quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Jogo #235 Grêmio usa jogadas aéreas para confundir o Náutico, chega à vitória com 2 assistências e segue na luta pelo título

O jogo com o Náutico, em casa, mostrou bem por que o técnico Vanderlei Luxemburgo diz que o Grêmio está em formação.

Apesar de não contar com Zé Roberto, a equipe conseguiu manter a bola rolando por 16 minutos. De pé em pé, da direita para o meio, do meio para a esquerda, da defesa, passando pelo meio-campo, pela intermediária, chegando ao ataque e voltando para trás se necessário. Tudo como manda o figurino das grandes equipes.

Em 16 minutos, o Grêmio conseguiu, trocando passes, 5 finalizações. Nenhuma delas certa.

E aí, para tentar afastar a pressão, o Náutico começou a mandar a bola para o alto e avante. E o Grêmio entrou no jogo. E praticamente não saiu mais dele.

Não fosse a objetividade, diria que a bola passou mais tempo no alto do que no gramado.

O Grêmio levantou a bola para o ataque 49 vezes durante a partida. O Náutico, 21. A imensa maioria aquelas bolas erguidas da defesa para a intermediária ofensiva, para evitar perder a bola na defesa. Jogo de segurança.

No melhor que conseguiu com as jogadas aéreas, aos 31 minutos do primeiro tempo, Elano bateu uma falta levantada da ponta direita, e Souza completou com o pé esquerdo, acertando o travessão.

Aos 39, voltou-se ao toque de bola: da direita, Kleber tocou para Marcelo Moreno escorar para Elano, que chegava de trás e bater no gol da frente da meia-lua. O goleiro Gideão defendeu.

No segundo tempo, o Grêmio insistiu ainda mais nas jogadas aéras, mas não foi assim que chegou ao gol. Aos 15 minutos, Marco Antônio recebeu de Gilberto Silva na intermediária, próximo ao meio-campo, arriscou um chutaço, a bola quicou na área e entrou no canto. O goleiro Gideão, escolhido pela arquibancada do Estádio dos Aflitos para ser o titular desde a 14ª rodada, não chegou na bola.

Apesar da vantagem no placar, a bola continou indo para o alto, apesar dos seguidos gritos de "calma, calma" do técnico Vanderlei Luxemburgo.

E se a bola pune, o Grêmio escapou por pouco. Aos 45 minutos do segundo tempo, Rogério recebeu na direita da grande área com liberdade, mas chutou para fora.

Então, o Grêmio resolveu trocar passes no ataque para esperar pelo fim do jogo. E com a bola indo de pé em pé, em 2 minutos, chegou ao segundo gol. Leandro fez o passe da esquerda da grande área, Elano o corta-luz abrindo as pernas, e Kleber dominou e girou para o gol.

Olhando, até parece fácil.

Ficou claro, também, por que o técnico Abel Braga vem repetindo que "o Fluminense chegou até aqui sem ansiedade". Na quarta-feira, a Portuguesa ergueu a bola 49 vezes. O Fluminene, que jogava como visitante, 26 vezes. E sem ansiedade venceu por 2 a 0.

Ansioso, o Grêmio tem uma das equipes que mais finaliza em gol; o Fluminense, das que menos finaliza.

E apesar das diferenças, as 2 estão disputando o título.

Nenhum comentário:

Postar um comentário