quarta-feira, 11 de julho de 2012

Jogo #76 Náutico vence Atlético-GO no jogo mais longo e duro de ver do Brasileirão

Uma lágrima verteu do cume calmo do meu olho que vê quando foi anunciado que 3 minutos seriam acrescidos após os 45 minutos do segundo tempo de Atlético-GO 0x1 Náutico. Escorreu pelo meu rosto, abriu caminho entre minha camisa, desceu pelo meu braço, passou pelo meu dedo indicador e foi se alojar na tecla "stop" do controle remoto do aparelho onde gravo os jogos para fazer este blog.

Resultado da luta interna entre o desejo de acabar de uma vez com esse sofrimento e a responsabilidade de cumprir o que me propus a fazer. Olhei para ela e torci para seu peso ser suficiente para acabar com aquilo, pois 3 minutos de um jogo horrível são 3 eternidades.

Candidatíssimo a pior jogo do Brasileirão-2012, serviu de provação para a realização deste projeto. Para ter uma ideia de como foi duro, o jogo durou 96 minutos e 12 segundos, mas para anotar cada lance leva  bem mais tempo. Além desta, só uma partida disputada até agora teve um primeiro tempo com mais de 48 minutos. Sério: a torcida presente ao estádio não merecia esse acréscimo.

No primeiro tempo, o Atlético-GO fez 6 finalizações e não acertou nenhuma. No segundo tempo, fez 8 finalizações, 3 certas e só uma deu real trabalho: Patrick cabeceou, o goleiro Felipe não chegaria a tempo, mas Alessandro salvou sobre a linha. Em todo o jogo, atuando em casa, contra um time vindo da Série B, o Atlético-GO deu 3 chutes no gol. Foi a sexta derrota consecutiva da equipe após 2 empates nas primeiras rodadas. A única que ainda não venceu.

Pior é que o Náutico também pouco fez. Conseguiu 11 finalizações, 4 certas e 1 gol. Jogo duro. De assistir.

Como prova de que mais ou menos nem sempre são medidas de qualidade, o Atlético-GO tentou 35 jogadas de bolas aéras, finalizou 3, sendo 2 certas e 1 delas a bola salva por Alessandro sobre a linha do gol.

O Naútico arriscou apenas 6 jogadas aéreas, 2 finalizadas e 1 gol: aos 22 minutos do primeiro tempo, Lúcio cruzou da esquerda na medida para Araújo completar de cabeça para o gol.

E foi só. Felizmente, acabou.

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