sábado, 6 de outubro de 2012

Jogo # 274 Palmeiras desmonta frente ao São Paulo, que além de talento e entrosamento mostra ter muito mais sorte do que o rival

Quem foi que disse? "Quanto mais eu treino, mais sorte eu tenho." A frase é atribuída a alguns grandes campeões e serve muito bem para o São Paulo, que esbanjou competência contra o Palmeiras, goleou impiedosamente, mostrando todo o talento ofensivo e defensivo do Tricolor.

É o típico caso de superioridade técnica tão grande, que poderia até mesmo abrir mão da sorte. Mas pra quê? Sorte nunca é demais.

Ela esteve presente no primeiro gol do São Paulo: aos 34 minutos, arcos Assunção bateu escanteio da direita, Luís Fabiano cortou, Jadson lançou do meio-campo para Lucas, que deixou Márcio Araújo deitado com um corte seco, bateu cruzado e chutou na trave. Claro, a bola poderia ter entrado, mas poderia ter batido na trave e saído ou a defesa do Palmeiras ter cortado.

Mas não.

Luís Fabiano, que tinha cortado a cobrança do escanteio, chegou à pequena área e a bola sobrou para ele empurrá-la para o gol. Ela procura quem conhece. E tem humildade para fazer o que Luís Fabiano fez. Foi premiado.

Também foi premiadíssimo Denilson. Aos 41 minutos, Jadson bateu escanteio da direita, Maurício Ramos cortou para longe, a bola ficou para Denilson, que da intermediária acertou um chutaço de curva, a bola foi saindo, saindo, também bateu na trave e entrou no ângulo direito.

Golaço.

Foi 1 grande prêmio para a persistência de Denilson, que só neste Brasileirão já tinha tentado 9 finalizações da intermediária. As defesas de Corinthians, Náutico e Portuguesa já tinham cortado 3, goleiros de Santos, Grêmio, Interancional e Cruzeiro já tinham defendido 6, mas na décima tentativa, o goleiro Bruno, do Palmeiras, não teve o que fazer. A bola podia ter batido na trave e voltado para o campo, mas desta vez ela entrou no gol.

Sorte. Sorte de quem trabalha sério. Sorte da torcida do São Paulo, que tem 1 atleta do nível de Denilson.

Mas para como são o talento e o trabalho duro que decidem, antes da sorte, aos 24 minutos do segundo tempo, Paulo Miranda fez um excelente passe para Luís Fabiano acertar um chutaço da direita da grande área na direção de Bruno. A pancada foi tamanha que quando o goleiro esboçou reação, a bola já estava estufando a rede.

Sorte. Sorte de Bruno que a bola não acertou a cabeça ou o peito dele. Poderia ser danoso à integridade física do goleiro.

A partir daí, a torcida do São Paulo embalou o time com gritos de olé, já na esperança de que o clube volte à Libertadores no ano que vem.

Só para deixar 1 exemplo de como a sorte é sempre bem-vinda: aos 40 minutos, Marcos Assunção tropeçou na bola ao tentar 1 corte, e ela sobrou limpa para Denilson na direita da grande área. Só o goleiro à sua frente, mas Denilson não pegou bem na bola, que subiu demais e foi para fora.

Sorte. Sorte da torcida do Palmeiras, que acabou não sendo goleado apesar da diferença avassaladora entre as equipes.

Por falar em Palmeiras, o técnico Gilson Kleina fez o que se espera de quem comanda: chamou para si a responsabilidade pelo resultado ao escalar o pesado Daniel Carvalho para enfrentar o veloz time do São Paulo.

Sem Maikon Leite, poderia ter usado Tiago Real, que em outros jogos fez crescer o volume de jogo do Palmeiras, ou Mazinho.

Diante do fracasso no primeiro tempo, voltou a chamar a responsabilidade, fez 2 substituições, tirou de campo Daniel Carvalho e Márcio Araújo e ficou com apenas 1 possibilidade de troca. Colocou Tiago Real e Luan e nada mudou. Depois, tirou Juninho, lesionado.


Artur foi expulso aos 7 minutos do segundo tempo; aos 35 Valdívia deixou o campo com uma lesão no joelho esquerdo. O Palmeiras ficou com 9 jogadores.

Mas aí, o São Paulo já vencia por 3 a 0. Foi um show do Tricolor para sua torcida. Nada menos do que 25 finalizações, 10 certas e 3 gols. Fora o show. 


Em toda a partida, o Palmeiras fez apenas 2 finalizações em gol em 15 tentativas. Muito pouco. Quase nada.

Vai precisar de muito mais do que sorte para se livrar do rebaixamento.

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