebeu a bola descendo, subiu para cabeceá-la, mas foi derrubado pelas costas por Gum.

Triste o desfecho do jogo, que foi bom.

O Náutico jogou para frente no primeiro tempo, conseguiu 4 finalizações dos 10 minutos aos 15 minutos de jogo, mas não conseguiu acertar o gol. Dos 20 minutos aos 30 minutos, conseguiu mais 3, mas o goleiro Diego Cavalieri defendeu todas, em cima dele.

E a partir daí o Fluminense foi muito Fluminense: cirúrgico!

É verdade que até os 40 minutos o Fluminense tinha feito 5 finalizações e não tinha acertado o gol nenhuma vez, mas quando acertou, a bola entrou.

Típico.

Aos 40, defesa errou ao tentar cortar escanteio, e a bola sobrou limpa para Leandro Euzébio chutar para o gol da pequena área.

Na finalização seguinte, Fred fez mais 1 e se isolou na artilharia do Brasileirão com 12 gol, 1 mais que Luís Fabiano, do São Paulo. Foi aos 45 minutos, Thiago Neves recebeu de Deco e passou forte para Fred bater de primeira da esquerda da grande área.

Com a vantagem no placar, foi ao ataque no início do segundo tempo, Fred cabeceou com força escanteio cobrado por Thiago Neves, mas o goleiro Gideão conseguiu espalmar para escanteio, aos 7 minutos.

O tempo foi passando, o Náutico não conseguia sair da defesa, e o Fluimense foi reduzindo o ritmo, confiando que já estava garantida a vitória.

Mas aos 36 minuos, Douglas Santos fez ótimo passe para Kim, dominar na esquerda da grande área e bater forte, Gum deu um carrinho para bloqueá-lo, a bola subiu e encobriu Diego Cavalieri.

No embalo, o Náutico se atirou ao ataque e aí você já sabe o que aconteceu. Triste para quem gosta de futebol.

Vale o registro: o Náutico teve 5 pênaltis marcados a seu favor no campeonato, marcou 3 gols e perdeu 2. Não há nada que garanta que iria converter o pênalti e conseguir o empate. Mas não é disso que se trata.

No ranking de quem tenta o gol, Fluminense e Náutico estão em posições opostas; Vasco é clube que menos tentou o gol

O Vasco se tornou a equipe que menos tentou o gol no Campeonato Brasileiro.

Foram 274 conclusões considerando finalizações, faltas diretas e pênaltis.

Com desmanche da equipe, demissão do técnico Cristóvão Borges, seca de gols de Alecsandro, o Vasco se uniu a Santos, Fluminense, Flamengo e Cruzeiro, os outros gigantes do futebol brasileiro que menos tentam o gol.

Ainda assim, o Fluminense do cirurgião-artilheiro Fred tem o melhor ataque do Brasileirão-2012, com 41 gols marcados (o Atlético-MG tem 1 jogo a mais a fazer, contra o Flamengo, e fez 39 gols).

No futebol atual, às vésperas da Copa do Mundo no Brasil, não basta chutar muito a gol, é necessário ser preciso. Nunca se sabe quando e se haverá outra oportunidade.

Das 294 finalizações do Fluminense, 114 foram certas, 1 finalização certa a cada 2,57 tentativas.

Seu adversário de hoje, o Náutico, tem a segunda equipe que mais tenta o gol.
Das 354 finalizações, do Náutico, 120 foram certas, 1 finalização certa a cada 2,95 tentativas.

Das 296 finalizações do Cruzeiro, 112 foram certas, 1 finalização certa a cada 2,64.

Das 274 finalizações do Vasco, 100 foram certas (isso mesmo), 1 certa a cada 2,74.

Das 293 finalizações do Flamengo, 106 foram certas, 1 certa a cada 2,76.

Das 286 finalizações do Santos, 100 foram certas, 1 certa a cada 2,86.

Das 341 finalizações do Atlético-MG, 114 foram certas, 1 a cada 2,99.

Com melhor ou pior pontaria, no fim para a maioria vai ficar apenas se o título veio ou não veio.

Para a seleção brasileira, interessam os mais eficazes. Jogadores e treinador.

No gráfico abaixo você vê como nascem as finalizações das equipes da Série A.

Use o mouse, Clique no nome das equipes para ver os totais. Clique nas legendas para comprar os fundamentos de cada uma.




Juiz de Figueirense x Palmeiras não marca pênaltis, assim como o de São Paulo x Cruzeiro; veja desempenho dos bandeiras desta rodada

Palmeiras e Figueirense fazem confronto direto contra o rebaixamento, em Florianópolis, e árbitro escalado para a partida simplesmente não marca pênaltis.

Wilton Pereira Sampaio já errou ao não marcar pênaltis de Edilson, do Grêmio, em Fábio Braga, do Fluminense (Grêmio 1x0 Fluminense); de Thiago Carvalho, do Cruzeiro, em Fahel, do Bahia (Bahia 0x1 Cruzeiro) e de Muriel, do Internacional, em Wellington Nem, do Fluminense (Internacional 0x1 Fluminense).

Ele não marcou nenhum pênalti na competição em 8 jogos. Em Internacional 0x1 Fluminense, houve outros 3 lances duvidosos em que ele não marcou pênalti. Foi 1 dos jogos mais difíceis de apitar do Brasileirão-2012.

Outra curiosidade de Palmeiras x Figueirense deste sábado é que o auxiliar-bandeirinha Wagner de Almeida Santos (à esquerda no vídeo) trabalhou em 2 partidas apenas na competição e não marcou nenhum impedimento. O outro auxiliar, Guilherme Dias Camilo (à direita no vídeo), trabalhou em 12 jogos, marcou 24 impedimentos, 2 errados, 21 certos e 1 duvidoso. Sem contar o duvidoso, acertou 91,3% dos impedimentos que marcou, um ótimo desempenho.

