domingo, 30 de setembro de 2012

Jogo #261 Victor falha no gol, mas garante o empate do Atlético-MG contra a Portuguesa conquistado por Bernard com chutaço no ângulo

Músculos x nervos. Quanto mais o Atlético-MG se poupar fisicamente, mais sua torcida vai sofrer. Contra a Portuguesa, o Galo acreditou estar com o jogo sob controle, foi lento, apostou no 0 a 0 achando que o empate fora de casa estaria ótimo neste momento do campeonato.

Mas a realidade é implacável. Aos 5 minutos do segundo tempo, com 51 minutos de jogo, o Atlético-MG tinha feito 3 finalizações, todas erradas. Não tinha acertado o gol nenhuma vez. E então, a casa caiu.

Em jogada confusa, Moisés bateu falta levantada da direita, a bola foi desviada da esquerda da grande área, goleiro Victor se atrapalhou com a presença de Bruno Mineiro à sua frente, errou o soco na bola, a sobra ficou para Léo Silva, que chutou mal, para fora, mas bola bateu em Bruno Mineiro e voltou na perna esquerda de Léo Silva. Com o gol aberto, não dava para errar. Nem Vágner Love perderia um gol daqueles.

A Portuguesa estava melhor em campo, e já tinha obrigado o goleiro Victor a fazer 1 defesa extraordinária defendendo chutaço de Boquita depois de ele tomar a bola no meio-campo e disparar entre a marcação e mandar no ângulo direito, aos 37 minutos do primeiro tempo.

Além disso, aos 43, teve 1 gol anulado, o lance mais polêmico da partida: Ananias cruzou da ponta esquerda, Bruno Mineiro errou o domínio na pequena área, a bola subiu e bateu em seu braço e, ao invés de fugir de seu controle como aconteceria se não estivesse com os braços abertos, ficou na medida para ele chutar com a perna esquerda entre Victor e a trave esquerda. Levando em conta que tirou vantagem do toque no braço aberto, faz sentido a decisão do árbitro. Ele está certo ao anular, por mais dolorido que seja para o torcedor.

Na volta do vestiário, a Lusa conseguiu finalizar já aos 3 minutos, com Ananias completando da esquerda da meia-lua passe de Boquita. Pancada em cima do goleiro. E aos 5 minutos do segundo tempo, vencia por 1 a 0.

E então, com a desvantagem no placar, o Atlético-MG mudou a chavinha, esqueceu-se de que era visitante, de que no dia seguinte haveria Fla-Flu, que o Grêmio enfrentaria o Santos, que não é campeão brasileiro desde 1971, que haveria mais 11 rodadas pela frente, e tocou o terror para cima da Portuguesa.

Se em 51 minutos tinha feito 3 finalizações e todas erradas, colocou pressão, e em 15 minutos fez 3 finalizações certas e 1 gol. Primeiro, Leonardo Silva e Fillipe Soutto chutaram e o goleiro Dida defendeu, mas aos 20 minutos, Ronaldinho Gaúcho tentou enganar a barreira e bateu falta rasteira, a bola desviou na barreira, em Lima, e sobrou para Bernard chutar com a esquerda no ângulo. Dida até tocou na bola, mas o chute foi muito forte.

Ainda na adrenalina da desvantagem, o Atlético seguiu no ataque até os 30 minutos, Ronaldinho Gaúcho acertou a trave direita em uma bela cobrança de falta da esquerda, mas a Portuguesa resistiu bem à pressão. E a partir daí, dominou completamente a partida.

Se a Portuguesa conseguiu 1 única finalização entre o seu gol aos 5 minutos do segundo tempo e os 30 minutos, a partir daí fez 8 finalizações até os 47 minutos. O Galo se fechou e deu muita sorte. É verdade que os chutes, por mais fortes que tenham sido, foram em cima do goleiro, mas ter Victor em campo é diferencial inquestionável. Não é à toa que está de volta à seleção brasileira. De lá não deve mais sair antes do final da Copa de 2014.

Aos 37 minutos, evitou gol de Moisés, que acertou 1 pancada da esquerda da grande área, e aos 47 minutos novamente impediu a comemoração do adversário, dando 1 tapa com a mão esquerda após um chute violento de Moisés.

O Galo é muito mais time quando vai alucinado para cima dos adversários, não lhes dando tempo para pensar, mas como seu elenco é muito limitado, os músculos não aguentariam esse ritmo até o fim do Brasileirão. Então, atleticano, prepare os nervos. Vem muita emoção por aí.

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