sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Jogo #144 Bola na trave aos 47 do segundo tempo minimiza erro grosseiro da arbitragem na vitória do Palmeiras sobre o Botafogo

Tem jogo que consegue levar as duas torcidas à beira de um ataque de nervos, como este Botafogo 1x2 Palmeiras, no Engenhão.

Ofensivamente, o Palmeiras fez 2 gols. E mais nada. Foram as 2 únicas finalizações certas da equipe em toda a partida. Aliviado com o apito final do árbitro, o torcedor pode dizer que foi o suficiente, que seja assim até o final do campeonato.

Mas só depois do apito final. Porque no último lance do jogo, aos 47 minutos e 33 segundos, Elkeson ajeitou da ponta direita para Andrezinho acertar um forte chute da direita da grande área, sem chance para o goleiro Bruno, mas a bola pegou no pé da trave e foi para o lado de fora do gol.

Tivesse ido para dentro, o Palmeiras teria muito a reclamar. Você conhece o auxiliar-bandeirinha Antônio L. Guimarães Lugo? Foi o primeiro jogo em que ele trabalhou na Série A deste ano e conseguiu marcar um dos impedimentos mais errados de todo o campeonato. Logo na estreia... nada mal.

Aos 31 minutos do segundo tempo, Fábio Ferreira errou um domínio de bola e um jogador do Palmeiras deu o bote. A bola sobrou para a frente e Barcos disparou em direção a ela e ao gol. Quando o passe foi feito, Barcos estava mais de 1 metro atrás de Fábio Ferreira, mas Lugo marcou impedimento. O Palmeiras mataria o jogo ali. Apesar do apito, Barcos seguiu a jogada e encobriu o goleiro. Golaço. Mas a jogada foi anulada.

Se o chute de Andrezinho aos 47 minutos e 33 segundos do segundo tempo tivesse entrado no gol, apesar do erro crasso da arbitragem, o Palmeiras teria sido punido também por sua estratégia.

Em toda a partida, o Palmeiras finalizou apenas 6 vezes. O que fez de melhor foi esperar o Botafogo e o erro do Botafogo. Incrivelmente, obteve sucesso em ambas.

Pressionado por já ter perdido para o Palmeiras na Sul-Americana, uma semana antes, o Botafogo foi para o abafa. Foram 2 escanteios, 3 cruzamentos, 2 finalizações do Botafogo em 10 minutos. E provavelmente o Botafogo não percebeu que sua pressão era também provocada pelo Palmeiras, que aos 13 minutos aproveitou-se dos espaços na defesa do Botafogo para Arthur cruzar da intermediária direita para Barcos bater da esquerda da grande área para o gol. Foi a primeira finalização do Palmeiras. Perfeito.

O Botafogo manteve a busca pela gol.

Atenção, atenção: foram 50! (cinquenta, cincoenta) bolas erguidas pelo Botafogo, 8 finalizadas e assim saiu seu gol: aos 12 do segundo tempo, Lima cruzou da ponta esquerda e Andrezinho aproveitou que Maurício Ramos não conseguiu alcançar a bola para mandá-la para o gol.

Apesar de também ter feito seu primeiro gol a partir de 1 cruzamento, o Palmeiras usou apenas 9 vezes as jogadas aéreas (contra 50! do Botafogo).

Até os 27 minutos do segundo tempo, a marcação do Botafogo estava muito bem ajustada, e o Palmeiras ficava encurralado na defesa. Então, Fernandinho colocou a bola entre as pernas de Lennon na ponta esquerda, foi ao fundo e tocou para Barcos, com-ple-ta-men-te-li-vre, tocar para o gol vazio. Incrível o erro da defesa do Botafogo.

Daí para a frente, quando o Palmeiras foi mais fatal, o bandeira anulou o ataque. Teria sido completamente diferente se a bola de Andrezinho, aos 47 minutos e 33 segundos do segundo tempo tivesse entrado. Para as duas equipes.

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