quinta-feira, 7 de junho de 2012

Jogo #24 Flamengo joga com a bola no chão, mas empata com a Ponte em cruzamento


Em um gramado bem encharcado durante toda a partida, o Flamengo tentou ao máximo jogar com a bola no chão. É uma característica da equipe, que nas duas primeiras rodadas foi a quarta que menos ergueu bola sobre a área adversária.

E curiosamente, na última que ergueu contra a Ponte Preta, em Campinas, conseguiu seu gol de empate em 2 a 2, aos 47 minutos e 57 segundos do segundo tempo. 

As emoções da Libertadores, quando a equipe esteve classificada e eliminada após os 90 minutos regulamentares, se fez presente no Brasileirão. Só que a torcida rubro-negra prefere não se lembrar desses momentos.

O Flamengo não é para cardíacos, e se seu o técnico Joel Santana parece estar o tempo todo na corda bamba, também parece levar a equipe toda com ele para lá.

As diferenças de estilos das duas equipes ficou mais clara no primeiro tempo, quando a Ponte Preta usou 17 vezes suas jogadas aéreas (1 finalização) enquanto o Flamengo usou 7 vezes (nenhuma finalização).

Mas como é mais comum, foi com a bola no chão que a Ponte chegou a seu gol, com Roger batendo para o meio da área, Magal furando feio o chute, por baixo da bola, e Renê Júnior completando tranquilo para o gol, aos 14 minutos.

Pressionado pelo placar, o time do Flamengo fez o oposto que faz a maioria das equipes: colocou a bola no chão. Entre o gol que sofreu e o que marcou, durante 14 minutos, o Flamengo ergueu apenas 2 vezes a bola, com Kléberson e Renato Abreu. A equipe confia muito na sua qualidade.

O Flamengo empatou aos 28, com Renato Abreu cobrando forte uma falta frontal. A bola desviou em Cicinho e entrou. O lance fez o hoje aposentado Zé do Efeito dar uma torcida na sobrancelha esquerda. A bola fez uma curva tão impossível, que quando o goleiro Edson Bastos tentou dar um tapa, ela já tinha passado por ele e entrado no gol.

Com o empate, o Flamengo só voltou a levantar a bola mais 3 vezes. A Ponte passou a ser mais presente no ataque, mas a marcação esteve bem colocada o tempo todo, bloqueando praticamente todas as jogadas de ataque. 2 bolas que passaram, foram em cima do goleiro.

Sem o lateral direito Léo Moura no segundo tempo, o Flamengo voltou a sofrer pressão. João Paulo e Nikão insistiram pela esquerda e por ali a Ponte Preta conseguiu seu segundo gol, aos 5 minutos. Nikão levantou uma cobrança de falta, Thiago Alves finalizou, o goleiro Paulo Victor deu um tapa, e a bola sobrou para o canhoto João Paulo acertar um chutaço com a perna direita.

Golaço. Quando a fase está difícil, até saci-pererê faz gol de bicicleta, e canhoto acerta um chute daqueles, de primeira, com a perna direita.

Para tentar melhor sorte, Joel Santana colocou Bottinelli no lugar de Kléberson. O argentino, que está insatisfeito com a reserva, foi muito mal. 

Bateu nas alturas 1 falta direta da intermediária, cobrou 2 escanteios que foram cortados pela defesa e não teve melhor sorte em 3 faltas levantadas.

E aí uma curiosidade: aos 44 minutos do segundo tempo, Negueba ia erguer sobre a área da Ponte uma falta da intermediária esquerda, chegou a ajeitar a bola, mas Bottinelli assumiu a cobrança em seu lugar. Mandou a bola cruzada para a linha de fundo. Aos 47'57", Negueba cruzou com a perna direita da ponta esquerda e Vágner Love completou para o gol. 

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