O líder Fluminense recebe o irregular Náutico depois de ter perdido para o fraco Atlético-GO na rodada passada. O árbitro não teve grandes problemas nos jogos em que trabalhou, e os auxiliares são muito bons, ambos "bandeiras brancas", com índice de acerto superior a 80% no impedimentos que  marcaram na competição.

Também estão em ótima fase os auxiliares do confronto São Paulo x Cruzeiro, que vai marcar a apresentação de Paulo Henrique Ganso ao São Paulo.

Mas o árbitro Wagner do Nascimento Magalhães apitou 4 jogos e já errou ao não marcar pênaltis de Lucas, do Botafogo, em Carlos Alberto, do Vasco (Vasco 1x0 Botafogo) e de Werley, do Grêmio, em Roger, da Ponte Preta (Ponte Preta 0x0 Grêmio). No jogo em Campinas, ainda deixou de dar pênalti de Wilson, do Grêmio, em Cicinho, da Ponte Preta, que levou um tranco pelas costas na grande área. Cicinho não fez força para ficar em pé, o que torna o lance duvidoso, mas que houve o tranco, houve.

O jogaço Atlético-MG x Grêmio terá 2 excelentes auxiliares-bandeirinhas, que acertaram mais de 95% dos 65 impedimentos que marcaram. Vale a pena conferir, nos gráficos, o desempenho deles.

Uma arte separa os impedimentos marcados em certos, errados e duvidosos. Estão em destaque os que trabalham nesta rodada e já marcaram impedimentos. A outra, mostra a eficiência dos bandeiras em percentual de acerto. Basta usar o mouse para ter informações detalhadas. Uma outra arte mostra em quantos impedimentos os ataques já foram flagrados e quantas vezes as defesas deixaram os adversários impedidos.

Bom jogo!

26ª rodada

Sábado

18h30
Fluminense x Náutico
Árbitro: Pablo dos Santos Alves
Auxiliar 1: Kléber Lúcio Gil
Auxiliar 2: Fábio Pereira

Figueirense x Palmeiras
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio
Auxiliar 1: Guilherme Dias Camilo
Auxiliar 2: Wagner de Almeida Santos

21h
Santos x Portuguesa
Árbitro: Raphael Claus
Auxiliar 1: Rogério Pablos Zanardo
Auxiliar 2: Bruno Salgado Rizo

Domingo

16h
São Paulo x Cruzeiro
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães
Auxiliar 1: Rodrigo F. Henrique Correa
Auxiliar 2: Fabiano da Silva Ramires

Botafogo x Corinthians
Árbitro: Sandro Meira Ricci
Auxiliar 1: Cristhian Passos Sorence
Auxiliar 2: Clóvis Amaral da Silva

Atlético-GO x Flamengo
Árbitro: Paulo César Oliveira
Auxiliar 1: Ivan Carlos Bohn
Auxiliar 2: Luiz H. Souza Santos Renesto

Ponte Preta x Vasco
Árbitro: Francisco Carlos Nascimento
Auxiliar 1: Altemir Hausmann
Auxiliar 2: Thiago Gomes Brígido


18h30
Sport x Coritiba
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden
Auxiliar 1: Carlos Berkenbrock
Auxiliar 2: Marcelo Bertanha Barison

Internacional x Bahia
Árbitro: Ronan Marques da Rosa
Auxiliar 1: Roberto Braatz
Auxiliar 2: Nadine Schram Câmara Bastos

Atlético-MG x Grêmio
Árbitro: Heber Roberto Lopes
Auxiliar 1: Marcelo Carvalho Van Gasse
Auxiliar 2: Fabrício Vilarinho da Silva



sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Jogo #245 Foi indigno do futebol o segundo gol do Bahia na vitória sobre o Figueirense aos 45 minutos do segundo tempo em Salvador

O Bahia jogou muito, principalmente no segundo tempo, quando tratorou o Figueirense no Estádio Pituaçu. E tratorou aqui cabe para o bem e para o mal. Mas a forma como chegou à vitória é indigna do futebol.

Sem Aloísio, o Figueirense jogou fechado em Salvador, como se esperava. Conseguiu seu gol aos 32 minutos do primeiro tempo. Fez apenas 9 finalizações em toda a partida, 2 certas e só esse gol. Botti cruzou da ponta esquerda, a bola cruzou a área, a defesa do Bahia fez a proteção para ela sair pela linha de fundo, mas Júlio César chegou em velocidade e se atirou de peixinho para marcar.

O Bahia não conseguiu reagir logo. Em todo o primeiro tempo, fez 7 finalizações, todas erradas. No segundo tempo, com Lulinha, voltou completamente diferente.

Os jogadores se empenharam do primeiro ao último minuto, conseguiram 23 finalizações, 10 certas. Suaram sangue embalados pela torcida que lotou o estádio incentivando o time o tempo todo.

Conseguiram o empate aos 27 minutos do segundo tempo, curiosamente em um lance muito semelhante ao do gol do Figueirense. Jussandro cruzou da ponta esquerda, bola foi atravessando a pequena área e Hélder chegou em velocidade no segundo pau para completar para o gol quando a bola já ia saindo.

A equipe manteve a pressão, fez mais 15 finalizações, mas o gol da vitória foi irregular.

Hélder colocou a bola na frente, o zagueiro protegeu, Jones Carioca empurrou o zagueiro, acertou uma solada no peito do goleiro que caía para pegar a bola e caído ficou. O árbitro Nielson Nogueira Dias não deu falta, e bola ficou para Cláudio Pitbull chutar para o gol completamente aberto, com o goleiro se contorcendo em dor.

O Bahia jogava em casa, a festa foi grande, mas solada no peito do goleiro, não dá.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Jogo #249 Triste ver as camisas de Botafogo e Ponte Preta disputando um jogo como este 0 a 0 no Moisés Lucarelli

A sensação de tristeza foi crescendo conforme o tempo passava.

Ponte Preta e Botafogo fizeram 1 partida que não se explica, se lamenta.

A Ponte Preta levantou a bola 34 vezes para 2 finalizações.

O Botafogo levantou a bola 51 vezes para nenhuma finalização.

Na absoluta maioria (24 e 30 vezes), foram bolas levantadas para a frente, normalmente do campo defensivo para serem devolvidas pelo time adversário.

A Ponte Preta fez 17 finalizações e apenas 3 foram certas: 2 de Roger e 1 de Nikão, fraquinhas, em cima do goleiro.

Roger foi pego em apenas 1 impedimento (desempenho glorioso no caso dele, que foi flagrado em 34 em 17 jogos), mas desperdiçou chances incríveis, seja cabeceando para baixo e a bola passando longe do travessão, seja chutando na trave, quase tropeçando na bola, quando estavam ele e o goleiro na pequena área.

O Botafogo fez 11 finalizações, 6 certas, sendo a mais perigosa a de Fellype Gabriel, aos 34 minutos do primeiro tempo, uma pancada no ângulo que o goleiro espalmou para escanteio. De resto, muito parecido com as finalizações da Ponte.

E ainda ofereceu a quem assistia 3 lances patéticos:

Aos 30 minutos do primeiro tempo, o goleiro Jefferson e Dória trombaram na área após toque de cabeça de Roger. Jefferson se recupera e dá um bico para a frente;

Aos 2 minutos do segundo tempo, Dória e Márcio Azevedo trombaram na intermediária ao irem ao mesmo tempo na bola. Acabaram perdendo a posse de bola;

Aos 25 minutos do segundo tempo, Márcio Azevedo fez o passe, correu e trombou em cheio com o juiz, que conseguiu ficar em pé.

90 minutos de silêncio, por favor.

Jogo #248 Representante da Fifa diz que auxiliar acertou ao dar impedimento em gol do Vasco no Cruzeiro mas deveria ser ignorado

Alessandro Álvaro Rocha de Matos é um auxiliar-bandeirinha que praticamente não erra. Via de regra, acerta até mesmo nos lances mais complexos, como o gol anulado do Vasco contra o Corinthians, pela Libertadores. Ele é muito preciso há anos. É impressionante. E é um prazer conversar com ele sobre como ele se prepara para esse trabalho e por que ele acha que acerta tanto. "Ou estou bem preparado e acertou ou não estou", me disse ele certa vez.

Felizmente, foi selecionado para trabalhar na próxima Copa do Mundo, no Brasil. O outro auxiliar é Emerson Augusto de Carvalho, que está mal no Brasileirão-2012, errando 1 a cada 5 impedimentos que marcou (27 certos e 7 errados. Há 4 duvidosos).

Alessandro de Matos marcou 17 impedimentos certos e nenhum errado. Há 6 duvidosos, onde não foi possível determinar se estava certo ou errado. Em 1 deles, parece que acertou, mas não há certeza.

Na partida Cruzeiro 1x1 Vasco, ele marcou 5 impedimentos e 1 causou a anulação de gol de Tenório, do Vasco, aos 8 minutos e 13 segundos do segundo tempo. A jogada é tão confusa, tão inusitada, que se tornou uma discussão internacional, como foi muito bem destacadi no Blog do Gaciba.

O mais incrível, inusitado, desconcertante e o que mais se queira, é que ao tratar do lance, Fernando Tresaco Gracia, chefe sênior da Divisão de Desenvolvimento de Competições de Artbitragem DA FIFA (grifo meu) dá o seguinte parecer:


"Esta é uma jogada em que o AA (árbitro assistente-bandeirinha) deve marcar a posição adiantada, mas definitivamente o Árbitro deve assumir a RESPONSABILIDADE”.

Ou seja, Alessandro Álvaro Rocha de Matos acertou ao marcar o impedimento, mas o árbitro deveria jogar o auxiliar aos leões da arquibancada e validar o gol.

Quanto mais eu leio sobre futebol, menos compreendo os responsáveis por ele.

O próprio Gaciba tinha tratado do lance como zona cinzenta da arbitragem e disponibiliza vídeo da transmissão da Globo com comentário de Arnaldo Cezar Coelho afirmando que o lance é legal.

Para constar, mesmo com a apreciação por representante da Fifa, passados 1.196 impedimentos marcados no Brasileirão-2012 e outros 21 não marcados (os que consegui identificar), concordo com a interpretação do Arnaldo (a regra é clara) Cezar Coelho e não consigo aceitar, por questões lógicas, a argumentação "o auxiliar deve marcar o impedimento e o árbitro deve dar o gol".

Isso gera uma tensão desnecessária no estádio e é contra isso que surgiu o Índice Bandeira Branca, que avalia o desempenho dos auxiliares-bandeirinhas na marcação de impedimentos no Futebol sem Chute.

Árbitros e auxiliares-bandeirinhas têm missões opostas durante o jogo.

Para o árbitro, tudo é interpretação (foi mão, mas não foi sem querer; deu pontapé, mas tinha levado outro antes).

Para o auxiliar, tudo é objetivo (ou a bola passou a linha ou não passou; ou está impedido ou não está).

Nessa condição, a cada passe feito por 1 equipe é feita 1 "fotografia" do posicionamento dos jogadores da mesma equipe. Quando Dedé faz o passe, a fotografia mostra que Tenório está impedido de participar da jogada até que o Vasco faça 1 novo passe e seja feita 1 nova "fotografia".

É assim que analiso os jogos: a cada passe, 1 nova fotografia que só é substituída quando a equipe faz 1 novo passe.

Mesmo que digam que o controle da bola pela defesa encerre a vantagem obtida por quem está em impedimento no momento do último passe, é a última "fotografia" que deve valer.

O que estiver fora disso passa a ser "interpretação" e aí cada indivíduo tem a sua e a tensão incendeia o estádio. Nesse ponto, a responsabilidade é da Fifa pelo que acontece dentro dos estádios se o árbitro jogar a torcida contra si e contra o auxiliar após 1 marcação correta de impedimento.

