quinta-feira, 19 de julho de 2012

Jogo #93 Atlético-MG conquista uma vitória inquestionável, apesar de o árbitro inquestionavelmente prejudicar o Inter

Para vencer o Internacional atualmente é preciso muita dedicação, uma equipe muito consistente e uma estratégia vencedora. O Atlético-MG teve isso tudo e venceu por 3 a 1, em casa, com méritos inquestionáveis.

A expulsão de D´Alessandro, aos 37 minutos do primeiro tempo, não estragou o jogo, mas prejudicou o Internacional. (Detalho no final do texto para não incomodar quem não quer saber do árbitro.)

Isso não tira nada do mérito do Atlético-MG. Nas 9 rodadas anteriores, o Internacional marcou 12 gols. Foram 9 no primeiro tempo e apenas 3 no segundo tempo. Apesar de haver muita gente que diga que "matemática não serve para o futebol", é para isso que as estatísticas servem. O técnico Cuca determinou uma blitz no primeiro tempo. Os atacantes do Atlético-MG marcaram com vigor e velocidade a saída de bola do meio-campo para a frente e a defesa esteve posicionada sempre com um jogador na origem da jogada e outro na sobra. Foi perfeito. No primeiro tempo, por postura sua, o Internacional não fez qualquer finalização em gol. Ficou acuado e não teve espaço para trocar passes.

Ponto para o Galo.

Outra estratégia foi usar bolas levantadas para impedir que o Internacional roubasse a bola na troca de passes e saíssem em contra-ataque. Foram 11 bolas levantadas, 4 da defesa e 2 do meio-campo. Internacional corria atrás dos jogadores do Atlético-MG e não conseguia fazer o seu jogo, tendo de sempre partir com a bola da defesa. O Atlético-MG fez só 3 cruzamentos porque também não chegava com a bola dominada. A bola ia para o ataque e voltava, mas era o Galo quem ditava o ritmo do jogo.

Outro ponto para o Galo.

Aos 45 minutos, Ronaldinho Gaúcho recebeu da frente da meia-lua, percebeu Guilherme desmarcado na direita da grande área e passou para ele. Guilherme acertou um chutaço de curva, tirando do goleiro, a bola bateu na canela da trave, nas costas de Muriel e entrou no canto.

Gol para o Galo.


O Atlético-MG voltou para o segundo tempo com a mesma determinação. O Internacional só fez 3 finalizações no segundo tempo, 1 certa e 1 gol.

Até o Atlético-MG fazer o seu segundo gol, aos 14 minutos, o Internacional não fez qualquer jogada de ataque. Logo aos 3 segundos, Ronaldinho Gaúcho levantou a bola para o ataque. E foi seguindo assim, foram 9 bolas levantadas e cruzamentos até que Danilinho percebeu Leonardo Silva com espaço na direita da grande área e levantou a bola para ele. O zagueiro dominou com a esquerda e com a direita fez um golaço, no ângulo, sem qualquer chance para o goleiro.

Com a vantagem de 2 gols, o Galo claramente relaxou e quis poupar energia. Foi seu maior erro e a maior prova de que contra o Internacional isso não é permitido. Tem de ser concentração total até o chuveiro, depois do jogo. Exatamente em 4 minutos do cronômetro, Fabrício avançou pela esquerda e colocou na cabeça de Fred, que mandou no gol. Victor só olhou para a defesa. Vindo do Grêmio há pouco, ele sabe exatamente o que é o Colorado.

Cuca também sabe e para o último quarto de jogo tirou o franzino Danilinho e colocou Escudero, que também veio do Grêmio.

O Atlético-MG continuou levantando bolas, já que como dizem os mais velhos, "enquanto ela está no alto, nosso time não está correndo riscos". Foram 12 bolas erguidas frontalmente no segundo tempo (5 da defesa, 2 do meio-campo). Ronaldinho Gaúcho usou sua experiência para segurar a bola, deixar o tempo passar, mesmo que fosse necessário chutá-la para fora sem qualquer chance de gol. Não era o importante naquele momento. Importante era não deixar o Internacional com a bola nos pés.

Deu muito certo. A partir dos 40 minutos, o Internacional usou sua força para pressionar. Mesmo jogo de bola levantada. Foram 6 em 7 minutos (e 6 jogadas de ataque nos 40 minutos anteriores do segundo tempo).

Aos 46 minutos, falta na intermediária, a bola é levantada para a área, o zagueiro Leonardo Silva, do Atlético-MG, corta dominando. Nascia um contra-ataque fulminante. Leonardo Silva cortou a falta, dominou, de próximo da área mandou para Bernard no meio-campo. O pequenino conduziu da direita até a frente da meia-lua, em velocidade, pedalando, e colocou na esquerda onde chegavam Ronadinho Gaúcho e Escudero. Ronaldinho Gaúcho percebeu que Escudero estava em uma melhor posição, reduziu a corrida e deixou para ele. Escudero dominou e mandou uma pancada rasteira antes da chegada de Guiñazu de carrinho.

Gol para o Atlético-MG. 

Um jogaço.

O árbitro

O Internacional foi prejudicado pela arbitragem do senhor Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza, o que é tão inquestionável quanto a grande vitória do Atlético-MG. 

Aos 37 minutos do primeiro tempo, Leandro Donizete soltou a bola e em seguida, D´Alessandro chegou e o derrubou tocando sua perna de apoio. Não precisava, mas não houve violência. O juiz parou o jogo e mostrou o amarelo. 

D´Alessandro, que já vinha reclamando, reagiu de forma exagerada, se aproximando demais do árbitro. Encostou nele. Mas o árbitro mostrou ser mais desequilibrado do que o argentino em um jogo desse porte. 

Mostrou o vermelho para D´Alessandro afirmando ter sido peitado. Evidentemente, criou-se um tumulto e o zagueiro Índio lhe deu uma peitada. Aí, sim. O árbitro olhou para ele com aquela cara de "quem você pensa que é", mas sabendo que não poderia expulsar 2 jogadores em seguida para não estragar o jogo, mudou imediatamente sua feição. Se acalmou. Caiu a ficha.

Como foi comentado aqui na rodada passada, o senhor Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza é dado a distribuir cartões aos borbotões (não quis perder a oportunidade de usar "borbotões"). Em 2 jogos que tinha apitado antes (Ponte Preta 1x0 Palmeiras e Cruzeiro 1x3 Grêmio), ele mostrou 15 cartões amarelos.

Somado ao que fez no caso de D´Alessandro, me parece claro que ele ainda não sabe "arbitrar", conduzir, um jogo. Em Cruzeiro 1x3 Grêmio ele expulsou Werley, do Grêmio, aos 42 minutos do primeiro tempo, em um lance em que Werley tocou a bola e, depois, o cruzeirense Montillo é que trombou com o zagueiro gremista expulso. 

É arbitrário.

Curiosamente, o mesmo árbitro expulsou os técnicos Luiz Felipe Scolari e Vanderlei Luxemburgo nos últimos minutos em 2 jogos diferentes. Ok, ambos os treinadores têm muitos desafetos e você pode pensar que se expulsou os 2, é porque ele é bom. Mas não é bem assim.

Parece muito mais que o senhor Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza é inseguro em relação ao que tem de fazer e usa os cartões como escudo contra a intimidação do brilho das estrelas. Para estar com os grandes é preciso ser grande. Ele não parece ser.

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