segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Jogo #222 De cada 3 conclusões, atacante Fred acerta 2 e faz 1 gol, exatamente o que fez na vitória do Fluminense sobre o Internacional


Maiz uma vez, Fred foi cirúrgico. O atacante finalizou 3 vezes, 2 certas e fez 1 gol, o da vitória.

Em todo o campeonato, Fred fez 33 finalizações, 21 certas e 11 gols (3 de pênalti). Impressionante o desempenho dele. Está difícil de pará-lo, assim como está difícil segurar o Fluminense.

O Flu entrou fechado, perdeu Wagner logo no primeiro minuto de jogo, com uma lesão no tornozelo direito, mas explorou com muita inteligência a velocidade de Wellington Nem, que fez 2 finalizações erradas, puxou 2 cartões amarelos e 1 vermelho (Nei) para adversários, sofreu 1 pênalti não marcado e, o mais importante de tudo, fez a jogada e a assistência para o gol de Fred, aos 28 minutos do primeiro tempo. Wellington Nem recebeu na intermediária defensiva e disparou para o ataque e da direita tocou para Fred completar para o gol da esquerda da grande área.

Foi um jogo complicado.



É comum afirmarem que a arbitragem brasileira é muito ruim, mas o futebol no Brasil e disputado de uma forma que torna apitar um jogo um trabalho "semi-impossível".

Internacional 0x1 Fluminense foi um desses jogos. Disputado sob chuva, teve 4 lances em que foi aberta discussão se o árbitro errou ao não marcar pênalti.

Aos 11 minutos, Fred, do Internacional, entrou driblando pela esquerda e foi para cima de Leandro Euzébio, como se pudesse passar através do corpo do adversário. Lances semelhantes são recorrentes no Brasileirão, em que quem tem a posse de bola joga a bola de lado, como se fosse dar um drible da vaca, e ao invés de contornar o adversário, corre no meio do peito dele. O que seria uma falta do atacante muitas vezes se torna um amarelo para o defensor.

Aos 15 minutos, Fred, do Fluminense, fez uma finta na direita da grande área e Rodrigo Moledo o persegue. Fred tropeça na própria perna. Nem com replay em câmera lenta é possível ver se Moledo o toca, mas sendo Fred o jogador experiente que é, na dúvida a arbitragem manda seguir.

Aos 26 minutos do segundo tempo, Bruno, do Fluminense, entrou pela direita e caiu à frente de Índio. Por maior que seja a diferença entre o porte físico de ambos, o contato não pareceu suficiente para ele cair.

Assim como Dagoberto não fez esforço para permanecer em pé aos 22 minutos do segundo tempo, quando Carlinhos chegou atrasado e acabou pisando na ponta da chuteira de Dagoberto.

Isso tudo com o gramado molhado. Todos lances de interpretação.

Todos eles muito diferentes do que aconteceu a 1 minuto do segundo tempo, quando Wellington Nem entrou na grande área com a bola dominada e foi derrubado por Muriel, que chegou atrasado. Um erro claro do árbitro Wilton Pereira Sampaio, mesmo com Wellington Nem tendo tocado a bola de lado quando o goleiro chegava. Foi pênalti.

Com tantos lances duvidosos, a transmissão passou a destacar que era o 7º jogo de Wilton Pereira Sampaio como árbitro e que ele não tinha marcado nenhum pênalti na competição. Então, a questão passa a ser "nos jogos em que Wilton Pereira Sampaio trabalhou houve pênaltis que ele deixou de marcar?"

Sim, houve. Ele já errou em outros jogos.

Na 12ª rodada, não marcou pênalti de Edílson, do Grêmio, em Fábio Braga, uma gravata enquanto a bola viajava em cobrança de falta levantada. Deu falta no goleiro, que aconteceu depois, em Grêmio 1x0 Fluminense.

Na 16ª rodada, não marcou pênalti de Thiago Carvalho, do Cruzeiro, em Fahel, em Bahia 0x1 Internacional. Após cobrança de falta levantada, Fahel foi abraçado por trás pela cintura e caiu. Reclamou. Então, Wilton Pereira Sampaio se atrapalhou feio. Mostrou o cartão amarelo e o vermelho para Fahel, mas então percebeu que Fahel ainda não tinha recebido o amarelo e anulou o vermelho que tinha mostrado. Uma cena rara no futebol.

Os clubes conhecem os árbitros; os árbitros conhecem os jogadores. Cada jogo vira uma tensão como esse Internacional 0x1 Fluminense.



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