O árbitro só não deve seguir a marcação do auxiliar quando percebe que ele errou a marcação do impedimento. Se o auxiliar está com a razão, deve ser seguido.

Jogo #247 Empate entre Internacional e Sport foi tão intenso que o árbitro Heber R. Lopes se esqueceu de pôr cartão amarelo na súmula

Assistir ao empate Internacional 2x2 Sport, no Beira-Rio, já foi cansativo, tamanha a correria, principalmente no segundo tempo. Deve ter sido muito desgastante também para o árbitro Heber Roberto Lopes, que após sequência de faltas cometidas pelo Sport, aos 46 minutos e 46 segundos do segundo tempo mostrou cartão amarelo para Willians, do Sport, por puxar João Paulo, mas se esquecer de registrar a punição na súmula.

Ou seja, apesar de ter recebido o cartão, a punição não contará porque não foi registrada. Acontece, mesmo com um árbitro de grande talento, como Heber Roberto Lopes.





Ainda que não tenha chegado a dominar a partida, o Sport foi muito eficiente no primeiro tempo, abrindo vantagem de 2 a 0, com Rithely completando assistência de Gilsinho, aos 35 minutos, e Gilsinho completando cruzamento de Moacir, aos 41 minutos.

As equipes se revezaram no ataque, o Internacional deu muito espaço e foi muito mal nas finalizações.

Foram 10 tentativas do Sport, 6 certas e 2 gols no primeiro tempo e 9 tentativas do Inter, 2 certas e nenhum gol no primeiro tempo.

Em desvantagem, o Inter mudou completamente o jogo no segundo tempo. Fez 16 finalizações contra apenas 1 do Sport. Foram 5 certas do Inter e 1 certa do Sport.

O resultado da pressão foi que o Sport teve de suar muito para conseguir manter o empate.

Aos 17 minutos, Leandro Damião cruzou, Rodrigo Moledo cabeceou muito bem, Saulo fez excelente defesa, mas no rebote Cassiano ficou livre para cabecear para o gol.

E aos 30, Rodrigo Moledo cruzou da ponta direita, na medida para Leandro Damião escorar para o gol, os dois completamente livres.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Jogo #244 Focado mesmo sob pressão intensa, Flamengo empata com o 3º colocado Grêmio com golaço de Adryan em cobrança de falta

Está nascendo 1 novo líder na Gávea: Adryan.

No que foi marcada a falta em Ibson, Ramon pediu a bola: "É minha essa, é minha, passa a bola aí". Primeiro Vágner Love segurou, depois, ofereceu. Mas a cobrança ficou para Adryan, um momento curioso e que pode ser uma marca na história do Flamengo.

Ramon ficou conversando com ele enquanto Adryan ajeitava a bola. Outros jogadores se aproximaram. Léo Moura, Ibson, Liédson, a nata. Falaram alguma coisa, saíram. Adryan se concentrou. Certamente, dali já acertou várias e várias vezes o gol nos treinos. 18 anos e "rostinho de 14".

Ele se concentrou, olhou a barreira, olhou o gol, se abaixou, ajeitou de novo a bola, a colocou um pouquinho mais para a direita.

Ramon se aproximou novamente. Parece até ter reafirmado a ele "você já acertou várias daqui, hein", com um tapinha nas costas. E se afastou.

Adryan se afastou também. Da bola, de Ramon, da barreira, do Engenhão, de tudo. Naquele momento, só havia a bola e o gol. 5 passos curtos que o levaram muito mais longe.

Quando foi para a bola, não havia mais nada. Nem Ramon nem Engenhão nem dúvida. Aos 15 minutos e 56 segundos do segundo tempo, a bola viajou até o ângulo esquerdo, e o goleiro Marcelo Grohe não teve o que fazer a não ser evitar bater a cabeça na trave. E mesmo assim, foi por pouco.

Rompeu-se o silêncio com o grito de gol da torcida rubro-negra, mas Adryan estava tão longe que não comemorou. Ramon o ergueu como a um troféu. Quando Cáceres chegou afoito para estravasar com um grande abraço, Adryan ainda estrava em transe. Nem os tapinhas no rosto que lhe deu Ramon o tiraram de lá. Nem o tapão nas costas dado por Ibson. Nem o safanão de Liédson nem o puxão de Léo Moura para que voltassem todos para o campo de defesa para que o jogo fosse reiniciado. Quem sabe a virada?

Léo Moura ficou olhando o semblante daquele menino de 18 anos. Ele estava diferente. Ramon também percebeu. O segurou pelo peito esperando pela volta de Adryan àquele corpo. Talvez aquele Adryan não volte nunca mais. Prestem atenção neste novo.

Ele voltou para o campo de defesa, assentiu com a cabeça com Léo Moura, com mais alguém. Seguiu em frente. Bateu mais 1 falta da intermediária, fez 2 cruzamentos, deu 1 assistência para finalização de Bottinelli.

Reafirmou no final, aos 47 minutos do segundo tempo, a vontade que tinha de conseguir a vitória. Cruzou toda a área para ir cobrar 1 escanteio que Frauches já se preparava para bater.

Foco, talento, vontade de vencer, tudo o que o Flamengo precisa. Um ídolo? Um que cobra faltas como Zico? É até mais do que o Flamengo precisa, mas nunca é demais, nesse caso.

Quando o jogo acabou, a escalação do Flamengo era: Felipe (28 anos); Wellington Silva (24 anos), Frauches (faz 20 neste mês), González (32) e Ramon (24); Cáceres (27), Ibson (28), Bottinelli (26) e Adryan (18); Nixon (20) e Vágner Love (28).

Média de idade de quase 25 anos. Com garotos talentosos ganhando experiência.

Durante o jogo, o Flamengo esteve a apenas 1 ponto da zona de rebaixamento. Em um momento de pressão, Adryan conseguiu mostrar seu melhor e Nixon teve 1 chance clara de virar o placar, mas o goleiro Marcelo Grohe saiu muito bem a seus pés, após passe extraordinário de Vágner Love.

Ah, se o torcedor tivesse interesse em parar e pensar que seu clube está em um momento de renovação muito importante... Como não se espera isso das arquibancadas, é necessário preparar o time, também, para a realidade de vaias e pressões. Se preparar para enfrentar o pior reduz em muito a chance de o pior acontecer. Ainda mais em vésperas de Copa do Mundo no Brasil. Que sabe se Adryan estará lá? Futebol é momento.

Há alguns anos que os clubes mais bem estruturados focam jogo a jogo, mas com a cabeça na temporada, em objetivos que dependem do patamar de cada equipe.

O próprio Grêmio, que desta vez colocou a bola no chão, tem como projeto declarado fazer 37 pontos no segundo turno, como afirmou o técnico Vanderlei Luxemburgo antes do jogo. E sua equipe terminou apenas com Leandro sendo menor de 23 anos (19). A média de idade do Grêmio é de quase 28 anos.

Dentro de sua realidade, chegou ao gol aos 17 minutos do primeiro tempo, com Marcelo Moreno completando por cima do goleiro um passe sensacional de Elano. Ficou a sensação de que o Grêmio poderia ter feito mais, mas o empate como visitante se enquadra nos projetos de longo prazo.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Jogo #242 Náutico levanta a bola durante todo o jogo e consegue o gol da vitória sobre o Atlético-MG em cobrança rasteira de falta

Foi duro. Para o Náutico, para o Atlético-MG e para quem se dispôs a assistir ao jogo.

O Náutico passou praticamente o jogo todo levantando a bola da defesa para o campo de ataque, nada que trocar passes na defesa e correr o risco de perder a bola e sofrer um gol bobo. De certa forma, sem o mesmo talento, copiou a forma de jogar do Atlético-MG.

E aí já dá para imaginar o que foi o jogo: foram 90 (noventa!) bolas erguidas para o ataque, 44 do Náutico, 46 do Atlético-MG. A média do campeonato é cada equipe recorrer à jogada área 26 vezes.

Dessa forma, o Náutico conseguiu 20 finalizações, 5 certas. Fez o gol da vitória por 1 a 0, ironicamente, em uma cobrança rasteira de Souza. A barreira pulou e abriu, Souza bateu da direita da meia-lua com força e o goleiro Victor não conseguiu chegar na bola, aos 3 minuntos do primeiro tempo.

Foi difícil manter o resultado.

Aos 23 minutos, Araújo cobrou um pênalti cometido e defendido pelo goleiro Victor, que levou amarelo e deve enfrentar seu ex-clube, o Grêmio. Dizem que time que perde pênalti não ganha jogo, mas não desta vez.

O Atlético-MG fez 7 finalizações em toda a partida. Nenhuma delas, zero, foi em direção ao gol.

Jogo #241 Grupo do Palmeiras de Felipão não resiste à equipe do Corinthians de Tite e crise se agrava para delírio dos corintianos

Se não pode vencê-lo, torne a vitória dele sem graça. Demita o técnico e coloque como interino alguém sem familiaridade com o trabalho que vinha sendo feito. Mostre dias antes do jogo que não é o seu adversário que é extremamente competente, é você que não teve capacidade de formar, uma equipe de verdade.

Mas até nisso o Palmeiras fracassou. O Corinthians venceu por 2 a 0 com sobras e sua torcida está tripudiando a fase terrível do eterno rival, ameaçadíssimo pelo rebaixamento, que para alguns clubes foi um momento de limpeza, como no caso do próprio Corinthians e do Vasco, mas para outros, não.

O Corinthians mandou a campo o que tinha de melhor, não apenas este ou aquele jogador, mas uma equipe profissional, treinada. Depois de ganhar o Brasileiro do ano passado, com o preparo físico e a cabeça no projeto de ganhar a Libertadores, o Corinthians venceu, venceu, venceu e venceu novamente tanto no Paulistão quando na Libertadores por 1 a 0, mantendo viva nos seus adversários a esperança de achar o empate enquanto o Corinthians treinava sua defesa, praticava a concentração, aprendia a apanhar com resignação e a bater com inteligência, enquanto desmontava o emocional do seu adversário.

Mas existem mais coisas entre uma trave e outra do que sonha nossa vã filosofia.

O Corinthians com Tite revelou para quem quiser ver que Luiz Felipe Scolari é extraordinário para unir um grupo em busca de um objetivo. É quase imbatível nisso, a não ser que pegue a Grécia pela frente. Quando o regulamento debaixo do braço indica que as disputas são decididas em 180 minutos com desempate nos pênaltis, os grupos de Felipão se entregam mais do que o adversário e seguem em frente.

Felipão cria grupos. Tite vem criando equipes.

O Corinthians tem padrão de jogo, sua defesa é compacta e inteligente e, independentemente de quem esteja em campo, a bola rola de pé em pé até chegar onde a ordem manda chegar. Não importa muito quem está no ataque.

Contra o Grêmio, o Corinthians mostrou que tira de letra a agressividade do adversário. Não fica emocionalmente abalado por causa de pontapés ou provocações. E bate sem que se perceba que está batendo.

Quando Wallace pisou na panturrilha de Barcos, aos 20 minutos e 50 segundos de jogo, quase ninguém viu. Pareceu apenas que o juiz não deu uma falta no atacante do Palmeiras. Ao ser pisado, Barcos revidou ainda caído, se levantou e deu 1 joelhada em Wallace, que ainda pediu calma. O juiz viu, mas não fez nada.

O Corinthians fez: trocou passes, levou a bola ao ataque, a defesa cortou, Juninho achou que em um Palmeiras x Corinthians podia sair jogando na sua área defensiva, e Romarinho lhe tomou a bola e fez o gol.

Ao comemorar, Romarinho o fez voltado para a torcida do Palmeiras, que dominava as arquibancas por ter o mando de jogo. Malandragem? Nunca se saberá. Mas todos sabemos que Luan já tinha amarelo (porque depois de ser tocado por trás por Wallace, deixou a perna em uma tentativa de revide, aos 17 minutos) e ainda assim, partiu raivoso para cima de Romarinho para tomar satisfações.

Um árbitro emotivo como o Palmeiras de Felipão teria mostrado o amarelo para Romarinho por ter causado o tumulto em uma partida que já estava tensa havia 95 anos e também para Luan, que deveria ter sido expulso pelo que fez.

Um árbitro racional como o Corinthians do Século 21, que fora a torcida tem bem pouco do Corinthians do Século 20, deixaria os ânimos esfriarem. Bola pra frente. Foi o que fez o árbitro Marcelo Aparecido de Souza.

Mas apenas 2 minutos depois, Luan trombou com Guilherme Andrade, que inteligentemente se levantou e se colocou à sua frente, não se deixando intimidar. E Luan ergueu o braço na altura do pescoço do adversário. Incrível a esperteza de Luan. Só que ao contrário.

O Corinthians fez menos faltas: 15 contra 27 do Palmeiras.

O Corinthians levou 7 cartões amarelos: Romarinho (por comemorar gol), Martínez (pontapé), Cássio (demora para bater tiro de meta), Ralf (por deixar o pé em Artur ao saltar), Danilo (por carrinho na bola), Fábio Santos (por demorar para bater lateral esperando a substituição que o Corinthians ia fazer) e Guilherme Andrade (por deixar a perna em Valdívia).

O Palmeiras levou 4 cartões amarelos: Luan (por cavar um pênalti ou tentar acertar o adversário após cair), Barcos (foi nas pernas de Ralf), Artur (pontapé e sequência de faltas), Obina (chegou atrasado em lance). E o Palmeiras teve Luan expulso.

Aos 3 minutos do segundo tempo, Jorge Henrique passou de calcanhar, e Romarinho quase fez o segundo gol, passou perto. Aos 8, Marcos Assunção deu bola na fogueira para Juninho, que fez o mesmo para João Vítor, que perdeu para Danilo, que passou para o canhoto Douglas, que com a perna direita cruzou para a chegada de trás de Paulinho, que fez 2 a 0.

Com o time tão treinado e concentrado, tudo fica muito lento à frente do Corinthians. Foi só deixar o tempo passar.

A superioridade moral do Corinthians em campo era tão clara que, com o estádio tomado por palmeirenses, fez o juiz voltar atrás e anular 1 gol do Palmeiras que já havia sido confirmado: o auxiliar-bandeirinha Rogério Pablos Zanardo apontou falta de Obina em Paulo André, mas como não tinha muita certeza do que viu, levantou a bandeira e depois a abaixou. A defesa do Corinthians parou, Obina cruzou e Valdívia fez o gol. Quando o árbitro olhou, o assistente estava correndo para o meio do campo. É gol. Mas o Corinthians protestou, e o juiz acatou.


Dizem que a consciência da fraqueza é também 1 forma de força. 

Depois de Vanderlei Luxemburgo, Muricy Ramalho, Luiz Felipe Scolari e milhões de reais, o Palmeiras ainda não tem 1 equipe estruturada. Por que será?

sábado, 15 de setembro de 2012

Jogo #240 Abel Braga pilha sua equipe, Fluminense bate recorde de finalizações e perde em casa para o lanterna Atlético-GO

Com toda a imensa experiência que tem, o técnico Abel Braga já devia saber: em mantra que está ganhando não se mexe.

Rodada após rodada, o treinador do Fluminense vinha lembrando a equipe e declarando nas entrevistas: "Nós tivemos paciência para chegar ao primeiro lugar", "Vamos jogar com consciência, sem ansiedade, sem loucura". O mantra era lembrado o tempo todo.

Às vésperas do jogo contra o último colocado do campeonato, o discurso mudou: "Sabemos que no futebol brasileiro acomodou, morreu." Pediu atenção, falou que um dia poderia faltar sorte. Contra o lanterna, ao invés de pedir "paciência", "calma", "para controlar a ansiedade", Abel Braga pilhou seus jogadores.

Deu no que deu. O Atlético-GO conseguiu 2 gols no primeiro tempo, e o Fluminense não conseguiu nem empatar. Já tinha passado por isso ao empatar em 2 a 2 com o Figueirense, então lanterna, no início deste mês.

O Fluminense tem se caracterizado por ser uma equipe cirúrgica, das que menos finalizam no campeonato, mas que assim mesmo tem o melhor ataque. Pode ter sentido falta do cirurgião-artilheiro chefe, Fred, suspenso. Fred dá uma dupla tranquilidade ao time: além de estar em fase esplendorosa, fazendo 1 gol a cada 3 finalizações, ainda obriga a defesa adversária a redobrar a atenção sobre ele. Acaba sobrando espaço para os demais.

Sem o cirurgião-artilheiro, pilhado, o Fluminense fez 22 finalizações (6 certas) no jogo, um novo recorde da equipe neste Brasileirão. Antes, tinha no máximo chegado a 19, na vitória por 3 a 1 sobre o Santos.

Antes de começar a partida contra o Atlético-GO, a média de finalizações por jogo do Fluminense era de 11. A exata metade do que fez contra o lanterna, em Volta Redonda.

O Dragão conseguiu seu primeiro gol aos 17 minutos de jogo, com Diego Giaretta acertando uma pancadaça em cobrança de falta dois toques. Quando o goleiro Diego Cavalieri foi na bola, ela já tinha passado.

O segundo gol foi conquistado aos 41 minutos. Marcos bateu escanteio aberto, Reniê cabeceou para o alto, a bola fez uma curva improvável e caiu dentro do gol, no ângulo. Sem chance para o goleiro.

