domingo, 15 de julho de 2012

Jogo #85 Palmeiras consegue anular as assistências do São Paulo e arranca empate apesar de expulsão

Deve ter sido o frio, mas quando olhei a escalação do São Paulo e vi no banco de reservas João Filipe com a camisa 21 e João Felipe com a 36, bateu uma saudade muito grande de quando eu via nos jornais e na Placar Serginho Chulapa, César Maluco, Chiquinho, Pita, Beto Fuscão e outros tantos apelidos que evitavam esse tipo de coisa. Estou louco para assistir um jogo com João Filipe e João Felipe em campo.

Acabado o jogo, fiquei em dúvida se esperava mais do São Paulo ou se esperava menos do Palmeiras. Ou as 2 coisas. Ou não. Felipão conseguiu mobilizar o time do Palmeiras, que foi inteligente ao fazer uma marcação muito acirrada, dando poucos espaços, com é hábito nos times do gaúcho.

E o São Paulo estranhou bastante o que encontrou pela frente. E não deve ter sido o frio. Quando entrou em campo para enfrentar o Palmeiras em Barueri, o São Paulo já tinha feito 102 finalizações no Brasileirão, sendo 56 a partir de assistências (aquele passe de um companheiro para outro finalizar em gol) e 19 em jogadas aéreas (bola levantadas, cruzamentos, escanteios, faltas levantadas e até lançamentos). Não vai nem ser preciso cansar o leitor com percentuais.

Em média arredondada, o São Paulo finalizou 13 vezes por jogo nas primeiras 8 rodadas. Contra o fechadinho e determinado Palmeiras, os são-paulinos conseguiram apenas 6 finalizações. E 1 única em assistências. Não resta dúvida sobre o que faltou para o São Paulo fazer o que se esperava dele. O Palmeiras quase anulou Jadson, e o São Paulo sentiu muita falta de Lucas. Esses 2 foram responsáveis por 20 das 56 assistências até a semana passada. Bastante, né?

Mas "quase" não resolve. Se não aconteceu por baixo, foi por cima. Logo aos 12 minutos, Jadson cobrou uma falta da direita da intermediária, Luís Fabiano entrou sem marcação às costas da defesa e tocou com facilidade para o gol.

Com a vitória parcial e sua criação estrangulada, o São Paulo se fechou na defesa e deixou o Palmeiras correr. Foram 11 finalizações palmeirenses no primeiro tempo (4 certas) e 3 são-paulinas (1 certa, 1 gol).

Para um jogo tão diferente no segundo tempo, no qual o volante Henrique foi expulso logo aos 7 minutos por uma entrada criminosa em Douglas, o desempenho foi muito semelhante: 10 finalizações do Palmeiras (4 certas, 1 gol) e 3 finalizações do São Paulo (1 certa).

Mesmo com um jogador a menos (um bom marcador ainda por cima), o Palmeiras conseguiu manter estrangulada a fluência dos passes do São Paulo, teve um pênalti a seu favor desperdiçado por Valdívia, chegou ao empate com Mazinho, o goleiro Dênis fez 1 defesa fantástica e Maikon Leite ainda foi muito fominha aos 44 minutos e desperdiçou um contra-ataque chutando em cima do seu marcador.

Deve ter sido o frio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário