segunda-feira, 2 de julho de 2012

Jogo #61 Portuguesa e Santos ficam no 0 a 0, mas é o juiz que vai muito mal na partida

Quando acabou o primeiro tempo de Portuguesa 0x0 Santos, quem mais agradeceu ter terminado aquele martírio foi o próprio árbitro, Raphael Claus, que logo aos 6 minutos se colocou em um caminho aparentemente sem volta ao mostrar cartão amarelo para Rogério por um carrinho em Neymar sem ir na bola, na intermediária. Não foi um lance violento, mas ele quis mostrar que não aceitaria deslealdade.

Se enrolou todo.

Aos 8 minutos, Adriano deixou a perna para matar um ataque e derrubar Moisés assim que ele passou o meio-campo. O árbitro deu a vantagem e depois, acertadamente, mostrou o amarelo para o santista.

Aí começou a se perder: Neymar dominou a bola, Diego Viana fez uma espécie de obstrução, indo no peito do adversário para não ficar para trás. Não era lance de velocidade nem nada. Amarelo para o atacante da Portuguesa aos 18 minutos.

Aos 30, Ananias tentou um drible da vaca e ao invés de contornar o adversário, correu para cima de Durval, que não tirou o corpo para ele passar, evidentemente. Amarelo para Durval por uma falta que ele não cometeu. Seria falta de ataque, porque Ananias foi no meio de Durval.

Aos 33, amarelo para Neymar, corretamente, por jogar a mão esquerda no rosto de Lima.

Aos 35, deu cartão amarelo para Gustavo por empurrar Neymar pelas costas quando o atacante santista andava de costas em direção ao adversário esperando a reposição do goleiro... Uma trombada típica de qualquer jogo.

Aos 42, Neymar tentou passar entre dois adversários que fecharam a sua frente. Ele desabou. No máximo seria obstrução de sua passagem.

Ou seja, 7 amarelos no primeiro tempo, 4 para a Portuguesa, 3 para o Santos, sendo 4 deles totalmente desnecessários, 3 para a Portuguesa e 1 para o Santos.

O que se esperar do segundo tempo?

Raphael Claus está se destacando no quadro de árbitros, a ponto de ter sido árbitro adicional no segundo jogo da final do Paulistão, entre Santos e Guarani.

Conduz bem as partidas e é ótimo em relacionamento. Na estreia de Ronaldinho Gaúcho pelo Atlético-MG em Belo Horizonte, deu um pênalti absurdo contra o Náutico: Ronaldo Alves deu o primeiro combate, na bola, Jô escapou, e quando Ronaldo Alves se recuperou, Jô se atirou ao passar por ele, que nem perto chegou. Ronaldinho Gaúcho, que não tinha nada com isso, bateu e fez o gol, para delírio da torcida atleticana. O jogo acabou 5 a 1.

E no segundo tempo de Portuguesa 0x0 Santos, depois de mostrar 7 amarelos no primeiro tempo, Raphael Claus não mostrou nenhum cartão.

Nem mesmo quando Moisés deu uma cotovelada clássica com o braço esquerdo no rosto de Juan, que na queda raspou a chuteira no rosto do adversário.

E nem quando Boquita puxou Neymar pelo braço direito, no lance capital da partida.

Eram 46 minutos do segundo tempo, Neymar recebeu no campo de defesa do Santos, passou por 2 marcadores, deixava Boquita para trás quando foi puxado pelo braço direito na intermediária. Enquanto caía, com a perna esquerda tocou para o meio, onde Borges chegava de trás, ficou livre na frente do goleiro Dida e da direita da grande área chutou para fora.

"Não dá para acreditar, não dá, não dá", disse o narrador Jota Júnior.

Não fosse pelo fato de Raphael Claus ter dado a vantagem e não ter mostrado o cartão em seguida para Boquita como fez no primeiro tempo, teria terminado o texto com a frase do Jota...

PS.: Ao ver a súmula do jogo, na noite de segunda-feira, descobri que o árbitro Raphael Claus mostrou cartão amarelo para Rafael Aparecido da Silva, o Boquita. Então, ele foi correto nesse ponto. De resto, mantenho o que escrevi.

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