Aos 18 minutos do segundo tempo, após um bate-rebate, Michael fez o gol solitário do Flu, com o gol aberto. Mas depois, o goleiro Márcio fechou o gol, inclusive defendendo uma finalização de bicicleta de Michael aos 46 minutos do segundo tempo.

Pois é, Abel, devia ter levado em consideração uma das máximas do futebol: em mantra que está ganhando não se mexe...

Jogo do Fluminense é chance para Altemir Hausmann retomar a "bandeira branca" no Brasileirão

Ao criar o Índice Bandeira Branca, a ideia era conhecer um pouco melhor quem é quem entre os auxiliares-bandeirinhas. O impedimento dificílimo foi apenas mais um muito bem marcado por um bandeirinha de altíssimo nível técnico ou foi uma retomada no desempenho de quem não vinha muito bem.

Alguns auxiliares, mesmo renomados, podem estar passando por um momento ruim, como é o caso de Altemir Hausmann, que trabalha no jogo do Fluminense. Nos últimos 15 impedimentos que marcou, errou 4. Perdeu a bandeira branca.

O Futebol sem Chute considera "bandeira branca" aquele que acertou pelo menos 80% dos impedimentos que marcou. Os "bandeiras amarelas" são os que acertaram mais de 40% e menos de 80% de suas marcações. E os "bandeiras vermelhas" os que acertaram de 40% para baixo. São pouquíssimos.

Altermir Hausmann pode retomar sua bandeira branca. Chegou à 25ª rodada com desempenho de 79,5%.

Abaixo, o desempenho dos auxiliares que já marcaram impedimentos neste Brasileirão-2012.


25a rodada

sábado
18h30
Fluminense x Atlético-GO

Árbitro: Márcio Chagas da Silva
Auxiliar 1: Altermir Hausmann
Auxiliar 2: Rafael da Silva Alves

São Paulo x Portuguesa
Árbitro: Paulo César Oliveira
Auxiliar 1: Vicente Romano Neto
Auxiliar 2: Danilo Ricardo Simon Manis


Domingo

16h
Cruzeiro x Vasco
Árbitro: André Luiz de Freitas Castro
Auxiliar 1: Alessandro A. Rocha de Matos
Auxiliar 2: Bruno Boschilia

Coritiba x Santos
Árbitro: Roman Marques da Rosa
Auxiliar 1: Rodrigo Pereira Jóia
Auxiliar 2: Rodrigo F. Henrique Correa

Náutico x Atlético-MG
Árbitro: Flávio Rodrigues Guerra
Auxiliar 1: Fabrício Vilarinho da Silva
Auxiliar 2: Bruno Salgado Rizo

Bahia x Figueirense
Árbitro: Nielson Nogueira Dias
Auxiliar 1: Emerson Augusto de Carvalho
Auxiliar 2: Márcio B. Lopes Caetano

Palmeiras x Corinthians
Árbitro: Marcelo Aparecido R. de Souza
Auxiliar 1: Marcelo Carvalho Van Gasse
Auxiliar 2: Rogério Pablos Zanardo


18h30

Flamengo x Grêmio
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro
Auxiliar 1: Fábio Pereira
Auxiliar 2: Carlos A. Nogueira Júnior

Ponte Preta x Botafogo
Árbitro: Dewson Fernando Freitas da Silva
Auxiliar 1: Roberto Braatz
Auxiliar 2: Kléber Lúcio Gil

Internacional x Sport
Árbitro: Héber Roberto Lopes
Auxiliar 1: Fabiano da Silva Ramires
Auxiliar 2: Luiz Carlos Silva Teixeira















sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Jogo #236 Linha de impedimento anula 3 gols da Ponte Preta e Corinthians consegue o empate aos 44 minutos do segundo tempo

Desconhecimento do adversário, inevitabilidade ou falta de treino específico?

A Ponte Preta teve 3 gols anulados por impedimentos, sendo 1 deles duvidoso porque a TV não mostrou se no momento do passe Nikão estava adiantado. No total, foram 7 impedimentos da Ponte Preta e 2 do Corinthians.

Mesmo jogando em casa, o Timão teve dificuldades para se livrar da marcação.

Até sofrer o primeiro gol, aos 22 minutos do segundo tempo, o Corinthians tinha conseguido apenas 5 finalizações, todas erradas.

Já a Ponte Preta, conseguiu fazer 1 gol válido na 11ª finalização validada. Foi apenas a 4ª finalização certa. Antes disso, o goleiro Cássio tinha feito apenas 1 defesa realmente complicada, aos 6 minutos do segundo tempo, quando Diego Sacoman levantou a bola da defesa e Nikão acertou um belo chute cruzado da direita. Cássio se esticou para evitar que a bola entrasse no ângulo.

Sem contar os gols anulados, 1 deles duvidoso, a Ponte marcou após falta levantada por Nikão da esquerda para Renê Júnior cabecear da direita para a esquerda da pequena área. Tiago Alves completou cabeceando para baixo, a bola quicou no gramado e entrou no ângulo.

De repente, tudo mudou. Até o fim da partida,  a Ponte Preta chutou apenas mais 1 vez ao gol, com Nikão. O Corinthians despertou.

De 5 finalizações em 67 minutos até o gol, o Corinthians foi a 16. Das 11 conseguidas em 26 minutos, 5 foram certas, mas até mesmo a do gol foi finalizada em cima do goleiro Edson Bastos, muito bem posicionado.

Aos 44 minutos do segundo tempo, a bola foi levantada da defesa, Paulo André desviou de cabeça da frente da meia-lua, e Emerson chutou. Edson Bastos saiu até bem da pequena área, deu um tapa, mas a bola subiu e caiu dentro do gol.

Em um jogo muito bem disputado, em que o árbitro Rodrigo Braghetto evitou marcar faltas cavadas e algumas cometidas e mostrou cartão amarelo até mesmo por faltas inexistentes, a festa da Fiel ficou para o final. Nos acréscimos, o Corinthians teve até mesmo chance de virar o placar. Não deu.

