segunda-feira, 9 de julho de 2012

Jogo #73 Internacional venceu porque Cruzeiro errou mais do que é permitido no Beira-Rio

O cronômetro marcava 47:02 do segundo tempo. Bolatti tinha levantado a bola do campo defensivo do Internacional no peito de Leandro Damião, na frente da meia-lua. O atacante escorregou, e a bola ficou para a defesa do Cruzeiro, que iniciava ali a última jogada de ataque da equipe. A bola foi rolada para o meio-campo, para Wallyson, que avançou, tocou para Montillo, e disparou para a linha de fundo. Quando passou pelo companheiro, recebeu de volta, na ponta direita. Olhou para a grande área e viu 3 adversários em linha e Anselmo Ramon passando às costas deles. E cruzou. Ou melhor, não cruzou. Caiu deitado, de costas no chão. No que olhou para a área, o pé de apoio tocou na bola e a tirou de onde deveria estar para ser cruzada.

Lamentavelmente para o Cruzeiro, a cena final resume o que foi o jogo do time celeste. É até possível jogar de igual para igual contra o Internacional no Beira-Rio, mas é preciso não errar. Logo aos 7 minutos, o volante Leandro Guerreiro fez boa antecipação e roubou a bola, mas ao invés de tocar e voltar para guardar sua posição, saiu jogando, perdeu a bola e no seu setor houve espaço para D´Alessandro receber completamente livre de Dagoberto e tocar de primeira para Oscar partir absolutamente livre pela esquerda e bater no canto.

O Internacional avançava sua marcação pelo lado direito e dava espaço para a bola correr pela  esquerda de sua defesa, onde conta com o lateral Fabrício reforçando a marcação com o zagueiro Índio, e por onde o Cruzeiro é menos fatal. Aos 29 minutos, quase o Cruzeiro mostra que isso não é bem assim: Anselmo Ramon recebeu na intermediária direita e passou para William Magrão, que da frente da meia-lua, mandou uma bola no travessão.

Pagou caro por isso. Aos 36 minutos, um defensor errou ao tentar cortar uma bola erguida. Sobrou para Dagoberto, na frente da meia-lua. Ele tocou para Leandro Damião completar para o gol.

E o Cruzeiro continuou errando: aos 38, Anselmo Ramon recebeu na frente da meia-lua e tocou ótima bola para Tinga, que com toda a liberdade, chutou da direita da grande área, mas o goleiro Muriel conseguiu evitar o gol com uma mão só.

O pior é que o Cruzeiro sabia muito bem que não podia dar esses moles. Não foi à toa que ao perder uma jogada de corpo no meio-campo, Mateus agarrou Leandro Damião pelas pernas e o derrubou como se jogasse futebol americano. Só que o juiz deu vantagem... Oscar pegou a bola, mandou para Dagoberto, que deu um drible fantástico de letra em Léo, mas da grande área bateu cruzado para fora.

Wallyson entrou no intervalo para forçar o Cruzeiro a cair pelo lado esquerdo no segundo tempo. Logo em sua primeira jogada, colocou no pé esquerdo de Everton, quase na linha da pequena área, de frente para o gol, mas o chute de primeira foi para o alto.

O Cruzeiro só conseguiu marcar aos 19 minutos. Souza cobrou escanteio da direita, e Léo completou de bicicleta na pequena área um desvio de peixinho de Leandro Guerreiro. Daí para a frente, nada mais deu certo para o Cruzeiro.

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