terça-feira, 26 de junho de 2012

Jogo #51 Vaias para juiz se voltam contra Pablo no empate entre Figueirense e Bahia

Havia tempo que não ouvia uma vaia tão estrondosa. Desde os 6 minutos do segundo tempo, o Figueirense vencia por 1 a 0 Bahia, gol de Júlio César após cobrança de escanteio de Almir. Ainda assim, parecia não ser dia do Figueirense.

Aos 16 minutos do segundo tempo, a equipe desperdiçou 3 finalizações em um mesmo ataque. Vale descrever o lance, que teria sido o mais emblemático da partida não fosse a ira da arquibancada: Júlio César deu um passe na medida de 3 dedos para Aloísio, que da esquerda da grande área chutou fraco em cima do goleiro, que saía a seus pés. O rebote sobrou para Botti, que na pequena área encheu o pé em cima do zagueiro Danny Morais, que evitou o gol sobre a linha. Se já era inacreditável, o novo rebote ficou novamente para Aloísio, que encheu o pé e mandou a bola em cima do goleiro, que caído espalmou a bola sobre a linha.

Com o milagre, o Bahia ganhou moral e passou a pressionar. A torcida do Figueirense ficou atônita, mas 1 escorregão, aparentemente de Diones, do Bahia, roubou a cena do jogo e esgotou a paciência da torcida do Figueirense. 

O árbitro Heber Roberto Lopes achou que uma queda tão repentina não podia ocorrer do nada e marcou falta de Aloísio, que passava por perto, ficou com a bola na intermediária e disparava em direção ao gol para aumentar a vantagem no placar.

Eram 28 minutos do segundo tempo. A torcida não perdoou. Houve cerca de 1 minuto e meio de fortes vaias, constrangedoras. Anderson Conceição sentiu então o tornozelo direito, a partida foi paralisada, e o árbitro Heber Roberto Lopes ficou à mercê da torcida. Havia pouco mais de 7.700 torcedores no estádio, mas dá para acreditar que todos se uniram na vaia condenatória, ensurdecedora até, de fazer ruborizar o mais fanático gremista.

Dificil saber se Aloísio faria o gol ao aproveitar o escorregão do adversário, mas a torcida não tinha nada com isso. O juiz havia claramente prejudicado o Figueirense com sua marcação.

A condenação dos torcedores pareceu ter dado resultado quando o auxiliar Ivan Carlos Bohn errou e marcou impedimento inexistente de Lulinha, que ficou livre na esquerda da grande área para bater no gol. Pelo que aconteceu pouco depois, dá para imaginar o que aconteceria se o Bahia tivesse empatado naquele momento, mas dois erros não significam um acerto. Pior para Pablo.

Aos 33 minutos, o Bahia empatou: Fabinho cruzou a bola da direita da intermediária, Pablo cortou mal de cabeça e a bola sobrou para para Vander marcar com um belo chute cruzado.

Em seguida, Júlio César acertou o travessão em mais uma chance perdida para o Figueirense chegar a seu segundo gol. E a vaia estrondosa se dirigiu totalmente para Pablo. A torcida começou a cantar "Adeus, Pablo" e a vaiá-lo a cada vez que tocava na bola.

Aos 38 minutos, o técnico Argel decidiu tirar Pablo, mas pareceu que Almir não achou uma boa ideia e pediu para sair em seu lugar. E a vaia continuou. E Pablo seguiu em campo, sob pressão.

Até por mostrar personalidade e talvez por alguém estar incomodado com a situação, aos 41 minutos Pablo foi aplaudido ao pedir para bater um arremesso lateral. E em seguida, vaiado com mais força. Aos 46 minutos, até o goleiro Wilson foi ao ataque para tentar cabecear uma cobrança de falta, mas não resolveu. A torcida voltou a vaiar e a cantar "Adeus, Pablo" ao final do jogo. Como será o próximo jogo de Pablo no Orlando Scarpelli?

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