Ps.
Corinthians é tão condicionado a pedir impedimento que aos 6min56s do segundo tempo, 2 jogadores pediram impedimento da Ponte Preta após arremesso lateral. Vai que o bandeira está desatento, né?

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Jogo #235 Grêmio usa jogadas aéreas para confundir o Náutico, chega à vitória com 2 assistências e segue na luta pelo título

O jogo com o Náutico, em casa, mostrou bem por que o técnico Vanderlei Luxemburgo diz que o Grêmio está em formação.

Apesar de não contar com Zé Roberto, a equipe conseguiu manter a bola rolando por 16 minutos. De pé em pé, da direita para o meio, do meio para a esquerda, da defesa, passando pelo meio-campo, pela intermediária, chegando ao ataque e voltando para trás se necessário. Tudo como manda o figurino das grandes equipes.

Em 16 minutos, o Grêmio conseguiu, trocando passes, 5 finalizações. Nenhuma delas certa.

E aí, para tentar afastar a pressão, o Náutico começou a mandar a bola para o alto e avante. E o Grêmio entrou no jogo. E praticamente não saiu mais dele.

Não fosse a objetividade, diria que a bola passou mais tempo no alto do que no gramado.

O Grêmio levantou a bola para o ataque 49 vezes durante a partida. O Náutico, 21. A imensa maioria aquelas bolas erguidas da defesa para a intermediária ofensiva, para evitar perder a bola na defesa. Jogo de segurança.

No melhor que conseguiu com as jogadas aéreas, aos 31 minutos do primeiro tempo, Elano bateu uma falta levantada da ponta direita, e Souza completou com o pé esquerdo, acertando o travessão.

Aos 39, voltou-se ao toque de bola: da direita, Kleber tocou para Marcelo Moreno escorar para Elano, que chegava de trás e bater no gol da frente da meia-lua. O goleiro Gideão defendeu.

No segundo tempo, o Grêmio insistiu ainda mais nas jogadas aéras, mas não foi assim que chegou ao gol. Aos 15 minutos, Marco Antônio recebeu de Gilberto Silva na intermediária, próximo ao meio-campo, arriscou um chutaço, a bola quicou na área e entrou no canto. O goleiro Gideão, escolhido pela arquibancada do Estádio dos Aflitos para ser o titular desde a 14ª rodada, não chegou na bola.

Apesar da vantagem no placar, a bola continou indo para o alto, apesar dos seguidos gritos de "calma, calma" do técnico Vanderlei Luxemburgo.

E se a bola pune, o Grêmio escapou por pouco. Aos 45 minutos do segundo tempo, Rogério recebeu na direita da grande área com liberdade, mas chutou para fora.

Então, o Grêmio resolveu trocar passes no ataque para esperar pelo fim do jogo. E com a bola indo de pé em pé, em 2 minutos, chegou ao segundo gol. Leandro fez o passe da esquerda da grande área, Elano o corta-luz abrindo as pernas, e Kleber dominou e girou para o gol.

Olhando, até parece fácil.

Ficou claro, também, por que o técnico Abel Braga vem repetindo que "o Fluminense chegou até aqui sem ansiedade". Na quarta-feira, a Portuguesa ergueu a bola 49 vezes. O Fluminene, que jogava como visitante, 26 vezes. E sem ansiedade venceu por 2 a 0.

Ansioso, o Grêmio tem uma das equipes que mais finaliza em gol; o Fluminense, das que menos finaliza.

E apesar das diferenças, as 2 estão disputando o título.

Jogo #234 Prejudicado em casa pela arbitragem e derrotado pelo Coritiba, Atlético-GO vai ter de suar sangue para ficar na Série A

Houve 2 pênaltis evidentes a favor do Atlético-GO que não foram marcados pelo árbitro Ricardo Marques Ribeiro, aos 6 minutos e 48 segundos (quando o jogo estava empatado em 1 a 1) e aos 30 minutos e 8 segundos (quando o Coritiba já vencia por 2 a 1, placar final do jogo).

Com um time esforçado, o que não é suficiente para a Série A, o Atlético-GO vai precisar de muito profissionalismo para manter a motivação se a arbitragem daqui para frente apitar como na derrota no Serra Dourada para o Coritiba.

Ter sofrido o gol mais rápido do Brasileirão já é um indicativo de que não anda fácil entrar em campo concentrado.

Logo de cara, Deivid tocou da direita da grande área para Robinho completar para o gol, aos 23 segundos de jogo.

Curiosamente, o gol mais rápido antes desse já era do Coritiba, marcado na segunda rodada do Brasileirão, contra o Botafogo, aos 28 segundos de jogo, quando Everton Costa tocou para Lincoln completar para o gol. A partida terminou Coritiba 2x3 Botafogo.

Desta vez, o Coritiba fez o gol mais rápido e venceu.

Patric até conseguiu o empate, aos 10 minutos do primeiro tempo, cabeceando da pequena área bola levantada por Ernandes, mas não conseguiu evitar a derrota no segundo tempo.

Aos 13 minutos, Deivid tocou para Gil, que avançou e mandou de volta para a grande área para Deivid chutar de primeira. Esse ele não perdeu.

Mas se o juiz tivesse marcado os pênaltis a favor do Atlético-GO, tanto este jogo quando o campeonato ficaram mais interessantes.


Teve ainda 1 impedimento não marcado em ataque do Coritiba que não resultou em gol porque o atacante Deivid muda de clube, mas continua desperdiçando chances, apesar de ter feito 1 assistência para o primeiro gol e ter marcado o segundo.

Aos 18 minutos, livre na grande área, chutou  para fora, rente à trave.

E não foi o único gol perdido por ele, não.

Poucos minutos depois, repetiu a dose. Aos 25 minutos do segundo tempo, Éverton Ribeiro tocou para Deivid na direita da grande área, o goleiro saiu nele, mas o atacante voltou a chutar para fora.

Como a arbitragem não deu os pênaltis, as chances perdidas não fizeram falta.